A velhinha arrastou sua mala até o sofá e sentou-se com um baque, dizendo:- Bruno, vou me mudar para a casa onde você e Aurora moram.Bruno fez uma cara feia e respondeu:- Vovó, você me prometeu...- Não vou causar problemas, por que você está tão nervoso? Preocupado com o quê? - Disse a velhinha.Contradizendo Bruno, a velhinha continuou com convicção:- Fui expulsa de casa pelo seu pai e seu tio, não tenho para onde ir e vim pedir abrigo ao meu neto. Não posso? Você também vai me expulsar como eles fizeram?- Ah, ser velho é ser rejeitado. Para onde vou, sou expulsa. Qual é o sentido de ter filhos e netos? Melhor ter uma neta que seja mais amorosa.Bruno ficou com uma expressão sombria e disse:- Vovó, meu pai e meu tio nunca fariam isso com você. – Disse Bruno.A velhinha sorriu e disse: - Não posso dizer que foram minhas noras que me expulsaram, né? Meus filhos são meus, não importa o quanto eu os difame, eles não podem me culpar. Minhas noras não são minhas filhas, como posso d
- Eu ouvi alguém dizer “Nunca sinto ciúmes! Não persigo mulheres!” Você sabe quem disse isso? – Disse a avó.Bruno ficou com o rosto tenso, com a expressão fechada e os lábios firmes, sem dizer nada. Quando a avó finalmente parou de rir, mudou de assunto: - Letícia não está mais lá esperando por você?- Ela não vai mais me incomodar. – Respondeu Bruno.Nos últimos dois dias, Letícia não havia aparecido mais para esperá-lo.Ela também havia dito a Aurora que, assim que Sr. Alves arrumasse uma namorada ou se casasse, ela não iria mais incomodá-lo de jeito nenhum.Nesse aspeto, Bruno passou a ter uma boa opinião de Letícia. Ela não se disfarçava de alguém que procurava amor verdadeiro para separar casamentos, como muitas outras.- Ela sabe sobre você e Aurora? – Perguntou a avó.- Não, eu apenas mostrei minha mão esquerda e ela desistiu. – Respondeu Bruno.A avó riu e disse:- Você pensa que sua mão esquerda é o quê? Mostrou a mão e ela desistiu? Por que você não fez isso antes?Bruno s
Rivaldo levou sua avó para fora e os dois estavam se preparando para ir ao hotel para almoçar.Assim que saíram do edifício de escritórios, Rivaldo avistou Aurora com seus olhos atentos.- Vovó, agora entendi por que meu primo me pediu para levar você para almoçar. - Disse ele, apontando para a entrada da empresa e dizendo. - Minha cunhada chegou e trouxe uma marmita para o meu primo.Não era de admirar que seu primo estivesse tão ansioso para que ele levasse sua avó embora, achando que ela era um estorvo.A velha senhora parou e olhou por um longo tempo para a entrada da empresa com os olhos semicerrados, dizendo:- Realmente é a Aurora. Ligue para o seu primo imediatamente e peça para ele mudar de escritório. Vá para o seu escritório, não deixe a Aurora descobrir.Rivaldo fez um som de concordância e ligou para seu primo.Sem precisar de aviso, Bruno já sabia que Aurora havia chegado.Ele tinha um binóculo em sua gaveta, e depois de se despedir de sua avó, foi até a janela para olhar
- Já comi. - Disse Aurora instintivamente. Depois de pensar um pouco, ela acrescentou. - Que tal se eu te acompanhar enquanto você come, e depois volto?Os olhos escuros de Bruno brilharam ao ouvir isso.- Vamos para o meu escritório. - Disse Bruno.Aurora olhou novamente para a multidão e perguntou, hesitante: - Não trabalho na sua empresa, posso entrar lá sem problemas?- Vou te levar, então não tem problema. - Respondeu Bruno, estendendo a mão para Aurora. Ela hesitou por um momento, mas acabou entregando a mão para ele.Enquanto segurava a mão dela, Bruno sorriu levemente, mas Aurora não percebeu.Ele segurava a marmita que ela havia trazido e levava Aurora consigo, atravessando a multidão surpresa e curiosa.- Presidente Bruno.- Presidente Bruno.Todos cumprimentavam Bruno com respeito.Eles também sorriam e acenavam para Aurora, como uma forma de cumprimentá-la e tentar adivinhar sua identidade.Ser levado pelo Presidente Bruno significava que ele gostava da pessoa.Por falar n
Enquanto abria a tampa da marmita térmica, Bruno explicou: - Se você trabalhasse em nossa empresa, saberia que há muitos diretores e vice-presidentes. Cada um tem uma área de responsabilidade diferente. Sou mais ou menos um meio-termo na empresa.Aurora sorriu e disse: - Ainda bem que não tenho habilidades para trabalhar na sua empresa, senão não conseguiria lembrar de tantos diretores.Bruno olhou profundamente para ela e disse: - Você está bem assim, livre e com uma renda decente. Você nem imagina quantas pessoas invejam a sua liberdade como autônoma.- Não gosto de ser controlada por outras pessoas. Por isso, assim que me formei, abri essa livraria em parceria com a Stella. A família dela nos ajudou muito, senão não teríamos conseguido a concessão para gerenciar essa livraria. - Explicou Aurora. Não era fácil abrir um negócio perto da escola.- Aquela árvore da sorte que está na mesa do Rivaldo, foi comprada na minha loja? - Perguntou Aurora, reparando num artesanato de árvore d
- Se eu ficar com ela, ela só ficará mais infeliz. Ela sempre reclama que sou desajeitado com as palavras e não sei dizer coisas bonitas. Ela gosta mais de você. – Disse BrunoAurora falou casualmente: - Então, vamos levar a avó para dar uma volta juntos.Bruno teve sucesso em seu plano malicioso e concordou: - Tudo bem.- O Sítio-Resort nos arredores é um bom lugar para relaxar. Amanhã levarei você e a avó lá.Depois de amanhã, Madalena e Daulo iriam discutir o divórcio, e como parentes próximos de Madalena, eles certamente teriam que ir apoiá-la pessoalmente durante este processoPortanto, ele só teria um dia para ter um encontro com sua esposa.O Sítio-Resort era um dos empreendimentos da família Alves, mas era comercializado e aberto ao público. Muitas pessoas costumavam passar suas férias lá.- Ouvi dizer que é muito bonito e divertido lá. – Disse Aurora.- Também nunca fui lá, não sei como é. – Disse Bruno.Aurora pegou o celular e pesquisou imagens do Sítio-Resort. Após vê-las
Mas agora não havia mais aquele acordo na penteadeira. Parecia que Aurora ainda estava desenhando na parte de trás daquele acordo...Meu deus!Aurora encarava Bruno, que estava dormindo profundamente. Ele havia destruído não apenas o desenho dela, mas também o acordo que havia entre eles. Na verdade, apenas a cópia do acordo que estava em sua mão havia sido destruída, enquanto a cópia de Bruno certamente era tratada como uma espécie de decreto sagrado por ele.Ela cutucou o rosto de Bruno com o dedo, mas ele não respondeu. Aurora cutucou-o novamente e murmurou: -Você destruiu meu acordo por acidente, mas o seu ainda está na sua mão. Isso não é justo, não tenho mais proteção.Deveria ela roubá-lo e destruí-lo também?Dessa forma, seria justo, nenhum deles teria um acordo para governá-los e ela se sentiria mais segura.Ao pensar que não tinha a oportunidade de entrar no quarto dele, Aurora começou a sentir dor de cabeça. Como poderia roubar o acordo de Bruno para destruí-lo?Talvez ela
Sem mencionar os oito primos mais novos de Bruno, apenas ele já a deixava preocupada.Antes de morrer, seu marido havia analisado seus nove netos e dizia que Bruno era o mais amoroso, mas também o que mais o preocupava. Ele havia dito que com a personalidade de Bruno, se ela não se intrometesse em seus assuntos amorosos, ele seria um solteirão para o resto da vida. Agora, parecia que seu marido estava certo.- Senhora, as questões do amor não podem ser apressadas. É um grande evento na vida de alguém, um compromisso para a vida toda. Se alguém escolher mal, como Madalena fez, mesmo que o divórcio não seja um problema atualmente, pode ser um desperdício de anos preciosos da juventude. O preço é muito alto. - Disse Dona Izete.O som da porta se abrindo foi ouvido do lado de fora.- O Sr. Alves e a Sra. Alves voltaram. – Disse Izete.- Lembre-se de como deve se referir a mim. - Alertou a velha senhora.Dona Izete assentiu vigorosamente.Quando Bruno e Aurora entraram pela porta, eles vir