Bruno carregou Aurora de volta para a casa deles.Assim que ele abriu a porta, o cachorrinho de estimação veio voando para recebê-los.- Sai! Xô! - Bruno disse baixo, e Floquinho se debruçou no chão obedientemente, não ousando se aproximar mais.Ele sabia que o dono não gostava muito dele.O bom era que ele também não o maltratava, e não lhe faltavam comida e bebida.Nessa hora, o celular de Bruno tocou.Ele ainda estava segurando Aurora e não conseguia liberar as mãos para atender a chamada.A outra pessoa desligou rapidamente.Deveria ser Paulo ligando a cada dez minutos, como ele havia instruído, para lhe dar uma desculpa para ir embora.Mas não havia necessidade de fazer isso agora.A Sra. Junqueira e sua filha já haviam deixado a casa de Madalena.Ele carregou Aurora até o quarto dela, deitou-a na cama e a cobriu com a coberta, antes de sacar o celular e ligar para Paulo, sussurrando:- Paulo, não precisa mais me ligar.- Não preciso ligar mais? Eu estava pensando em usar o método
Bruno respondeu com teimosia:- Não!- Não mesmo?- Não mesmo!Aurora se endireitou e disse com uma cara de resignação:- Eu estava pensando que se você fosse sentir muito a minha falta e não quisesse me deixar ir, eu mandaria a Dona Izete ficar na casa da minha irmã para fazer companhia a ela, e eu voltaria para fazer companhia a você. Mas como você não precisa de mim, é melhor eu fazer companhia à minha irmã. Esse clima está ficando cada vez mais frio, já tem a sensação de inverno, dormindo sozinho, sempre sinto que não está quente o suficiente, que tristeza.Bruno ficou sem palavras.Será que ela estava insinuando para ele que bastava ele dizer que não queria que ela fosse e ela já estaria ocupando a cama dele agarrada a um travesseiro e um edredom?Aurora, ainda parecendo estar com muita pena, estendeu a mão para cima e afagou o rosto de Bruno, depois deslizou para baixo e passou pelo pescoço dele e, finalmente, parou no peitoral, onde o afagou novamente. Quando os olhos de Bruno s
Depois que o casal flertou um com o outro, durante o jantar, Bruno foi muito atencioso com Aurora.Aurora se sentiu um pouco lisonjeada.Ao mesmo tempo, em seu coração, ela pensou: "Um bom marido, realmente tem que ser treinado por suas próprias mãos. Espero que o marido que eu treinei pessoalmente não seja roubado por outras.”Depois do jantar, o casal foi para a casa da Madalena.Michel já havia acordado, mas ainda se recusava a brincar sozinho, grudado na mãe como um pedaço de chiclete.Além de Aurora, que ainda podia pegá-lo no colo, até mesmo Dona Izete, ele se recusava a deixá-la tocá-lo.- Mana, você vai trabalhar amanhã? - Aurora perguntou à irmã, segurando o sobrinho.Madalena olhou para Michel e, depois de um pouco de hesitação, disse:- Aurora, eu... Quero me demitir, e começar meu próprio negócio.Com Michel nesse estado agora, Madalena estava realmente preocupada em deixa-lo sozinho, mas se tirasse uma licença, sendo uma recém-chegada no Grupo Ferreira, poderia facilmente
- Aurora, amanhã vocês dois, quem tiver que ir trabalhar, vá trabalhar, e quem tiver que abrir a loja, vá abrir a loja. Vão lá se ocupar tranquilos, não precisam vir aqui, eu posso cuidar do Michel. – Disse Madalena.Aurora não estava muito tranquila quanto a isso e disse:- Então eu vou pedir para a Dona Izete ficar aqui.Afinal, Dona Izete foi contratada justamente para cuidar de Michel durante o dia, e cuidar da limpeza da pequena casa dela e de Bruno era apenas algo de passagem.Madalena ficou um pouco envergonhada.Dona Izete era a tia que seu cunhado havia contratado para que Aurora não ficasse tão cansada, mas acabou que Dona Izete sempre era solicitada para ajudá-la.- Mana, somos irmãs, a gente se apoia uma na outra. - Aurora não queria que sua irmã ficasse psicologicamente sobrecarregada. - Desde que você e Michel estejam bem, é melhor do que qualquer coisa para mim.- O salário da Dona Izete, você paga por mim por enquanto e, quando eu me recuperar, te compenso o valor todo.
Depois de confortar Aurora, Erica bocejou graciosamente e largou o controle remoto da TV, se levantando e dizendo ao casal:- Vou voltar para o meu quarto e descansar primeiro, estou velha demais para ficar acordada até tarde. - Depois de dar alguns passos, ela parou novamente e virou a cabeça para perguntar a Aurora. - Aurora, devo tirar seu travesseiro do quarto?Aurora sorriu e disse:- Não precisa, tenho travesseiros no quarto de hóspedes.Erica olhou brevemente para o neto e, sem dizer mais nada, foi para o quarto.Quando Aurora entrou para tomar banho, a velhinha já estava dormindo profundamente, e o ronco, mais uma vez, era de estremecer os tímpanos.Aurora não soube o que dizer.Dez minutos depois...Aurora, vestindo seu pijama, saiu do quarto e, assim que fechou a porta do quarto, viu seu marido de roupão, com os braços em volta do peito, encostado na moldura da porta do quarto.- Ainda não dormiu? Você tem que trabalhar amanhã. - Aurora fingiu que não se lembrava de tê-lo pro
Ela subiu na cama dele e se deitou, dizendo confortavelmente:- Depois de ter dormido em sua cama uma vez, sempre sinto que sua cama é especialmente quente... Bem, talvez seja uma alucinação minha. - Puxando as cobertas para cima de si, Aurora sorriu e disse. - Bruno, boa noite.Os olhos escuros de Bruno brilharam. Depois de ficar olhando para ela por um longo momento, de repente, ele puxou as cobertas dela para cima, prestes a se jogar para cima dela.Porém, ela se sentou com um sobressalto, saiu rapidamente da cama, calçou os chinelos e saiu.- Aurora? - Bruno estendeu a mão para puxá-la de volta.- Bem.. Eu... Eu preciso voltar para o meu quarto para usar o banheiro.Sua “velha amiga” talvez tenha vindo para estragar o clima.Um certo homem não compreendeu suas palavras:- Mas também tenho um banheiro no meu quarto.- Mas está faltando uma coisa no seu quarto. Eu volto para dormir na sua cama depois de usar o banheiro, mas, eu não vou poder te devorar por um tempo. - Aurora lhe deu
A Sra. Junqueira pegou o lenço de papel entregue pelo marido e, depois de enxugar as lágrimas, finalmente abriu a boca para falar:- O Michel tem uma leve semelhança com a minha irmã, e a mãe dele, que é a Madalena, se fosse um pouco mais magra, seria ainda mais parecida com a minha irmã. Quando Letícia conheceu Aurora, ela disse que teve uma sensação de empatia. Quando eu conheci a Madalena e seu filho, tive essa mesma sensação. Acho que isso se deve aos laços de sangue. Thiago, dessa vez, talvez, eu realmente tenha encontrado minha irmã...Ao pensar que sua irmã havia partido muito tempo atrás, as lágrimas da Sra. Junqueira escorregaram novamente.- Mas, ela se foi, morreu há quinze anos, não é à toa que estou procurando por ela há tanto tempo, mas não consegui encontrá-la. Ela nem está mais neste mundo, como posso encontrá-la?O Sr. Junqueira a consolou:- Foi apenas uma sensação, a empatia entre as pessoas às vezes é muito estranha. Não chore ainda, espere o resultado do exame de D
- Não tenho apetite.- Você passou um dia inteiro sem comer ou beber e ainda está sem apetite? Você não sabe como estou preocupado com você, e meus filhos também, até Yuri voltou correndo quando soube que você está deprimida.Havia três filhos em sua família. Como filho primogênito, havia Pedro, que era maduro e estável. Em segundo, estava Yuri, que era ausente e nunca estava em casa. E como caçula, havia a Letícia, que era o tesouro precioso da família. Antes, ela vivia girando em torno do Bruno todos os dias, e só havia se tornado mais normal nos últimos dias.- Pense nisso como uma dieta. - A Sra. Junqueira se deitou na cama. - Vou dormir.O Sr. Junqueira teve que deixá-la em paz.Ela não queria comer, e ele não conseguiria convencê-la a comer.Ela sempre foi teimosa.A filha herdou a teimosia dela.Depois de muitos anos de admiração por Bruno, sempre ouvindo muitas persuasões de todos ao seu redor, Letícia não desistiu e não voltou atrás até bater com a cara na parede.A noite foi