Hospital.Amadeu empurrou a porta e entrou no quarto do hospital, lançando um olhar para Viviane, que jazia de olhos fechados na cama, e depois para Ricardo, que havia passado um dia e uma noite em vigília, antes de trocar um olhar resignado com Júlio ao seu lado.- Ele ficou assim, observando à noite toda sem fechar os olhos?- Sim. - Amadeu disse em voz baixa.- Mas ouvi o médico responsável dizer que a Viviane apenas ingeriu um medicamento com componentes para induzir o coma, e que só acordará amanhã. Não adianta ele ficar assim, vigiando.- Eu disse isso ao Sr. Ricardo também. Mas não adiantou, ele insistiu em permanecer ao lado da Sra. Barros, dizendo que queria ser a primeira pessoa que ela visse ao acordar.Júlio soltou um suspiro leve:- Entendo, recém-reunidos e então isso acontece.- Mas o Sr. Ricardo prometeu à família Morais que iria à festa esta noite, e o Sr. Fernando já me ligou várias vezes perguntando quando ele partiria... Será que eu deveria recusar por ele?Antes qu
Assim que ouviram essas palavras, os corações ansioso das duas finalmente se acalmaram.- Vamos logo vê-la. - Helena disse, segurando o braço de Júlio.Júlio permaneceu em silêncio por um momento e, sem fazer alarde, retirou seu braço:- Deixe Amadeu levá-los, eu tenho outros assuntos e preciso ir agora.Helena olhou fixamente para Júlio, que já se virava para entrar no elevador, sentindo uma estranha sensação brotar no fundo de seu coração.- Venham comigo. - A voz de Amadeu trouxe Helena de volta à realidade. Ela seguiu os passos de Amadeu, embora com um gosto amargo na boca.Quanto ao motivo, nem ela mesma sabia.Ao chegarem no quarto do hospital, ao ver Ricardo com os olhos vermelhos, provavelmente por não ter dormido durante toda a noite, as palavras de repreensão de Helena ficaram presas em sua garganta.- Vocês chegaram. - Ricardo levantou a cabeça para olhá-los, e depois olhou para Amadeu.Amadeu estava prestes a explicar, mas foi interrompido pela voz suave de Ricardo:- Deixo
A porta do carro se abriu, e Gustavo e Manuel desceram. Logo atrás deles, vinha David. Quando o carro se afastou, sem que a figura de Ricardo aparecesse, todos inevitavelmente voltaram seus olhares para Fernando. No fundo, Fernando também estava um pouco perturbado. Ele se apressou em direção ao David:- Senhor.David cumprimentou Fernando com um sorriso afável:- Eu não cheguei tarde, não é?- Não. - Fernando respondeu a David, enquanto olhava por cima do ombro dele, mas ainda sem ver Ricardo. Ele não pode evitar perguntar. - O Sr. Ricardo, ele não veio com você?Ao ouvir isso, David respondeu com um sorriso:- Você está falando do tio do Gustavo, não é? Não ria de mim, mas já faz um bom tempo que não o vejo. Se não fosse por você hoje, talvez eu ainda não tivesse a chance de vê-lo.Todos entenderam que o misterioso magnata não veio com David e começaram a rir.- Pai, você também não pode culpar o Ricardo. - Manuel disse, sorrindo. - Ele está ocupado com negócios no exterior e também
Como futuro herdeiro da família Cabral, ele foi repreendido por Fernando na frente de tantas pessoas, o que, sem dúvida, era embaraçoso.Estava prestes a dizer algo, mas um olhar de Daniel o deteve. Daniel falou com uma voz tranquila:- A pessoa escolhida pelo patriarca não pode ser tão ruim, não é mesmo, patriarca?Esperava-se que essas palavras fizessem Fernando se conter um pouco, mas, ao contrário, Fernando disse:- Até o patriarca pode cometer erros de julgamento, não é?O ambiente esfriou por um momento.Gustavo franzia a testa, sentindo-se desconfortável. Não era pela atitude arrogante de Fernando, mas por ele desvalorizar constantemente Viviane. Ele falou friamente:- Então, você acha que a Viviane só teve sorte, ou seja, que ela não tem habilidade alguma?- Claro que é isso. - Fernando cruzou as pernas. - Se ela realmente fosse capaz, já teria colocado o Grupo Ribeiro de volta entre as quatro grandes famílias.Ninguém mais disse uma palavra.Gustavo riu ironicamente:- Então,
Já estava lotado de pessoas na porta. Fernando, abrindo caminho entre a multidão, finalmente conseguiu chegar à frente. Estacionado à porta da família Morais, havia um carro esportivo super luxuoso, que parecia ser um Concept S. Seu design conversível permitia que todos vissem o homem sentado dentro do carro, usando óculos escuros e exibindo uma presença imponente. Vestido em um terno preto, o contorno do seu rosto era tenso e firme.As pessoas só podiam ver seus lábios finos e sensuais e o nariz bem definido. Depois de um longo tempo, Fernando de repente lembrou de algo e, apressado, foi até o carro:- Sr. Ricardo, você finalmente chegou.Os olhos de Ricardo, por trás dos óculos de sol, eram mais afiados que uma lâmina. Mesmo através dos óculos, Fernando sentiu um calafrio.- Sr. Ricardo?Ricardo levantou levemente o queixo e caminhou em direção à sala de estar. Fernando suspirou aliviado e seguiu-o.Gustavo não foi até lá fora, mas esperou na sala de estar. Ao ver Ricardo, ele se apr
Ele era, afinal, um ancião.Como Ricardo poderia enganá-lo?- Avô. - Gustavo o lembrou baixinho novamente.Manuel também se apressou em falar com Fernando:- Fernando, e a Sra. Morais, por que ela ainda não desceu? Ricardo já chegou, ela quer fazer todos nós esperarmos por ela?Fernando respondeu sorrindo:- Você está sendo severo demais. Vou mandar alguém chamá-la agora mesmo.Dizendo isso, Fernando chamou um subordinado:- Vá rápido e chame a senhora.O subordinado apressou-se escada acima.No entanto, após vários minutos, Naomi ainda não havia aparecido.Fernando franziu a testa e discretamente organizou para que alguém fosse apressá-la antes de dizer aos presentes:- Por favor, tomem seus assentos. As mulheres são complicadas, precisam se maquiar e trocar de roupa, peço que sejam pacientes.Todos entenderam e sorriram, acomodando-se de acordo com os lugares designados.Ricardo manteve-se impassível.Daniel aproveitou essa rara oportunidade para erguer seu copo em direção a Ricardo
A pessoa assustada tremia como folha ao vento, deixando o local às pressas, como se fugisse por sua vida. Esta cena fez Fernando franzir a testa, um pressentimento sinistro brotando em seu coração. Sentado majestosamente no centro do sofá, Ricardo deixou transparecer um lampejo de crueldade em seus olhos escuros e sombrios.Fernando, esforçando-se para manter a compostura, brincou com os demais:- Vou subir para ver, continuem a conversa, não se preocupem com a gente...Falando assim, ele subiu as escadas, cambaleante, quase caindo várias vezes. Ao chegar ao segundo andar, Fernando abriu a porta do quarto principal, vazio e desolado. Em passos rápidos, aproximou-se do mordomo e, com a voz trêmula, indagou:- Onde está a senhora?O mordomo caiu de joelhos aos pés de Fernando:- Senhor, a senhora saiu ontem e não voltou mais. Tenho tentado contatá-la, mas sem sucesso.Fernando, irritado, deu um chute no peito do mordomo:- Inútil! Como pode me contar algo tão grave só agora?O mordomo, s
- Capitão, também não há nada no primeiro andar. - Disse um dos policiais.O chefe de polícia franziu a testa e olhou para Fernando:- Sr. Fernando, por favor, onde está sua esposa?Fernando respondeu:- Eu não sei.- Por favor, colabore com nossa investigação.- Eu realmente não sei.- Então, quando foi a última vez que você viu sua esposa?- Ontem. - Fernando disse com a voz trêmula.- Ou seja, ela não voltou desde ontem? - O policial olhou para Fernando. - Você sabe o que ela estava fazendo ontem?- Eu não sei.- Ela sequestrou a Srta. Viviane ontem...Antes que o policial terminasse a frase, a cor do rosto de Fernando empalideceu instantaneamente. Ele elevou a voz, furioso:- Eu já disse que não sei, eu não sei de nada, você tem provas? Está apenas fazendo acusações infundadas contra ela.- Temos. - Disse o policial calmamente. - Ontem prendemos vários seguranças, todos subordinados da família Morais. Segundo eles, foi por ordem da sua esposa que a Srta. Viviane foi assassinada...