O toque de celular interrompeu a conversa delas. Ela deu uma olhada para o identificador de chamadas e viu que era Bruno, com um sorriso brincalhão, disse: - Falando no diabo... Não se deve mencionar nomes, nem de dia nem de noite, que logo eles aparecem.Stella, sentada ao seu lado, riu e comentou: - Você está mesmo se achando, hein? O Sr. Bruno, com toda aquela carga de trabalho, ainda arruma tempo para te ligar. Isso mostra que ele realmente te tem no coração, te mima de verdade. Claro, meu Paulo também não fica para trás. Quer dizer, ele ainda não é meu oficialmente... Ele ainda não me pediu em casamento.Aurora atendeu a ligação de Bruno com um sorriso nos lábios.- Amor, estou a caminho. Me espere só dez minutos, eu já estou chegando. - A voz de Bruno ecoou pela linha do outro lado, cheia de carinho.- Você está vindo para cá agora? - Aurora ficou surpresa inicialmente, sem entender o motivo da visita repentina de Bruno. Mas rapidamente se lembrou que ela tinha que ir ao centr
Dez minutos depois.Aurora ouviu uma buzina e, após dar algumas instruções à amiga, pegou o celular que estava sobre a mesa e se dirigiu para fora do balcão da livraria.Depois de alguns passos, voltou apressada, pegando a bolsa. - Esqueci de pegar a bolsa que o Bruno me deu. Se eu sair sem ela, ele vai ficar emburrado.Stella riu.- Esses são os problemas de quem é feliz.Aurora, com a bolsa de marca luxuosa presenteada por Bruno no braço, saiu da livraria. Os dois seguranças, ao verem Bruno chegando com sua equipe de segurança para buscar a Sra. Alves, discretamente não a seguiram.Bruno saiu do carro, segurando um buquê de flores com uma das mãos e abrindo a porta do carro para Aurora com a outra. Quando ela se aproximou, ele entregou o buquê a ela.- Amor, estas são para você.- Obrigada, querido.Aurora aceitou o buquê com um sorriso e beijou levemente o rosto de Bruno antes de entrar no carro.Bruno tocou o local onde foi beijado, com um sorriso nos olhos, e logo entrou no carr
- Como foi? - Perguntou Bruno, esperando ansioso por uma confirmação.Bruno ainda não tinha olhado para os resultados. Ao ver Aurora mexendo no celular, sem nenhum sorriso no rosto, ele pensou que o sogro realmente não fosse filho biológico da família Garcia. - O teste mostrou que eu e o meu avô temos relação de sangue. Meu pai é, sim, filho biológico deles. - Aurora disse, sua voz firme.- Então é mesmo filho biológico? Pelo jeito como eles tratam vocês, eu sempre pensei que não fosse. - Bruno se inclinou para frente, seus olhos estreitando-se em descrença.Aurora olhou para o marido, dividida entre rir e chorar. - Parece que você estava torcendo para que meu pai não fosse filho biológico deles. Bruno sorriu sem graça, passando a mão pelos cabelos. - É que eles foram tão cruéis que parecia impossível que ele fosse realmente filho deles. Tratar alguém desse jeito, sendo de sangue, é realmente muito doloroso. - Ele disse, com tristeza, refletindo a injustiça que sentia pela esposa e
Aurora disse, com uma expressão séria e determinada: - Fui eu quem mandou ele arrancar o cabelo do vovô.O velho Sr. Garcia, surpreso e irritado, exclamou: - Foi você que mandou ele fazer isso? Você está maluca? Por que ele arrancaria meu cabelo? Aquele moleque faz tudo o que você manda, Aurora, você deu alguma coisa ao Ronaldo para ele te obedecer assim? Ele sentiu uma onda de ressentimento. Dava tudo de bom ao Ronaldo, mas parecia que Aurora não tinha a mesma consideração por ele. Pensou amargamente sobre a utilidade de criar uma neta que, mesmo tendo alcançado sucesso, não parecia demonstrar nenhuma gratidão. Seu peito apertava com uma sensação de traição.Aurora permaneceu calma, mas havia um brilho frio em seus olhos. - Eu ouvi dizer que o senhor anda espalhando pelo vilarejo que meu pai não é seu filho biológico. Meu pai faleceu há mais de dez anos, ele não pode mais se defender dessas acusações. Como filha dele, eu tenho que defender a honra do meu pai. - Ela então retirou u
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce