Ricardo já estava parado diante dela. Ele levantou a mão, tocou os cabelos de Viviane, como se estivesse recompensando uma criança obediente. Então, ele se virou para as crianças e disse:- Vocês se lembram do que a irmã Viviane disse?Embora Ricardo estivesse sorrindo, sua aura era muito poderosa. As crianças, tímidas, acenaram com a cabeça. Ricardo disse, sorrindo:- Muito bem, podem ir brincar.As crianças correram para fora como se estivessem voando. Viviane também queria correr, mas suas pernas não se moviam. Além disso, ela se envergonhava de ansiar pelo toque de Ricardo. Ela pensou que estava louca. Se não estivessem em Marrocos, ela teria dito diretamente ao Ricardo: "Vamos nos divorciar." Se continuasse assim, ela realmente duvidava que pudesse permanecer imune à influência do Ricardo, mantendo firme a crença de que bigamia era errado! Bigamia era errado!- Esposa. - Ricardo afastou os cabelos de Viviane. - Você falou muito bem agora há pouco e teve paciência com as crianças
Ao mesmo tempo, sentiam uma ponta de inveja por elas poderem se abraçar livremente. Após obterem as provas, os quatro se despediram do anfitrião. O médico expressou seu pesar: - É uma pena que vocês não possam ficar para jantar. Daqui a pouco chegará um amigo meu, um investidor famoso aqui da região. Ele ficaria muito feliz em conhecê-los. Ele disse isso olhando diretamente para Ricardo. Os quatro agradeceram novamente e se dirigiram à porta. Nesse momento, a campainha soou. O anfitrião abriu a porta e, vendo o amigo com uma garrafa de vinho nas mãos, o recebeu de braços abertos: - Alejandro, meu querido amigo! O nome Alejandro fez Viviane levantar a cabeça rapidamente e olhar para o homem. O homem parado na porta era o mesmo que Viviane tinha visto na clínica, e também era o homem que, segundo Paloma, a tinha enganado. Dessa vez, ele não estava acompanhado por uma mulher. Viviane se conteve, mas acabou perguntando a Alejandro em português do país M: - Você co
Quando Viviane se recuperou, já havia se passado meia hora. Os outros estavam esperando na sala, sem ousar falar, observando silenciosamente Ricardo, que permanecia ao lado de Viviane. Alejandro enxugou as lágrimas e disse:- Tão tocante.Helena perguntou baixinho ao Júlio o que Alejandro tinha dito. Ao saber a resposta, ela não pôde deixar de franzir o cenho e disse em português:- O que há de tocante nisso? Se um homem realmente ama uma mulher, deveria se controlar.Alejandro ficou confuso:- Mas aquele senhor parece realmente gostar daquela senhora. Isso é o amor que sempre sonhei. O motivo de eu ter tido tantas namoradas e ainda não ter me casado é porque nenhuma delas me fez sentir o verdadeiro sabor do amor.Helena estava claramente desapontada. No entanto, ela teve que admitir que, mesmo sabendo a verdade, muitas vezes sentia instintivamente que Ricardo amava Viviane. Era exatamente por isso que ela estava ainda mais irritada. Ela realmente não entendia os homens."Se Ricardo am
- Eu sei que, como amiga da Viviane, você certamente está do lado dela, mas o que eu quero te dizer é que a situação do Ricardo é complicada, não é algo que se possa explicar em duas palavras. Sua interferência só vai complicar as coisas. Além disso...Júlio de repente fixou o olhar em Helena.Fazendo o coração de Helena bater descontroladamente por um momento:- Além disso, o quê?- Você acha que Ricardo poderia machucar Viviane? - Júlio perguntou com um sorriso gentil.Helena mexeu nos lábios vermelhos e, sob tal olhar sincero, não conseguiu mentir.A temperatura de suas bochechas aumentava lentamente, preocupada em não revelar nada, Helena impacientemente afastou a mão de Júlio:- Tá bom, tá bom, eu não vou me meter, você é tão chato. A partir de agora, nem vou te chamar de Dr. Julio, que tal te chamar de senhor?Júlio não se ofendeu com tal tratamento, pelo contrário, sorriu e disse:- Pode me chamar do que quiser, desde que você goste. - Ele pausou e continuou. - Mas só você pode
Os olhos de Ricardo ainda estavam cheios de ternura enquanto ele acariciava delicadamente o corpo tremulo de Viviane, como se estivesse acalmando uma criança, com gentileza e paciência:- Eu vou te contar, mas me dê um pouco de tempo, está bem?Ele pensaria em uma maneira que fosse boa para ambos.Sem deixar marcas de pregos no fundo do coração de Viviane.Viviane lentamente soltou a gola da camisa de Ricardo, as lágrimas em seus olhos caíam como pérolas desenfreadas.Ela segurou seu rosto, chorando sem inibições.Como se quisesse chorar todas as injustiças e dores que havia suportado recentemente:- Ricardo, como você pode ser tão cruel? Você sabe como tem sido difícil para mim ultimamente? Por que você simplesmente não pode ser direto comigo? Ou você me diz que não tem uma esposa no exterior, ou você me diz que tem uma, qualquer resposta é melhor do que esta ambiguidade!Vendo os ombros de Viviane tremerem, Ricardo também sentia dor no coração.Ele tinha que usar toda a sua força de
Os dois ficaram sentados frente a frente, comendo em silêncio e desfrutando da rara paz.Com a obtenção das provas por Helena, o dia do retorno foi finalmente marcado.Viviane e Helena insistiram em comprar suas próprias passagens para o retorno, obrigando os homens a darem um jeito de viajar no mesmo voo.Desta vez, eles foram mais espertos e mudaram de estratégia.Júlio tentaria convencer Viviane, enquanto Ricardo convenceria Helena.E foi um bom plano.Ricardo mal chegou à estação e Helena já concordou em voltar com ele.Quanto a Viviane, apesar de Júlio ter gastado um pouco mais de lábia, ela acabou cedendo à persistência dele, relutantemente, devido à sua timidez.Assim, ao embarcar no avião, Helena sussurrou no ouvido de Viviane:- Tenho a impressão de que estamos completamente nas mãos deles.Quando o avião estava na metade do caminho, Ricardo se sentou ao lado de Viviane:- Esposa, quero discutir algo contigo.Viviane olhou para fora da janela, com voz fria:- O que é?- Você p
Observando Dalila virar o jogo, Helena finalmente entendeu que, mesmo que ela tivesse dito a Júlio que foi Dalila quem a fez ser suspensa, ela teria um monte de desculpas esperando por ele, pronta para jogar a culpa de volta para ela. Tão jovem, mas tão astuta; um futuro promissor.Helena respirou fundo, não estava mais tão irritada:- Onde está a sua mãe?- O que você quer com a minha mãe? - Dalila perguntou com cautela.Nesse momento, a mãe de Dalila saiu da cozinha:- Chegaram visitas? - Quando viu que eram Helena e os outros, a expressão da mãe de Dalila mudou instantaneamente. - Eu não disse? Não vou permitir que minha filha apareça na frente de vocês novamente. Por que ainda estão procurando por nós?Helena respondeu:- Porque sua filha causou a minha suspensão.A mãe de Dalila imediatamente contestou:- Isso é absurdo, minha filha nunca faria tal coisa.- Se você não acredita, pode perguntar aos meus colegas de trabalho. Há apenas meio mês, ela foi ao chefe do departamento de RH
A mãe de Dalila, ao ouvir isso, ficou tensa:- Dalila ainda causou outros problemas para vocês?- Sim. - Viviane empurrou Helena levemente. - Sobre aquele incidente em Marrocos, a senhora se lembra, disse que foi Helena quem empurrou sua filha, não é?A mãe de Dalila, claro, se lembrava.Foi justamente por causa disso que ela mudou sua opinião sobre os quatro jovens à sua frente.- Na verdade, naquela ocasião, Helena não empurrou sua filha de maneira alguma. - Viviane falou pausadamente.A mãe de Dalila imediatamente se virou para olhar para Dalila:- Dalila?Nos olhos de Dalila passou um lampejo de pânico, mas logo ela se acalmou:- Mãe, se Viviane insiste em dizer que Helena não me empurrou, então deve ser isso.- Como assim deve ser isso? - Helena, perdendo a paciência, retrucou. - Eu não te empurrei!Dalila fez beicinho, parecendo injustiçada:- Já faz tanto tempo, Helena, não mencione mais isso. Eu repito, se você acha que não me empurrou, então não empurrou!- Eu! - Helena estava