De repente, o celular de Aurora tocou, um som familiar que imediatamente a fez sorrir. Ela sabia quem estava ligando antes mesmo de olhar a tela. Quando viu o nome de Bruno na tela, seu coração se aqueceu, e um sorriso doce apareceu em seu rosto.- Meu marido está ligando. - Anunciou para suas amigas, seus olhos brilhando com uma felicidade incontida.Stella, percebendo o momento íntimo, se afastou discretamente e foi pegar o livro que ainda não tinha terminado de ler na estante.Letícia riu e disse animada: - Acho que já está na minha hora de ir. Se não houver problemas com o contrato, amanhã enviarei alguém para assiná-lo com os líderes das aldeias, e nosso projeto pode finalmente começar.Enquanto falava, Letícia pegou sua bolsa e se despediu com um aceno caloroso. Aurora, agradecida pela consideração das amigas, sorriu e atendeu ao telefone.- Oi, amor. - Disse Bruno, sua voz grave e sedutora propositalmente, um som que ele sabia que fazia sua esposa se derreter. Aurora não pôde
- Mas meu avô trouxe meu tio Nilson, tio Matias e dois primos aqui. Claro, isso resultou em uma grande discussão entre as duas famílias. Carolina e Arabela, armadas com vassouras, expulsaram meu avô e os outros. E, para completar, Carolina furou os pneus do carro do Diego novamente. - Acrescentou Aurora. Bruno riu do outro lado da linha, a risada calorosa que sempre fazia Aurora se sentir mais leve. - O pessoal da família Francisco realmente fez algo que merece aplausos dessa vez.Aurora não conseguiu segurar o riso também. - Eles vieram aqui provavelmente para dizer que meu pai não é filho biológico deles, na esperança de que desistamos de herdar a propriedade. Se não desistirmos, talvez tentem negociar. Seria ótimo recuperar a casa dos meus pais sem precisar de um processo judicial.Se o velho Sr. Garcia realmente estivesse disposto a negociar, Aurora estaria aberta a isso. Mas desistir da herança estava fora de questão.- Os resultados do teste de DNA entre mim e o velho Sr. Garc
- Sim, ele queria que eu estivesse com ele na reunião de negócios. - Aurora confirmou com um aceno de cabeça. Susana disse com um sorriso natural:- Então, você pode ligar para ele e avisar que não vai. Nós duas nunca tivemos a oportunidade de almoçar juntas ou fazer compras. Bruno não vai se importar em me ceder você por um dia.Havia muitos fofocas de que Aurora e Susana não se davam bem, que Aurora sempre participava dos eventos sociais acompanhada da Sra. Junqueira e nunca ia ao Sítio-Resort para passar tempo com Susana. Nunca haviam sido vistas almoçando ou fazendo compras juntas.Susana geralmente ignorava essas fofocas. Ela sabia muito bem como era sua relação com Aurora. No entanto, até nas mesas de jogo, suas amigas faziam perguntas curiosas e suspeitas. Isso a incomodava bastante.Cansada dessas intrigas, Susana decidiu que era hora de mostrar a todos a verdadeira relação que tinha com a nora. Queria desfazer as fofocas, passeando pelas lojas luxuosas com Aurora, comprando p
Aurora mal havia desligado o telefone com Bruno quando recebeu uma notificação de depósito em sua conta. Sentiu uma mistura de surpresa e gratidão ao perceber que Bruno havia vinculado seu número à conta conjunta do casal, substituindo o próprio número. Ele queria garantir que Aurora se sentisse confortável ao gastar dinheiro, ciente de que, se as notificações de gastos fossem para o celular dele, ela ficaria constrangida. Bruno sempre a assegurava de que ela poderia gastar à vontade, mas Aurora ainda hesitava. Bruno era muito atencioso nesse aspecto. Com a mudança, Aurora se sentia muito mais à vontade para usar a conta. Ele havia transferido uma quantia considerável, incentivando-a a gastar o que quisesse enquanto acompanhava Susana nas compras. Poucos minutos depois, Madalena chegou. Aurora entregou Michel à Madalena com um suspiro de alívio e, finalmente tranquila, saiu para acompanhar Susana no almoço. Do meio-dia até o fim da tarde, as duas ficaram juntas, em uma harmoniosa
Do outro lado.Aurora ficou em silêncio por um longo tempo após ver a reportagem de entretenimento sobre ela. Ela finalmente se virou para sua amiga e comentou com um leve suspiro:- É estranho como qualquer coisinha vira notícia agora que meu status mudou.Era a primeira vez que Aurora aparecia na coluna social desde que se tornava a Sra. Alves, um nome que carregava um peso enorme na alta sociedade da Cidade G. Ela ainda estava se acostumando com o novo nível de atenção.Stella, que já havia visto a notícia e estava bem acostumada com o frenesi midiático ao redor das figuras proeminentes, riu e disse com um tom divertido:- Bem, querida, você agora é casada com o Sr. Bruno, um dos magnatas mais poderosos da Cidade G. As pessoas notam essas coisas, especialmente porque você não tem aparecido tanto com sua sogra ultimamente. Em vez disso, tem sido vista acompanhando sua tia em eventos sociais, o que naturalmente leva as pessoas a tirarem conclusões erradas.Stella fez uma pausa para ob
O toque de celular interrompeu a conversa delas. Ela deu uma olhada para o identificador de chamadas e viu que era Bruno, com um sorriso brincalhão, disse: - Falando no diabo... Não se deve mencionar nomes, nem de dia nem de noite, que logo eles aparecem.Stella, sentada ao seu lado, riu e comentou: - Você está mesmo se achando, hein? O Sr. Bruno, com toda aquela carga de trabalho, ainda arruma tempo para te ligar. Isso mostra que ele realmente te tem no coração, te mima de verdade. Claro, meu Paulo também não fica para trás. Quer dizer, ele ainda não é meu oficialmente... Ele ainda não me pediu em casamento.Aurora atendeu a ligação de Bruno com um sorriso nos lábios.- Amor, estou a caminho. Me espere só dez minutos, eu já estou chegando. - A voz de Bruno ecoou pela linha do outro lado, cheia de carinho.- Você está vindo para cá agora? - Aurora ficou surpresa inicialmente, sem entender o motivo da visita repentina de Bruno. Mas rapidamente se lembrou que ela tinha que ir ao centr
Dez minutos depois.Aurora ouviu uma buzina e, após dar algumas instruções à amiga, pegou o celular que estava sobre a mesa e se dirigiu para fora do balcão da livraria.Depois de alguns passos, voltou apressada, pegando a bolsa. - Esqueci de pegar a bolsa que o Bruno me deu. Se eu sair sem ela, ele vai ficar emburrado.Stella riu.- Esses são os problemas de quem é feliz.Aurora, com a bolsa de marca luxuosa presenteada por Bruno no braço, saiu da livraria. Os dois seguranças, ao verem Bruno chegando com sua equipe de segurança para buscar a Sra. Alves, discretamente não a seguiram.Bruno saiu do carro, segurando um buquê de flores com uma das mãos e abrindo a porta do carro para Aurora com a outra. Quando ela se aproximou, ele entregou o buquê a ela.- Amor, estas são para você.- Obrigada, querido.Aurora aceitou o buquê com um sorriso e beijou levemente o rosto de Bruno antes de entrar no carro.Bruno tocou o local onde foi beijado, com um sorriso nos olhos, e logo entrou no carr
- Como foi? - Perguntou Bruno, esperando ansioso por uma confirmação.Bruno ainda não tinha olhado para os resultados. Ao ver Aurora mexendo no celular, sem nenhum sorriso no rosto, ele pensou que o sogro realmente não fosse filho biológico da família Garcia. - O teste mostrou que eu e o meu avô temos relação de sangue. Meu pai é, sim, filho biológico deles. - Aurora disse, sua voz firme.- Então é mesmo filho biológico? Pelo jeito como eles tratam vocês, eu sempre pensei que não fosse. - Bruno se inclinou para frente, seus olhos estreitando-se em descrença.Aurora olhou para o marido, dividida entre rir e chorar. - Parece que você estava torcendo para que meu pai não fosse filho biológico deles. Bruno sorriu sem graça, passando a mão pelos cabelos. - É que eles foram tão cruéis que parecia impossível que ele fosse realmente filho deles. Tratar alguém desse jeito, sendo de sangue, é realmente muito doloroso. - Ele disse, com tristeza, refletindo a injustiça que sentia pela esposa e