Daulo encarou Madalena e questionou: - Eu não te dei quinhentos reais?Ao ouvir isso, Carolina se levantou rapidamente e se aproximou, continuando as palavras do irmão: - Madalena, você está desviando dinheiro do Daulo, não é? E ainda me disse que ele só te deu trezentos reais e que não dava para comprar camarões e caranguejos grandes o suficiente.Madalena não levantou a cabeça e continuou alimentando seu filho, lembrando Daulo: - Eu já te disse, sua mãe e sua irmã vieram visitar, então deveria ser você quem comprasse comida para cozinhar para elas. Se você me pedir para fazer isso, terei que cobrar duzentos reais pelo meu trabalho.- Eu não devo nada a vocês. Se eu cozinhar para vocês de graça, não recebo nenhum benefício e ainda sou criticada e repreendida.No passado, ela já havia passado por essa situação muitas vezes.Daulo ficou em silêncio novamente.Carolina olhou para a expressão de seu irmão e percebeu que Madalena estava dizendo a verdade. Ela voltou para o sofá com raiv
Aurora comia rapidamente e, frequentemente, era a primeira a terminar e ajudava a cuidar de Michel, permitindo que Madalena pudesse comer.Quanto à família do marido, eles só se preocupavam em comer e beber, enchendo suas barrigas, sem se importar com ela. Era como se eles pensassem que ela nunca passaria fome.- Mãe, coma esses camarões. - Daulo serviu alguns camarões para sua mãe e chamou sua irmã. - Irmã, coma mais, são todos os seus favoritos.Enquanto comia caranguejo, Carolina comentou: - Esses caranguejos não têm muita carne, são muito pequenos, é como se estivéssemos apenas apreciando o sabor.O tom dela era claramente de descontentamento.Daulo ficou em silêncio por um momento, antes de dizer: - Da próxima vez, vou levá-los para jantar em um hotel.- Os restaurantes do hotel são muito caros, você não ganha dinheiro facilmente. Na próxima vez, transfira o dinheiro para mim e comprarei para você, assim Madalena poderá preparar algo gostoso para você. – Disse Carolina, como se
Ontem, Madalena não tinha cozinhado todos os legumes e colocou metade deles na geladeira, mas apenas o suficiente para ela mesma comer.Ela os comprou com seu próprio dinheiro e não os deu para a Arabela e seus dois filhos.Carolina ficou surpresa.Essa mulher gorda e descarada havia reservado comida para si mesma com antecedência e não ficaria com fome.Madalena levou a comida para a mesa e sentou-se para desfrutar de sua refeição tranquilamente.Aurora, preocupada que sua irmã pudesse ser intimidada, ligou para ela durante uma pausa e perguntou: - Irmã, eles não estão te intimidando?- Com a minha façanha de perseguir Daulo com uma faca por cinco quarteirões, agora eles só ousam discutir comigo. Quando uma mulher não se importa mais com seu marido, é impossível tolerar todo o comportamento irracional dele e de sua família. - Madalena respondeu.Ouvindo sua irmã falar assim, Aurora ficou mais tranquila e perguntou: - Irmã, você já comeu?- Estou comendo. E você? – Respondeu Madalena
Carolina parecia ter uma visão clara das coisas, mas não agia de forma muito honesta e correta.Não importava o quão educada uma mulher fosse, uma vez casada e com filhos, presa pelo casamento e pelas emoções, era fácil se tornar alguém que buscava sofrimento e não merecia compaixão.- Irmã, já falei com ela, mas ela não quer ajudar. - Disse Daulo.Daulo agora não queria mais garantir nada.Desde o episódio de violência doméstica, o relacionamento do casal nunca mais voltou ao normal. Ele tinha Juliana agora e só pensava em agradar sua amante, sem ter mais paciência para a esposa em casa.Madalena também estava determinada a não se curvar. Antes, ela sempre abaixava a cabeça, mas desta vez, não queria mais fazer isso.Assim, o casal ficava em um impasse. Eles moravam juntos, mas dormiam em quartos separados e levavam vidas independentes, exceto quando se tratava do filho, nem sequer queriam falar um com o outro.- Não está disposta a ajudar nem com uma coisa tão simples? Não estou pe
A voz de Carolina ficou ainda mais baixa: - Compre um presentinho barato para ela, faça-lhe uns agrados e tudo será resolvido.- De qualquer forma, ela é a mãe do Michel. Pense no Michel, pense em como seus sobrinhos precisam de alguém para cuidar deles. Homem de verdade sabe se curvar quando necessário.Arabela se aproximou e seguiu as palavras de sua filha, aconselhando seu filho em voz baixa: - Daulo, por causa de Michel, você e Madalena ainda precisam continuar juntos. Ouça sua irmã e compre um presente para ela, faça uns agrados.- Pense em como ela cuidou tão bem de você antes, e pense em como você está agora? Não há nada de errado em abaixar a cabeça.Dessa vez, quando Arabela veio visitar, viu que seu filho não estava conseguindo manter a postura de líder da família para oprimir sua nora. Ela ficava muito preocupada com ele.Mas tudo isso era resultado da provocação dela e de sua filha.Se não fosse por elas instigarem Daulo e Madalena a dividirem as despesas igualmente, a Ma
Daulo disse à sua mãe: - Mãe, você e minha irmã podem sair para passear e comprar o que quiserem.Ele tirou o celular do bolso e transferiu cinco mil reais para a mãe, para que ela pudesse fazer compras.- Ok, mais tarde eu e sua irmã vamos passear e comprar algumas roupas novas. Vá para o trabalho agora e lembre-se de voltar cedo depois do trabalho. - Disse Arabela.Arabela acompanhou seu filho até a porta e piscou para ele, lembrando-o de comprar um presente para Madalena depois do trabalho.Madalena empurrou o carrinho de bebê e colocou o filho sentado nele, dizendo suavemente: - Vou levar Michel para dar uma volta lá embaixo.- Tá bom. - Disse Arabela, sorrindo amorosamente.Madalena ficou imediatamente em alerta. Ela sabia que a sogra estava sendo tão educada, certamente estava planejando algo, mais especificamente, a sogra e a cunhada provavelmente precisariam pedir algo a ela, certo?Não importava o que pedissem, ela não concordaria.Pensando assim, Madalena não se importava
Susana também se virou para olhar Aurora, que estava indo na direção oposta, e perguntou: - Aquela garota estava sorrindo para nós? Eu não a conheço.- Talvez eu tenha entendido errado. Ela não estava sorrindo para nós. - Respondeu a amiga de Susana, sem dar muita importância.Ela também olhou para trás e viu que Aurora já estava longe. Então riu e disse: - Eu realmente entendi errado.- Aquela garota é muito bonita e tem uma boa aparência. Eu olhei para ela duas vezes, mas não reconheci como uma das filhas de alguma família rica. Pensei que você a conhecesse. - Disse a amiga.- As filhas ricas das famílias importantes da Cidade G sempre sorriem para você quando te veem. – Brincou a amiga.Susana tinha três filhos. O mais famoso deles era o filho mais velho, que liderava o Grupo Alves e ocupava a segunda posição na família Alves, atrás apenas da avó Erica.Os filhos da família Alves eram todos excelentes, exceto pelos dois mais novos, um ainda estava no ensino médio e o outro acabava
Aurora compreendia a atitude da sogra em fingir não conhecê-la e não se importava com isso. Ela caminhou até onde havia estacionado seu carro, destravou-o e colocou as roupas que havia comprado para Bruno no banco do passageiro. Em seguida, partiu com o carro.Ao chegar em casa no Condomínio Rosa, Bruno ainda não havia retornado, então Aurora foi para a varanda cuidar de suas plantas. Havia muitas rosas florescendo, então ela pegou uma tesoura e cortou algumas. Porém, não queria jogá-las fora, então as levou de volta para a sala, aparou-as ainda mais e as colocou em um vaso.Trrrim-trrrim.De repente, seu celular tocou. Era uma ligação de uma vizinha de sua livraria, a quem Aurora havia pedido para cuidar de seus animais de estimação, enquanto fazia compras para Bruno, pois não podia levá-los consigo.- Norberto, havia me esquecido completamente disso, sinto muito. Vou buscá-los agora. - Disse Aurora ao telefone.Se não fosse por essa ligação, Aurora teria esquecido completamente de