- Não tenho certeza, voltarei assim que terminar de resolver as coisas.- Então me avise o dia em que você vai partir, te ajudarei a fazer as malas e te levarei de carro ao aeroporto. – Disse Aurora.Não havia roupas para ela no quarto dele e Aurora estava pronta para voltar ao seu quarto para se trocar e fazer as higienes matinais.Bruno viu que ela estava pronta para ir e não pôde deixar de estender a mão para puxá-la de volta, seus olhos escuros olhavam-na com uma intensidade que fazia Aurora sentir queimação no rosto.- Só isso? – Bruno disse.Aurora piscou os olhos, sem entender o que ele queria dizer. O que mais havia para fazer se não isso? Ela não podia o levar até a cidade para onde ele estava viajando, podia?- Os membros da família podem ir junto com você? – Perguntou ela.O canto da boca de Bruno deu um espasmo.- Se não posso ir junto, então te levo ao aeroporto, assim está bom? – Disse Aurora.Bruno soltou a mão que segurava a mão dela.Aurora olhou para a mão dele, franz
- Eu não disse isso, você mesmo está dizendo. – Retrucou Aurora.Sr. Garcia disse entredentes:- Onde você está? Que horas são e sua loja ainda não está aberta? Os seus vizinhos já ganharam um monte de dinheiro.- Bruno, meu avô está se importando com a hora em que a minha loja abre! Tem sol hoje? Pegue seu celular e vá para a varanda, o sol pode nascer do oeste hoje, você precisa tirar fotos desse espetáculo do universo. – Disse ela.O Sr. Garcia repreendeu com o rosto negro:- Aurora, não desvie o assunto, estou falando com você! Seus tios e eu estamos te esperando em frente à sua loja, venha logo abrir a porta! Ainda nem tomamos o café da manhã, traga comida para nós quando vier.- Há muitas lanchonetes por perto, se vocês não querem ir comer, então fiquem aí com fome.Ela seria tão tosca a ponto de levar o café da manhã para eles, para ouvi-los a repreenderem quando estiverem de barriga cheia?O Sr. Garcia ficou furioso com a atitude de Aurora, ele ainda queria a repreender, mas o
Aurora zombou em seu coração: “Aqui se faz, aqui se paga. Cada um colhe o que planta!”O retorno pelas ações dos avós estava a caminho.- Não importa quais sejam as intenções deles, te acompanharemos até lá. Se for para meter a porrada, é sempre bom ter alguns ajudantes. - A velhinha insistia muito em acompanhar Aurora até lá.Aurora queria dizer que era muito boa de luta, mas pensando que todos aqueles hipócritas da aldeia dos Garcia estavam reunidos em sua loja, se eles realmente começassem uma briga, ela estaria sozinha contra muitos e não poderia vencê-los, então ela não impediu a velhinha de acompanhá-la novamente.Ela ouviu sua irmã dizer que Erica era muito foda.Depois que os três terminaram o macarrão, Aurora quis lavar a louça, Erica olhou para o neto, e Bruno se levantou silenciosamente, pegou a louça das mãos de Aurora e a levou para a cozinha para limpá-la.- Aurora, com o Bruno, você não deve mimá-lo demais. - A velhinha ensinou a Aurora. - É preciso deixá-lo ajudar nas t
Enquanto as duas conversavam, Bruno podia ouvi-las claramente da cozinha.Ele estava acostumado com o fato de sua avó favorecer Aurora.Os cabelos da avó tinham ficado grisalhos de tanto esperar por uma neta.No final, ela só teve nove netos.No início, quando ela conheceu Aurora, ela a tratava como sua neta adotiva, mas depois mudou de ideia quando pensou que sua neta iria se casar com alguém de outra família.Por isso, ela trabalhou arduamente para fazer de Aurora a esposa de seu neto mais velho, assim ela ficaria na família Alves para o resto de sua vida.Bruno limpou a louça e passou mais um pano no fogão para que parecesse limpo, depois limpou os panos com detergente e lavou as mãos mais algumas vezes, antes de sair da cozinha.Aurora se levantou e foi pegar o paletó e a gravata para ele.Embora ela ainda não fosse muito experiente em ajudá-lo com a gravata, mas sua iniciativa fez com que Bruno se sentisse muito bem.Depois de lavar a louça, ele pôde desfrutar da gentileza de uma
- Aurora.Sandro e Diego seguiram o avô até lá dentro.Todos os outros ficaram do lado de fora.- Este é o seu homem? - O Sr. Garcia observou Bruno por um tempo e achou que o marido de Aurora era melhor do que o marido de Madalena.Ao mesmo tempo, ele ficou descontente por não ter recebido dotes de casamento quando suas duas netas se casaram. Eles criaram as netas sem receber nada em troca.Se lá no céu, o espírito de Joaquim ficasse sabendo dos pensamentos de seu pai, teria tido um ataque de raiva.O Sr. Garcia achava que, como os pais das netas já faleceram, agora eram os avós que mereciam receber dotes de casamento. No entanto, Madalena e Aurora se recusaram a pedir qualquer dote da família do marido.- É o marido de sua neta, o que achou? Bonitão, não é? - Aurora caminhou para o lado de Bruno, colocou uma mão no ombro dele e perguntou ao avô propositalmente. - Somos um bom casal, não somos?Sr. Garcia se engasgou, e então perguntou à Erica:- E você seria...?- Sogra da Aurora. – D
Aurora apontou diretamente para a porta e disse friamente:- Vovô, a porta da minha loja é ali, por favor, levante-se, dê meia volta e saia! Os assuntos da minha irmã não são da sua conta! E eles já me procuraram muitas vezes, sabem exatamente o que eu disse. Eles não querem fazer as pazes sinceramente, mas querem que eu me reconcilie com o vocês? Quem está errado, afinal?O Sr. Garcia viu que Aurora não deu ouvidos ao conselho e disse com raiva a Bruno:- Jovem, você está vendo? Ela não quer que a família dela a apoie, você deve a intimidar o máximo que puder, e não precisará se preocupar com a possibilidade de virmos acertar as contas com você.Bruno queria jogar esse velho hipócrita para fora.Nunca tinha visto um avô assim.Por mais que ele não gostasse de sua própria neta, ele não deveria dizer tais palavras.Bruno disse friamente:- Eu me casei com Aurora para amá-la e mimá-la, não para maltratá-la. Um homem que maltrata sua esposa, não é homem!- Vocês vão embora por conta própr
- Como eles vieram falar em nome daquele canalha do Daulo? - Stella disse, curiosa. – Será que a família Francisco ofereceu algum benefício a eles?Aurora deu uma risada fria e disse:- Minha irmã e Daulo assinaram novamente os papéis do divórcio, e se realmente se divorciarem de acordo como escrito, Daulo tem que dar à minha irmã mais de um milhão. Acho que a dona Arabela deve ter ficado com dó de dar toda essa quantia, por isso ela pensou em procurar minha família da antiga aldeia para eles tentarem intermediar a situação.Afinal de contas, nominalmente, aquela grande família era realmente composta pelos parentes delas.- Quanto será que Arabela deu ao meu avô? Ele é muito cobiçoso, o dinheiro que chegou na sua mão nunca vai ser devolvido. Geralmente, quando está calculando e intimidando minha irmã, Arabela sempre foi tão perspicaz, não imaginei que ela faria tal coisa, provavelmente entrou em pânico dessa vez.Se ela soubesse que as coisas acabariam assim, ainda teria feito tudo aqu
Segurando o sobrinho adormecido no colo, Aurora perguntou à irmã:- Mana, você já almoçou?- Ainda não, depois de alimentar o Michel, eu vim correndo para cá. Minhas coisas, já terminei de arrumar tudo. Assim que os papéis do divórcio chegarem nas minhas mãos, Aurora, a mana vai ter que pedir para você vir de carro e me ajudar a carregar as coisas primeiro. De manhã também fui procurar um bom apartamento para alugar, não é muito longe da sua casa, e o transporte da região também é muito conveniente, só que ainda não fiz limpeza lá, então vou fazer isso depois de concluir as formalidades do divórcio.Agora, o mais importante era obter o certificado de divórcio primeiro.Para que não houvesse mais complicações.- Depois que você tiver almoçado na minha loja e descansado um pouco, te levo ao banco para esperar o Daulo, ficarei contigo e voltarei quando ele tiver transferido todo o dinheiro para o seu nome.Madalena ainda queria recusar, mas Erica disse:- Madalena, deixe Aurora acompanhá-