Mesmo assim, Arabela não estava satisfeita em seu coração.Afinal, João era um chefe de empresa, mesmo que sua aparência estivesse prejudicada, ele tinha dinheiro.Da última vez, ela e sua filha esperaram por Madalena na sede do Grupo Ferreira durante toda a tarde.Ouviram seu filho dizer que o Grupo Ferreira era uma das grandes empresas na Cidade G, muito mais poderoso do que a empresa onde seu filho trabalhava. Seu filho até disse que, com suas habilidades, talvez nem fosse capaz de entrar no Grupo Ferreira como executivo.O fato de Madalena poder trabalhar no Grupo Ferreira fez Daulo se sentir um pouco insatisfeito, percebendo que Madalena ainda podia ser muito competente assim que retornou ao mercado de trabalho.Ainda bem que o casal se divorciou, ele não precisaria se preocupar em ser ultrapassado pela esposa no futuro.Juliana era sua secretária, ela só iria depender dele e satisfazer seu ego masculino.João também reconheceu Arabela, ele parou e olhou para ela com olhos negros,
- Oh, meu Michel! - Arabela entrou na loja com um sorriso radiante e tirou um carrinho de brinquedo de sua bolsa, dizendo para o pequeno. - Michel, olha, a vovó comprou um brinquedo para você.- Vovó.Michel não sabia o que os adultos estavam passando, mas quando via o vovô, a vovó e o papai, ele ainda chamava por eles.Madalena tinha ressentimentos em relação à família Francisco, mas, depois do divórcio, ela conseguiu superar e apenas queria que a família Francisco não a incomodasse. Agora, quando ela via o ex-marido e os outros membros da sua família, ela já conseguia ficar um pouco mais calma.Ela nunca falou mal da família do ex-marido na frente de Michel.De qualquer forma, Daulo era o pai biológico de Michel.Madalena colocou Michel no chão.Arabela se aproximou, se agachou e ficou cara a cara com Michel, entregando o carrinho de brinquedo a ele. Em troca, ela queria pegar o cata-vento das mãos de Michel, que tinha sido dado por João.Ela estava com um sexto sentido de perigo, se
- E ainda querem fazer a cerimônia de casamento no Hotel Internacional da Cidade G, quanto isso vai custar? E será nós, a família Francisco, que vamos pagar pelo banquete. Que tipo de mulher ele está levando para dentro de casa? É como casar com um tijolo de ouro. - Arabela reclamou. - O problema é que nem sabemos se ela pode ter um filho homem.Madalena trouxe um pano e começou a limpar a mesa. Ela ouvia tudo o que Arabela dizia, mas não respondeu nenhuma palavra.A ex-sogra veio se queixar e reclamar para ela sobre Juliana, porque Juliana queria isso e aquilo, e tudo isso gastaria muito dinheiro.Se Juliana fosse tão ingênua quanto ela costumava ser, pagando pela reforma da casa com seu próprio dinheiro e não pedindo dote, a ex-sogra provavelmente estaria aqui hoje para se gabar de como Daulo conseguiu se casar com uma esposa mais jovem e bonita mesmo depois de se divorciar dela.E ainda zombaria dela por estar feia e gorda agora, sem mais ninguém querendo ela depois de deixar Daulo.
- Madalena, eu vou embora agora, venho ver vocês outro dia. - Arabela disse antes de sair correndo.Aurora saiu pela porta segurando Michel e observou Arabela entrar em um táxi e realmente partir. Ela cuspiu e resmungou:- Ora essa, antigamente ela nem aparecia para ver o Michel tão ativamente, agora ela vem fingir ser uma boa avó?Ao ver o carrinho de brinquedo que Arabela deu a Michel antes de sair, Aurora pegou o carrinho das mãos de Michel e perguntou:- Michel, você gosta desse carrinho de brinquedo?- Não gosto. - Michel balançou a cabeça e disse. - Eu já tenho muitos carrinhos de brinquedo.Eles eram todos carros que podiam correr, e este, que a avó comprou para ele, não podia correr.- Então podemos jogar fora?Michel pensou por um momento e disse:- Dê para o Bernardo brincar.Ele acreditava que se Bernardo tivesse um carrinho de brinquedo, ele não iria roubar os seus.- Michel, a partir de agora, o Bernardo não pode mais pegar os seus brinquedos. Se você não quiser jogar fora
Aurora disse:- É normal que você não esteja considerando agora, estou falando sobre o futuro. Mana, você ainda é jovem, não pode passar a vida toda assim, certo?- Por que não? Eu me sinto bem agora, não preciso cuidar de um homem egocêntrico, lidar com problemas de sogras e cunhadas. Posso fazer o que quiser, gastar dinheiro como quiser, sou livre e despreocupada.Após recuperar sua liberdade, Madalena finalmente entendeu por que cada vez mais mulheres não queriam se casar.Aurora não soube o que dizer.- Aurora, não se preocupe comigo, estou realmente bem agora. Você não acha que estou mais feliz depois do divórcio? – Madalena acrescentou.Aurora assentiu.- Você também deseja que sua irmãzona seja sempre feliz, certo? – Madalena perguntou.- É claro.- Então, não mencione o assunto de eu me casar novamente na minha frente. Acabei de me libertar de um mar de sofrimento. Mas, Aurora, você também não precisa ter medo do casamento, seu casamento é diferente do meu. Até agora, Bruno par
- Bruno também possui uma mansão em uma área muito luxuosa, com um grande terreno na frente e atrás, e a vista de lá é incrível. Eu pesquisei e descobri que as mansões naquela área custam pelo menos dezenas de milhões.Madalena piscou, atônita.Aurora continuou:- Bruno disse que ganha milhões por ano e não precisa gastar muito dinheiro no dia a dia. Ele economizou bastante e comprou aquela mansão, mas ainda está pagando as parcelas.- E qual é o valor das parcelas de financiamento da casa?- Eu não perguntei. Aquela é a casa dele, e o financiamento é problema dele. Se as coisas realmente não derem certo no futuro, eu não vou brigar pela casa.- Sua boca de urubu, bate na madeira! Não diga essas coisas negativas, você e o Bruno estão apenas começando. Convivam direito e não sejam como eu.Madalena não queria ouvir palavras sobre não dar certo.Seu casamento foi por água abaixo, então ela torcia para que sua irmã e Bruno tivessem uma vida feliz, juntos até o fim.- Mas você está certa e
- Bruno voltou de sua viagem de negócios. Você tem que tirar tempo para levá-lo para conhecer nossa tia Fernanda. - Disse Madalena, mudando de assunto.Madalena não conseguia discernir se Bruno tinha alguma relação com aquela grande família Alves. No entanto, sua tia era da família Junqueira e certamente tinha conhecido os jovens da grande família Alves. Se sua irmã levasse Bruno para conhecê-la, Madalena descobriria se Bruno estava enganando sua irmã em relação à sua identidade.Dona Izete ouvia ao lado e pensava que, depois de voltar para casa à noite, precisaria lembrar o Sr. Alves disso.Seria melhor que ele confessasse à Sra. Alves o mais cedo possível.- Bruno disse que só terá tempo depois do Ano Novo. Ele tem estado ocupado ultimamente e em breve terá a festa anual da empresa. - Respondeu Aurora.- Os funcionários podem levar seus familiares para a festa anual da empresa? Bruno mencionou algo sobre levá-la? - Perguntou Madalena.Embora Aurora nunca tivesse trabalhado em uma emp
Aurora entendia que Letícia tinha dificuldade em superar seus sentimentos pelo Sr. Alves, e fazia muito tempo que ela tentava não se envolver com ele novamente. Agora, ao aparecer ali, provavelmente ela queria dar uma olhada furtiva no Sr. Alves.Amar alguém e não poder tê-lo era realmente doloroso.- Eu costumava vir aqui tomar chá de poba algumas vezes. Achava que o chá de poba e os petiscos deste lugar eram bons, então vim aqui experimentar novamente, mas agora percebi que é apenas normal. - Disse Letícia naturalmente, como se estivesse realmente lá apenas para tomar chá de poba.Ela realmente tinha vindo aqui tomar chá de poba antes, achava gostoso, ou talvez fosse porque a espera valia a pena.Agora, ela percebia que o gosto era apenas normal, talvez porque não tinha mais ninguém por quem esperar.- Você veio esperar seu marido sair do trabalho? Já que ele voltou de sua viagem de negócios, quando vocês vão lá em casa juntos? - Perguntou Letícia.- Provavelmente depois do Ano Novo.