- Entre em ação! - A voz de Naomi, vinda de trás, fez com que o corpo de Viviane tremesse. Ela virou a cabeça, querendo resistir, mas não tinha força alguma em seu corpo.O guarda-costas lançou um olhar severo a Viviane e estava prestes a empurrá-la, quando de repente um estrondo soou acima de suas cabeças.Olhando para cima, um helicóptero, como uma águia, circulava vindo em sua direção.O vento levantava a grama e as folhas ao redor.Naomi e os outros foram forçados a levantar as mãos para cobrir a frente de suas testas, apenas para poderem olhar para cima na direção do helicóptero.O vento era tão forte que cegava, e eles só podiam ver vagamente uma figura alta descendo habilidosamente da escada do helicóptero, saltando para baixo.Quando o helicóptero se afastou, a calma retornou ao redor, e eles finalmente puderam ver claramente quem havia chegado.- Ricardo. - Ao ver Ricardo, os olhos de Viviane se encheram ligeiramente de lágrimas.O rosto de Jéssica já havia se tornado pálido.
Ao ouvir a voz da polícia, um sentimento de imenso alívio tomou conta de todos. Eles imediatamente ergueram as mãos em rendição e, com os braços cruzados, se agacharam ao lado. Ricardo lançou um olhar, se inclinou e, com o corpo curvado, levantou Viviane nos braços. Sob o olhar atento dos policiais, caminhou lentamente montanha abaixo. Viviane, encolhida nos braços de Ricardo, sentia suas bochechas levemente aquecidas:- Ricardo.- Estou aqui.- Sua atitude agora há pouco foi tão impressionante.Ricardo parou por um instante e olhou para Viviane:- O que você disse?Viviane, com o rosto todo vermelho, franziu os lábios:- Não disse nada.Um leve sorriso surgiu nos lábios de Ricardo:- Mas eu ouvi.- Se ouviu, por que pergunta?- Quero ouvir novamente.Viviane apertou os lábios, mas não disse mais nada. Ricardo também não falou mais, apenas continuou descendo a montanha com Viviane nos braços, com passos firmes e rápidos. Ao chegarem ao pé da montanha, a ambulância já estava lá. Ricardo
Hospital.Amadeu empurrou a porta e entrou no quarto do hospital, lançando um olhar para Viviane, que jazia de olhos fechados na cama, e depois para Ricardo, que havia passado um dia e uma noite em vigília, antes de trocar um olhar resignado com Júlio ao seu lado.- Ele ficou assim, observando à noite toda sem fechar os olhos?- Sim. - Amadeu disse em voz baixa.- Mas ouvi o médico responsável dizer que a Viviane apenas ingeriu um medicamento com componentes para induzir o coma, e que só acordará amanhã. Não adianta ele ficar assim, vigiando.- Eu disse isso ao Sr. Ricardo também. Mas não adiantou, ele insistiu em permanecer ao lado da Sra. Barros, dizendo que queria ser a primeira pessoa que ela visse ao acordar.Júlio soltou um suspiro leve:- Entendo, recém-reunidos e então isso acontece.- Mas o Sr. Ricardo prometeu à família Morais que iria à festa esta noite, e o Sr. Fernando já me ligou várias vezes perguntando quando ele partiria... Será que eu deveria recusar por ele?Antes qu
Assim que ouviram essas palavras, os corações ansioso das duas finalmente se acalmaram.- Vamos logo vê-la. - Helena disse, segurando o braço de Júlio.Júlio permaneceu em silêncio por um momento e, sem fazer alarde, retirou seu braço:- Deixe Amadeu levá-los, eu tenho outros assuntos e preciso ir agora.Helena olhou fixamente para Júlio, que já se virava para entrar no elevador, sentindo uma estranha sensação brotar no fundo de seu coração.- Venham comigo. - A voz de Amadeu trouxe Helena de volta à realidade. Ela seguiu os passos de Amadeu, embora com um gosto amargo na boca.Quanto ao motivo, nem ela mesma sabia.Ao chegarem no quarto do hospital, ao ver Ricardo com os olhos vermelhos, provavelmente por não ter dormido durante toda a noite, as palavras de repreensão de Helena ficaram presas em sua garganta.- Vocês chegaram. - Ricardo levantou a cabeça para olhá-los, e depois olhou para Amadeu.Amadeu estava prestes a explicar, mas foi interrompido pela voz suave de Ricardo:- Deixo
A porta do carro se abriu, e Gustavo e Manuel desceram. Logo atrás deles, vinha David. Quando o carro se afastou, sem que a figura de Ricardo aparecesse, todos inevitavelmente voltaram seus olhares para Fernando. No fundo, Fernando também estava um pouco perturbado. Ele se apressou em direção ao David:- Senhor.David cumprimentou Fernando com um sorriso afável:- Eu não cheguei tarde, não é?- Não. - Fernando respondeu a David, enquanto olhava por cima do ombro dele, mas ainda sem ver Ricardo. Ele não pode evitar perguntar. - O Sr. Ricardo, ele não veio com você?Ao ouvir isso, David respondeu com um sorriso:- Você está falando do tio do Gustavo, não é? Não ria de mim, mas já faz um bom tempo que não o vejo. Se não fosse por você hoje, talvez eu ainda não tivesse a chance de vê-lo.Todos entenderam que o misterioso magnata não veio com David e começaram a rir.- Pai, você também não pode culpar o Ricardo. - Manuel disse, sorrindo. - Ele está ocupado com negócios no exterior e também
Como futuro herdeiro da família Cabral, ele foi repreendido por Fernando na frente de tantas pessoas, o que, sem dúvida, era embaraçoso.Estava prestes a dizer algo, mas um olhar de Daniel o deteve. Daniel falou com uma voz tranquila:- A pessoa escolhida pelo patriarca não pode ser tão ruim, não é mesmo, patriarca?Esperava-se que essas palavras fizessem Fernando se conter um pouco, mas, ao contrário, Fernando disse:- Até o patriarca pode cometer erros de julgamento, não é?O ambiente esfriou por um momento.Gustavo franzia a testa, sentindo-se desconfortável. Não era pela atitude arrogante de Fernando, mas por ele desvalorizar constantemente Viviane. Ele falou friamente:- Então, você acha que a Viviane só teve sorte, ou seja, que ela não tem habilidade alguma?- Claro que é isso. - Fernando cruzou as pernas. - Se ela realmente fosse capaz, já teria colocado o Grupo Ribeiro de volta entre as quatro grandes famílias.Ninguém mais disse uma palavra.Gustavo riu ironicamente:- Então,
Já estava lotado de pessoas na porta. Fernando, abrindo caminho entre a multidão, finalmente conseguiu chegar à frente. Estacionado à porta da família Morais, havia um carro esportivo super luxuoso, que parecia ser um Concept S. Seu design conversível permitia que todos vissem o homem sentado dentro do carro, usando óculos escuros e exibindo uma presença imponente. Vestido em um terno preto, o contorno do seu rosto era tenso e firme.As pessoas só podiam ver seus lábios finos e sensuais e o nariz bem definido. Depois de um longo tempo, Fernando de repente lembrou de algo e, apressado, foi até o carro:- Sr. Ricardo, você finalmente chegou.Os olhos de Ricardo, por trás dos óculos de sol, eram mais afiados que uma lâmina. Mesmo através dos óculos, Fernando sentiu um calafrio.- Sr. Ricardo?Ricardo levantou levemente o queixo e caminhou em direção à sala de estar. Fernando suspirou aliviado e seguiu-o.Gustavo não foi até lá fora, mas esperou na sala de estar. Ao ver Ricardo, ele se apr
Ele era, afinal, um ancião.Como Ricardo poderia enganá-lo?- Avô. - Gustavo o lembrou baixinho novamente.Manuel também se apressou em falar com Fernando:- Fernando, e a Sra. Morais, por que ela ainda não desceu? Ricardo já chegou, ela quer fazer todos nós esperarmos por ela?Fernando respondeu sorrindo:- Você está sendo severo demais. Vou mandar alguém chamá-la agora mesmo.Dizendo isso, Fernando chamou um subordinado:- Vá rápido e chame a senhora.O subordinado apressou-se escada acima.No entanto, após vários minutos, Naomi ainda não havia aparecido.Fernando franziu a testa e discretamente organizou para que alguém fosse apressá-la antes de dizer aos presentes:- Por favor, tomem seus assentos. As mulheres são complicadas, precisam se maquiar e trocar de roupa, peço que sejam pacientes.Todos entenderam e sorriram, acomodando-se de acordo com os lugares designados.Ricardo manteve-se impassível.Daniel aproveitou essa rara oportunidade para erguer seu copo em direção a Ricardo