- Sr. Bruno, estou em frente ao seu escritório, ainda não terminou de trabalhar? Vim buscá-lo para almoçar na minha loja... Surpreso ou não? Feliz ou não?Bruno congelou.Surpreso, sim!Feliz, não!Ele foi forte o bastante para não ter levado um grande susto.- Sr. Bruno? - Sem obter resposta, Aurora chamou novamente.Bruno puxou a gravata e disse em voz baixa:- Já terminei, mas o cliente ainda não foi embora, estamos conversando sobre assuntos de negócios, então acho que vai demorar mais um pouco. Por que você não volta primeiro e eu volto à sua loja para almoçar mais tarde?- Quanto tempo vai demorar? Eu não dirigi até aqui, peguei um táxi. Está tudo bem, vou esperar por você em frente ao seu escritório e voltaremos juntos quando você terminar aí.Bruno olhou para o relógio de pulso antes de dizer:- Tem uma loja de chá de pobá do outro lado da rua, me espere lá que eu te pego em alguns minutos.Aurora virou a cabeça e viu que, de fato, havia uma loja de chá de pobá. Ela não pensou
Aurora estava esperando por Bruno na loja de chá de pobá. Ela não queria ficar sentada ali em vão, então pediu dois chás de pobá e pediu ao vendedor que os embalasse para ela.Ela estava sentada perto da porta, então quando Bruno saiu em seu carro, ela o reconheceu imediatamente e saiu com os dois chás de pobá que havia embalado.Com um sorriso no rosto, ela acenou com a mão para Bruno, que parou o carro em frente a ela.Aurora deu dois passos à frente, abriu a porta do passageiro e entrou no carro, colocando o cinto de segurança, antes que Bruno colocasse o carro em movimento novamente.- Por que você está usando uma máscara, e ainda é uma máscara preta? - Aurora perguntou casualmente.Bruno não disse nada, mas tirou a máscara. Afinal, ele já havia se afastado da porta da empresa e ninguém mais o reconheceria.Mesmo que muitas pessoas não o tivessem visto pessoalmente, era melhor ter cuidado.Bruno não explicou e Aurora não insistiu no assunto, mas perguntou a Bruno:- Você quer um ch
-Aliás, tem algo que preciso falar com você. - Aurora mudou de assunto.Ela ainda falava tranquilamente, e Bruno percebeu que ela não havia ficado brava com o silêncio dele.Por alguma razão, a falta de raiva dela fez com que Bruno se sentisse bastante desconfortável por dentro.- O que é?- A vovó disse que quer ficar em nossa casa por alguns dias, para um fim de semana, e me pediu para conversar com você sobre isso, temendo que você não aprove. Você é neto da própria vovó, como poderia não aprovar?Erica estava apenas com medo de perturbar a vida do casal.Mas ela estava pensando demais.Aurora e Bruno não tinham nenhum mundo à dois, eram apenas um casal titular.Durante o dia, eles trabalhavam separadamente.À noite, dormiam separados.Eles só se falavam quando tinham algo importante e tinham poucas chances para conversas casuais.Quando se casaram, Aurora achava que seu casamento era apenas uma convivência, mas agora, estava realmente se tornando o que ela imaginava.Aurora teve um
Bruno era mesmo um finalizador profissional de conversas.Aurora parou de falar e ficou sentada em silêncio, olhando pela janela do carro para a paisagem da rua.Quando voltou para a loja, Madalena também tinha acabado de voltar.- Mana! - Aurora chamou a irmã ao sair do carro.Madalena virou a cabeça e, ao ver a irmã e o marido dela, esboçou um sorriso no rosto rechonchudo e perguntou:- Onde você e o Bruno foram?- Chamei ele para almoçar aqui na loja e fui até o escritório dele para esperá-lo. Irmã, como foi? Você encontrou um emprego?Bruno saiu do carro e também chamou Madalena de irmã.Ela sorriu em resposta. Mas assim que a irmã mencionou o emprego, sua expressão ficou sombria, balançou a cabeça e disse:- Ainda não, entreguei vários currículos, mas ainda não recebi nenhuma resposta, ou então simplesmente me rejeitaram. - Depois de uma pausa, ela acrescentou. – Quando ficaram sabendo que tenho um filho de apenas dois anos, disseram que meu filho era pequeno demais e que teria ta
Depois do almoço, Madalena disse que queria ir para casa e descansar.Ela havia procurado emprego durante toda à manhã e se sentia muito cansada.O fato de não ter encontrado um emprego havia deixado Madalena um pouco abatida, e ela iria para casa reescrever alguns currículos com menos exigências para o cargo desejado, para ver se conseguiria encontrar um emprego.- Mana, eu te levo para casa. – Disse Aurora.Madalena olhou para o cunhado.Bruno disse:- Irmã, eu vou voltar para o escritório primeiro.- Beleza, dirija com cuidado. - Advertiu Madalena.Depois que seu cunhado saiu, Madalena pegou o filho, que ainda dormia, e entrou no carro da irmã, dizendo:- Se o Bruno não tiver muito tempo para almoçar, você pode levar a marmita para o escritório dele. Assim, ele não precisa correr para cá e para lá, e acabar sem nenhum descanso durante a hora do almoço.- Entendi. - Aurora colocou o carro em movimento.Ela não iria mais para o Grupo Alves.Mas essas palavras, para não ser repreendida
Bruno disse com indiferença:- O Sr. Jean não é um bom lutador, mas a família Tavares é a número um da Cidade A, assim como a minha família Alves, aqui na Cidade G. Para garantir a própria segurança, ele só pode viver cercado de guarda-costas, não é nada espantoso. Se você tem inveja da pompa do Sr. Jean, você também pode trazer dez ou oito guarda-costas com você todos os dias.Paulo não trazia seus guarda-costas, ele mesmo era um ótimo lutador.Além disso, poucas pessoas sabiam quem ele realmente era, e seria muito chamativo se ele saísse com guarda-costas.Os dois homens estavam conversando sobre negócios quando a secretária bateu à porta.- Presidente Bruno, o café que o senhor pediu.A secretária trouxe o café recém-preparado e o colocou gentilmente na frente de Bruno.Quando a secretária saiu, Paulo provocou seu amigo e chefe:- Depois de sair correndo para ficar de grude com sua esposa na hora do almoço, você não está com disposição para trabalhar esta tarde, né? Tome mais duas x
- O João quer que a gente vá jantar no lugar de sempre amanhã. O cara sempre nos convida para jantar no Restaurante Marvolo. Admito que a comida é boa, mas eu nem me daria ao trabalho de ir se a Cafeteria Yasmin da Sra. Erica não ficasse bem ao lado, na qual podemos ir e relaxar. – Disse Paulo.- Era lá que costumávamos ir no passado, o João é uma pessoa nostálgica. – Respondeu Bruno.No passado, os três ainda não tinham chegado onde estavam hoje, Bruno não era nem mesmo um pequeno executivo na época. Como ele não gostava de revelar seu status de família rica, então os três amigos costumavam ir comer em restaurantes de médio padrão.A Cafeteria Yasmin era a maior e mais exclusiva cafeteria da Cidade G. Ao seu redor, tanto as lojas de roupas, quanto os restaurantes, eram todos de padrão médio para cima.Se fossem de um padrão muito baixo, não conseguiriam atrai a clientela da Cafeteria Yasmin.As pessoas, que frequentavam a cafeteria, eram geralmente a elite do mercado de trabalho da re
Depois de refletir um pouco, ele acabou se sentando à mesa, reabriu a tampa da caixinha e comeu em silêncio aquele quibe, que na verdade não gostava.Era preciso admitir que, somente depois de se casar com Aurora, ele passou a parecer mais como um mero cidadão comum.Ele provou muitos lanches que nunca tinha experimentado.Depois de terminar o seu café, Bruno vagou até a varanda e se sentou na cadeira de balanço para admirar as flores que ela havia cultivado.Ele ficou ali até às onze horas, quando recebeu um telefonema de Paulo o apressando. Só então, Bruno voltou para o quarto, trocou de roupa e saiu.Sabendo que Aurora estava na casa de sua irmã, Bruno achou que o casal não tinha como se encontrar, então não usou o Toyota comercial, mas sim o seu Rolls-Royce como de costume, escoltado por vários guarda-costas, até o Restaurante Marvolo em grande pompa.E para que não causasse muito alvoroço, ele estacionaria o carro em frente à cafeteria de sua avó e caminharia até o restaurante.Qu