- Diga a ela que cancelarão a divisão de despesas, dê a ela um pouco mais de dinheiro para despesas no futuro, nada de divórcio. Quanto a você e Juliana, tentem não deixar que ela veja quando vocês estiverem juntos.- Mãe, eu quero o divórcio! - Daulo foi muito insistente. - Juliana, uma garota que nunca se casou, já está comigo, eu tenho que ser responsável por ela, não quero que Juliana sofra mais.Arabela disse a ele:- Madalena não era uma moça que nunca se casou antes de se casar com você? Por que você não se responsabilizou por ela até o fim? E agora está fazendo-a sofrer por causa de outra mulher?- De que lado você está, mãe? – Reclamou Daulo.Arabela sentiu espasmos nos cantos da boca.Juliana era muito boa em agradá-los e eles não podiam deixar de gostar dela, mas Arabela sempre achou que Madalena era a melhor pessoa com quem Daulo podia levar uma vida. Madalena era alguém que havia sofrido e tinha uma mente dura, enquanto Juliana era a filha mais nova da família, mimada pelo
Cornélio continuou:- Não importa se você der um pouco de dinheiro para Madalena, não vá muito longe, você tem que deixar uma saída para que vocês possam se ver no futuro, mas Michel deve ser deixado para nossa família!Michel era o legado de sua família, seu sobrenome era Francisco!- Pai, eu prometo que vou lutar pela custódia do Michel.- Até que vocês dois se divorciem, não posso confiar em nenhuma de suas promessas. É melhor trazer o Michel para cá e deixar que sua mãe e eu fiquemos com ele. – Disse Cornélio.Daulo disse desamparado:- Pai, nem você nem minha mãe nunca cuidaram do Michel, e se eu o trouxer e ele acabar não se adaptando e começar a chorar?Arabela tomou a palavra:- É por isso que temos que trazê-lo, para nutrir o relacionamento. Além disso, se você se casar novamente mais tarde, é improvável que Juliana queira cuidar de Michel. Quantas madrastas são boas? Além disso, você e Juliana são jovens, logo terão seus próprios filhos, Michel não nasceu de Juliana, ela não
Bruno atendeu rapidamente à chamada.- Sr. Bruno, você está bem esta manhã? Está aguentando firme? Se não estiver, tire meio dia de folga após a reunião e volte para descansar.Ao ouvir a preocupação dela, Bruno se sentiu feliz. Ele se inclinou para trás na cadeira giratória preta e a girou para frente e para trás, enquanto dizia:- Eu tomei mais uma xícara de café quando voltei para a empresa, o que me ajudou a aguentar até agora. Já está quase no horário de almoço, então logo poderei tirar uma soneca.- Você não vai comer? – Perguntou ela.- Estou com tanto sono que nem tenho apetite, não quero comer.- Como você pode não comer? Você teve uma manhã agitada e, se não almoçar, vai ficar com gastrite e será difícil cuidar do estômago depois disso.O tom de Bruno era suave:- Eu só não quero comer.- Você pode dormir assim que terminar o trabalho aí. Eu vou levar a comida até a porta da sua empresa daqui a pouco e ligar para você quando chegar lá.Ele havia ficado acordado à noite toda p
A velhinha arrastou sua mala até o sofá e sentou-se com um baque, dizendo:- Bruno, vou me mudar para a casa onde você e Aurora moram.Bruno fez uma cara feia e respondeu:- Vovó, você me prometeu...- Não vou causar problemas, por que você está tão nervoso? Preocupado com o quê? - Disse a velhinha.Contradizendo Bruno, a velhinha continuou com convicção:- Fui expulsa de casa pelo seu pai e seu tio, não tenho para onde ir e vim pedir abrigo ao meu neto. Não posso? Você também vai me expulsar como eles fizeram?- Ah, ser velho é ser rejeitado. Para onde vou, sou expulsa. Qual é o sentido de ter filhos e netos? Melhor ter uma neta que seja mais amorosa.Bruno ficou com uma expressão sombria e disse:- Vovó, meu pai e meu tio nunca fariam isso com você. – Disse Bruno.A velhinha sorriu e disse: - Não posso dizer que foram minhas noras que me expulsaram, né? Meus filhos são meus, não importa o quanto eu os difame, eles não podem me culpar. Minhas noras não são minhas filhas, como posso d
- Eu ouvi alguém dizer “Nunca sinto ciúmes! Não persigo mulheres!” Você sabe quem disse isso? – Disse a avó.Bruno ficou com o rosto tenso, com a expressão fechada e os lábios firmes, sem dizer nada. Quando a avó finalmente parou de rir, mudou de assunto: - Letícia não está mais lá esperando por você?- Ela não vai mais me incomodar. – Respondeu Bruno.Nos últimos dois dias, Letícia não havia aparecido mais para esperá-lo.Ela também havia dito a Aurora que, assim que Sr. Alves arrumasse uma namorada ou se casasse, ela não iria mais incomodá-lo de jeito nenhum.Nesse aspeto, Bruno passou a ter uma boa opinião de Letícia. Ela não se disfarçava de alguém que procurava amor verdadeiro para separar casamentos, como muitas outras.- Ela sabe sobre você e Aurora? – Perguntou a avó.- Não, eu apenas mostrei minha mão esquerda e ela desistiu. – Respondeu Bruno.A avó riu e disse:- Você pensa que sua mão esquerda é o quê? Mostrou a mão e ela desistiu? Por que você não fez isso antes?Bruno s
Rivaldo levou sua avó para fora e os dois estavam se preparando para ir ao hotel para almoçar.Assim que saíram do edifício de escritórios, Rivaldo avistou Aurora com seus olhos atentos.- Vovó, agora entendi por que meu primo me pediu para levar você para almoçar. - Disse ele, apontando para a entrada da empresa e dizendo. - Minha cunhada chegou e trouxe uma marmita para o meu primo.Não era de admirar que seu primo estivesse tão ansioso para que ele levasse sua avó embora, achando que ela era um estorvo.A velha senhora parou e olhou por um longo tempo para a entrada da empresa com os olhos semicerrados, dizendo:- Realmente é a Aurora. Ligue para o seu primo imediatamente e peça para ele mudar de escritório. Vá para o seu escritório, não deixe a Aurora descobrir.Rivaldo fez um som de concordância e ligou para seu primo.Sem precisar de aviso, Bruno já sabia que Aurora havia chegado.Ele tinha um binóculo em sua gaveta, e depois de se despedir de sua avó, foi até a janela para olhar
- Já comi. - Disse Aurora instintivamente. Depois de pensar um pouco, ela acrescentou. - Que tal se eu te acompanhar enquanto você come, e depois volto?Os olhos escuros de Bruno brilharam ao ouvir isso.- Vamos para o meu escritório. - Disse Bruno.Aurora olhou novamente para a multidão e perguntou, hesitante: - Não trabalho na sua empresa, posso entrar lá sem problemas?- Vou te levar, então não tem problema. - Respondeu Bruno, estendendo a mão para Aurora. Ela hesitou por um momento, mas acabou entregando a mão para ele.Enquanto segurava a mão dela, Bruno sorriu levemente, mas Aurora não percebeu.Ele segurava a marmita que ela havia trazido e levava Aurora consigo, atravessando a multidão surpresa e curiosa.- Presidente Bruno.- Presidente Bruno.Todos cumprimentavam Bruno com respeito.Eles também sorriam e acenavam para Aurora, como uma forma de cumprimentá-la e tentar adivinhar sua identidade.Ser levado pelo Presidente Bruno significava que ele gostava da pessoa.Por falar n
Enquanto abria a tampa da marmita térmica, Bruno explicou: - Se você trabalhasse em nossa empresa, saberia que há muitos diretores e vice-presidentes. Cada um tem uma área de responsabilidade diferente. Sou mais ou menos um meio-termo na empresa.Aurora sorriu e disse: - Ainda bem que não tenho habilidades para trabalhar na sua empresa, senão não conseguiria lembrar de tantos diretores.Bruno olhou profundamente para ela e disse: - Você está bem assim, livre e com uma renda decente. Você nem imagina quantas pessoas invejam a sua liberdade como autônoma.- Não gosto de ser controlada por outras pessoas. Por isso, assim que me formei, abri essa livraria em parceria com a Stella. A família dela nos ajudou muito, senão não teríamos conseguido a concessão para gerenciar essa livraria. - Explicou Aurora. Não era fácil abrir um negócio perto da escola.- Aquela árvore da sorte que está na mesa do Rivaldo, foi comprada na minha loja? - Perguntou Aurora, reparando num artesanato de árvore d