Carolina parecia ter uma visão clara das coisas, mas não agia de forma muito honesta e correta.Não importava o quão educada uma mulher fosse, uma vez casada e com filhos, presa pelo casamento e pelas emoções, era fácil se tornar alguém que buscava sofrimento e não merecia compaixão.- Irmã, já falei com ela, mas ela não quer ajudar. - Disse Daulo.Daulo agora não queria mais garantir nada.Desde o episódio de violência doméstica, o relacionamento do casal nunca mais voltou ao normal. Ele tinha Juliana agora e só pensava em agradar sua amante, sem ter mais paciência para a esposa em casa.Madalena também estava determinada a não se curvar. Antes, ela sempre abaixava a cabeça, mas desta vez, não queria mais fazer isso.Assim, o casal ficava em um impasse. Eles moravam juntos, mas dormiam em quartos separados e levavam vidas independentes, exceto quando se tratava do filho, nem sequer queriam falar um com o outro.- Não está disposta a ajudar nem com uma coisa tão simples? Não estou pe
A voz de Carolina ficou ainda mais baixa: - Compre um presentinho barato para ela, faça-lhe uns agrados e tudo será resolvido.- De qualquer forma, ela é a mãe do Michel. Pense no Michel, pense em como seus sobrinhos precisam de alguém para cuidar deles. Homem de verdade sabe se curvar quando necessário.Arabela se aproximou e seguiu as palavras de sua filha, aconselhando seu filho em voz baixa: - Daulo, por causa de Michel, você e Madalena ainda precisam continuar juntos. Ouça sua irmã e compre um presente para ela, faça uns agrados.- Pense em como ela cuidou tão bem de você antes, e pense em como você está agora? Não há nada de errado em abaixar a cabeça.Dessa vez, quando Arabela veio visitar, viu que seu filho não estava conseguindo manter a postura de líder da família para oprimir sua nora. Ela ficava muito preocupada com ele.Mas tudo isso era resultado da provocação dela e de sua filha.Se não fosse por elas instigarem Daulo e Madalena a dividirem as despesas igualmente, a Ma
Daulo disse à sua mãe: - Mãe, você e minha irmã podem sair para passear e comprar o que quiserem.Ele tirou o celular do bolso e transferiu cinco mil reais para a mãe, para que ela pudesse fazer compras.- Ok, mais tarde eu e sua irmã vamos passear e comprar algumas roupas novas. Vá para o trabalho agora e lembre-se de voltar cedo depois do trabalho. - Disse Arabela.Arabela acompanhou seu filho até a porta e piscou para ele, lembrando-o de comprar um presente para Madalena depois do trabalho.Madalena empurrou o carrinho de bebê e colocou o filho sentado nele, dizendo suavemente: - Vou levar Michel para dar uma volta lá embaixo.- Tá bom. - Disse Arabela, sorrindo amorosamente.Madalena ficou imediatamente em alerta. Ela sabia que a sogra estava sendo tão educada, certamente estava planejando algo, mais especificamente, a sogra e a cunhada provavelmente precisariam pedir algo a ela, certo?Não importava o que pedissem, ela não concordaria.Pensando assim, Madalena não se importava
Susana também se virou para olhar Aurora, que estava indo na direção oposta, e perguntou: - Aquela garota estava sorrindo para nós? Eu não a conheço.- Talvez eu tenha entendido errado. Ela não estava sorrindo para nós. - Respondeu a amiga de Susana, sem dar muita importância.Ela também olhou para trás e viu que Aurora já estava longe. Então riu e disse: - Eu realmente entendi errado.- Aquela garota é muito bonita e tem uma boa aparência. Eu olhei para ela duas vezes, mas não reconheci como uma das filhas de alguma família rica. Pensei que você a conhecesse. - Disse a amiga.- As filhas ricas das famílias importantes da Cidade G sempre sorriem para você quando te veem. – Brincou a amiga.Susana tinha três filhos. O mais famoso deles era o filho mais velho, que liderava o Grupo Alves e ocupava a segunda posição na família Alves, atrás apenas da avó Erica.Os filhos da família Alves eram todos excelentes, exceto pelos dois mais novos, um ainda estava no ensino médio e o outro acabava
Aurora compreendia a atitude da sogra em fingir não conhecê-la e não se importava com isso. Ela caminhou até onde havia estacionado seu carro, destravou-o e colocou as roupas que havia comprado para Bruno no banco do passageiro. Em seguida, partiu com o carro.Ao chegar em casa no Condomínio Rosa, Bruno ainda não havia retornado, então Aurora foi para a varanda cuidar de suas plantas. Havia muitas rosas florescendo, então ela pegou uma tesoura e cortou algumas. Porém, não queria jogá-las fora, então as levou de volta para a sala, aparou-as ainda mais e as colocou em um vaso.Trrrim-trrrim.De repente, seu celular tocou. Era uma ligação de uma vizinha de sua livraria, a quem Aurora havia pedido para cuidar de seus animais de estimação, enquanto fazia compras para Bruno, pois não podia levá-los consigo.- Norberto, havia me esquecido completamente disso, sinto muito. Vou buscá-los agora. - Disse Aurora ao telefone.Se não fosse por essa ligação, Aurora teria esquecido completamente de
Ouvindo Norberto falar assim, Aurora teve que dizer: - Cuidado no caminho, dirija devagar.Norberto veio de moto.Ele sorriu e acenou para Aurora, antes de sair com sua moto.Depois que Norberto foi embora, Aurora ligou para Bruno.- O que houve? - Disse Bruno com uma voz profunda.- Senhor Bruno, você está quase saindo do trabalho? – Perguntou Aurora.Bruno ficou em silêncio por um momento, pensando se ela estava sentindo falta dele?Logo, Bruno negava essa possibilidade, Aurora não poderia sentir falta dele.Ele havia estado um pouco paranóico ultimamente.- Algum problema? - Bruno não respondeu diretamente, querendo saber por que ela estava perguntando quando ele sairia do trabalho.- Eu saí com pressa e esqueci minhas chaves, agora não consigo entrar em casa. Se você ainda estiver trabalhando, vou pegar um táxi e ir até a sua empresa buscar as chaves. Se você estiver quase saindo do trabalho, espero por você na porta da nossa casa. – Explicou Aurora.Depois de pensar um pouco, Bru
- Uma surpresa para você. - Respondeu Aurora.Bruno pegou a sacola e olhou para dentro:- São roupas, de novo?Ele tirou as roupas da sacola e dessa vez ela havia sido mais generosa, comprando apenas marcas famosas.- Não tenho experiência em presentear homens, não pude preparar uma grande surpresa. Só pude fazer pequenas surpresas. Na última vez, as roupas que te dei não eram tão caras, apenas alguns milhares de reais por conjunto. Desta vez, comprei roupas de marca para você, por mais de dez mil reais por conjunto. - Disse Aurora.- Usá-las é como pendurar uma tonelada de reais em mim. Isso não é uma surpresa? Eu nunca usei roupas tão caras antes. – Continuou Aurora.Bruno sorriu dizendo:- Com sua personalidade e situação financeira, comprar roupas tão caras para mim é realmente uma surpresa.Definitivamente era melhor do que as roupas que ela havia lhe dado da última vez. Era realmente uma surpresa.- Obrigado por ter ajudado minha irmã a coletar provas da traição de Daulo. – Agra
Depois de desligar o telefone com sua mãe, Bruno franziu a testa enquanto pensava e perguntou à mulher sentada na cadeira de balanço na varanda com um gatinho no colo: - Você já viu minha mãe sem eu saber?Aurora ficou surpresa. Ela não havia mencionado nada sobre seu encontro com a sogra. Como ele sabia disso?Bruno se aproximou dela, com seus olhos escuros fixos em seu rosto bonito, e perguntou novamente:- Você viu minha mãe hoje?Ao perceber que ele ainda segurava o celular, Aurora imaginou que a sogra havia ligado para ele para reclamar de algo. Ela explicou rapidamente: - Quando eu estava comprando roupas para você, encontrei sua mãe por acaso. Eu queria cumprimentá-la, mas ela talvez não tenha me reconhecido. Ela estava conversando com uma amiga e logo foi embora, então não a cumprimentei.Bruno era um homem muito inteligente. Embora tivesse sido criado pelos avós, não tinha um relacionamento distante com seus pais. Na verdade, seu relacionamento com eles era muito próximo.