Depois de refletir um pouco, ele acabou se sentando à mesa, reabriu a tampa da caixinha e comeu em silêncio aquele quibe, que na verdade não gostava.Era preciso admitir que, somente depois de se casar com Aurora, ele passou a parecer mais como um mero cidadão comum.Ele provou muitos lanches que nunca tinha experimentado.Depois de terminar o seu café, Bruno vagou até a varanda e se sentou na cadeira de balanço para admirar as flores que ela havia cultivado.Ele ficou ali até às onze horas, quando recebeu um telefonema de Paulo o apressando. Só então, Bruno voltou para o quarto, trocou de roupa e saiu.Sabendo que Aurora estava na casa de sua irmã, Bruno achou que o casal não tinha como se encontrar, então não usou o Toyota comercial, mas sim o seu Rolls-Royce como de costume, escoltado por vários guarda-costas, até o Restaurante Marvolo em grande pompa.E para que não causasse muito alvoroço, ele estacionaria o carro em frente à cafeteria de sua avó e caminharia até o restaurante.Qu
Bruno voltou ao seu lugar, mas seu rosto estava calmo. Quando a comida chegou, ele começou a comer, sem dizer nada sobre os assuntos que os dois melhores amigos estavam conversando.A imagem de Aurora sorrindo e colocando comida no prato de Helder sempre vinha à sua mente.- Bruno, você está um pouco estranho hoje. - João pegou uma garfada de comida, colocou na boca e depois olhou para Bruno, que estava sentado à sua frente, e disse. - Por que você só está comendo e não fala nada?Paulo acenou com a cabeça em concordância.Bruno apenas disse levemente:- Estou com fome.Ele tinha comido quibe no café da manhã. Era algo que não gostava, e a quantia não era muita, então estava realmente com fome.Obviamente, ele também estava com um humor nada bom.E quando estava de mau humor, ele comia, comia e comia.Ela colocou comida no prato de Helder e ele não se importaria nem um pouco, não era mesmo? Será que ela achava que ele ficaria com ciúmes?Ele já lhe disse que não era um homem que ficava
Mesmo que fosse apenas um casal titular, um casamento escondido, João não aceitaria isso.Ouvindo os dois melhores amigos brincarem, Bruno não disse mais nada e continuou comendo.Logo, ele estava de barriga cheia.- Vou lá me sentar um pouco na cafeteria da minha avó, vocês fiquem à vontade.Pousando os talheres e pegando um lenço de papel para limpar as manchas de gordura no canto da boca, Bruno se levantou, pronto para sair.- Nós dois também já comemos bastante, então vamos juntos.João e Paulo também largaram seus talheres para seguir Bruno até a Cafeteria Yasmin, que ficava ao lado do restaurante.Os guarda-costas já tinham enchido a barriga havia muito tempo e, quando viram que o Sr. Bruno estava saindo, eles se levantaram em silêncio e acompanharam o chefe discretamente para fora.Eles estavam com medo de alertar a Sra. Aurora.A Sra. Aurora estava almoçando com o jovem mestre da família Lopes, e como o Sr. Helder já tinha visto o Sr. Bruno antes, então eles não podiam chamar a
Aurora não fazia ideia de que Bruno e seus melhores amigos estavam comendo aqui.Ela, Stella e Helder comeram, enquanto conversavam por um longo tempo.Quando Helder recebeu um telefonema e teve que sair primeiro, Aurora disse:- Eu e sua prima também já enchemos a barriga, então vou lá pagar a conta. Helder, se você tem algo para resolver, pode ir. Eu e a Stella ainda vamos ficar um pouco na cafeteria aqui do lado.Da última vez que acompanhou a melhor amiga em um encontro às cegas, Aurora havia se encantado com a tranquilidade da Cafeteria Yasmin.Essa rua era muito movimentada, poderia ser considerada próspera. O dono da Cafeteria Yasmin havia investido bastante e colocou isolamento acústico no interior, de modo que, quando você entrava na cafeteria, o barulho do lado de fora desaparecia de seus ouvidos.Como Stella veio de carro, Helder acreditava que sua prima levaria Aurora para casa mais tarde, então ele disse:- Stella, Aurora, eu vou indo primeiro, então.- Vai lá, dirija com
Paulo estava um pouco atônito com o que via.Seria realmente pura encenação o seu chefe ter se gabado de ter uma esposa na frente dele várias vezes?Mas a Sra. Erica já não cuidava das coisas da empresa e raramente voltava ao escritório, então Bruno realmente não tinha a necessidade de encenar na frente dele.Que coisa confusa!Enfim, que fosse! Aquilo era problema particular de Bruno, ele conseguiria resolver sozinho. Como seus melhores amigos, eles podiam simplesmente trazer um banquinho, pegar um balde de pipoca e se sentar para assistir ao show.Sem nada de interessante para ver, eles foram para casa dormir.Duas horas depois...Aurora olhou as horas e viu que já eram três da tarde, então disse para a amiga:- Stella, vamos voltar, tenho que dar uma olhada lá na casa da minha irmã.- Beleza. - Stella também olhou as horas e não discordou quando a amiga disse que queria ir para casa. - Vamos passar no mercado primeiro, comprar algumas frutas e uns brinquedos. Quero ir com você para
Stella ficou surpresa e perguntou:- Sério? Embora o Condomínio Rosa fosse, de fato, um bairro de luxo, mas não pensei que alguém dirigisse um Rolls Royce. Alguém capaz de comprar um carro desses não deveria estar morando em mansões?- O Sr. Bruno disse que essa pessoa provavelmente tem filhos que estudam na escola das proximidades, então comprou uma casa no Condomínio Rosa para facilitar suas idas e voltas. Quem sabe quantos apartamentos e mansões aquela pessoa tem?Stella sorriu e disse:- Verdade. Vamos, bora ao mercado... A propósito, a Sra. Erica não disse que viria para cá?- Não virá mais. - Por quê?- O dono da casa não concordou. – Disse Aurora, dando de ombros.Stella ficou sem palavras. O dono da casa era o Bruno, neto da Sra. Erica. A avó queria passar o fim de semana na casa dele, mas o neto não permitiu.... Que ingrato!As duas entraram no carro de Stella e se afastaram da Cafeteria Yasmin.Não demorou muito para que parassem o carro em um grande shopping center.Depois
Elas foram para o bairro onde Madalena morava.Assim que Aurora saiu do carro, viu um carro familiar e seu rosto se contraiu.- O que foi? – perguntou Stella.- É o carro da cunhada da minha irmã estacionado ali, ela deve ter vindo atrás da minha irmã de novo. A cunhada dela é definitivamente a mais bizarra de todas, bem parecida com os meus parentes lá da aldeia.Stella disse:- Então, vamos subir logo! Se ela estiver intimidando a Madalena, vamos unir forças e expulsá-la.Dito isso, ela reparou que Aurora já havia ido longe com suas sacolas nas mãos.Stella se apressou em segui-la.A família Francisco realmente estava aqui. Mais uma vez, era Arabela e sua filha Carolina.Elas vieram para convencer Madalena a ir até a casa dos Francisco e buscar Daulo de volta.Daulo voltou a morar com seus pais, mas comia na casa de sua irmã, porque seus pais estavam lá para cuidar das crianças de Carolina e cozinhar.O bom era que a casa dos seus pais ficava bem perto da casa de sua irmã, era no mes
Michel não disse se sentia falta ou não, apenas murmurou:- Papai, trabalhar.Ele foi criado pela mãe e pela tia, e aquela criatura chamada “pai”, que ele só via nos fins de semana, geralmente já tinha saído para trabalhar há muito tempo quando ele acordava, e quando dormia à noite, ainda não tinha voltado.A afeição de Michel por seu pai não era realmente profunda.Mesmo quando o pai estava em casa, ele não brincava muito com Michel, preferia ficar pendurado no celular.- Madalena, olha aí! Michel não vê o pai há alguns dias e está se tornando indiferente em relação a ele, isso não é bom para o desenvolvimento de uma criança. Um menino não pode crescer sem o amor paterno, porque muitas coisas ainda precisam ser ensinadas pelo pai.Arabela originalmente pensou que seu neto diria que sentia falta do pai, para que ela pudesse usar a criança como uma desculpa para fazer sua nora ceder pelo bem da criança. Infelizmente, seu neto não disse que sentia falta do pai.Felizmente, ela era flexív