Jair, agitado, jogou os documentos que tinha nas mãos e estava prestes a sair correndo, mas foi detido por Denis:- Você fica aí!- Irmão, esta é a nossa última chance. Se não retirarmos os investimentos agora, só nos resta aguardar um prejuízo total!Denis respondeu:- Mesmo assim, não podemos causar problemas para Viviane neste momento!- Irmão, negócios e moralidade são coisas separadas. Você não pode abrir mão dos negócios por causa da moralidade! - Jair estava quase enlouquecendo.Denis franzia a testa severamente e, com um gesto decidido, disse:- Eu já tomei minha decisão. Se você ousar retirar os investimentos, não me culpe por cortar laços fraternos com você!Vendo a determinação firme de Denis, Jair saiu correndo do escritório, furioso.Denis, de costas para a porta, balançou a cabeça, resignado."Mesmo que tenhamos prejuízos, não podemos causar problemas para Viviane neste momento."Enquanto isso, Viviane, que esperava por Fabíola no restaurante, estava alheia à situação de
- Pode esperar um momento? - Viviane se levantou e olha para o lugar perto da janela.Mas Vitor já estava ansioso para confessar seu amor de mais de vinte anos para Viviane:- Viviane, eu...- Helena? - Viviane, se certificando de que a pessoa sentada perto da janela era Helena, falou com Vitor. - Desculpa.Então, ela rapidamente caminhou até lá:- Helena, é mesmo você? O que faz aqui?E vendo uma pilha de garrafas de vinho sobre a mesa, Viviane rapidamente tomou a garrafa das mãos de Helena:- Quanto você já bebeu?Helena, claramente bêbada, não reconheceu a pessoa à sua frente.Ela tentou se levantar para pegar a garrafa de volta, mas balançou e quase caiu.Por sorte, Vitor reagiu rapidamente e a segura a tempo.No entanto, Helena, assustada por ser segurada, empurrou Vitor:- Saia, vocês homens irritantes!Os clientes do restaurante olharam em sua direção.Viviane se aproximou e segurou Helena, pedindo desculpas ao Vitor:- Desculpe, minha amiga está bêbada.Dizendo isso, ela chamou
Viviane estava vestida hoje com um traje profissional que lhe caía perfeitamente, delineando com maestria as linhas do seu corpo. Viviane disse:- Falando em te convidar para jantar, parece que já mencionei várias vezes, mas nunca tive a oportunidade de concretizar.Enquanto falava, ela servia água para Vitor. Ao receber o copo, a ponta dos dedos de Vitor inevitavelmente tocou a pele de Viviane. Uma sensação elétrica fez seu rosto corar. Ele abaixou a cabeça, bebendo água apressadamente para acalmar seus nervos tensos:- Sim, você está livre este fim de semana? Talvez, nós possamos jantar juntos.Depois de beber a água, Viviane levantou a cabeça e notou que o rosto de Vitor estava vermelho:- Por que seu rosto está tão vermelho?As emoções de Vitor explodiram repentinamente, seu rosto ficou rapidamente rubro, se estendendo até o pescoço, e ele começou a suar:- Eu...- Deve ser o calor. - Viviane se virou para procurar o controle remoto do ar-condicionado. - Os homens parecem suar mais
- Ricardo?Após um breve momento de surpresa, Viviane se sentiu repentinamente tomada por uma raiva indescritível."Como Ricardo sabia que eu estava aqui?"O canto dos lábios de Ricardo se curvou levemente, seu olhar caiu gentilmente sobre Vitor, que seguia Viviane.No fundo de seus olhos, no entanto, parecia fermentar uma tempestade.Vitor, ao ver Ricardo, também ficou paralisado.Ele até procurou na memória a qual família pertencia o homem à sua frente, mas não encontrou nada.Isso o fez olhar cautelosamente para Ricardo.Era óbvio que aquele homem não era simples.Enquanto Vitor o examinava, Ricardo apenas o olhou rapidamente e logo depois se dirigiu a Viviane:- Sr. Igor me disse que você estava levando uma amiga para casa, vim ver se você precisava de ajuda. - Disse ele, segurando a mão de Viviane.Silenciosamente declarando sua soberania.Viviane estava irritada por Ricardo saber de seu paradeiro e nem percebeu a luta silenciosa entre os dois homens.- Não é nada, só Helena que b
- Esposa.- Saia, por favor.Ricardo olhava para Viviane, que se virava decididamente, apertando os punhos:- Tudo bem, vou voltar para casa. Se precisar de algo, me ligue. - Disse ele, e após um breve silêncio, se virou e fechou a porta.Só quando o som da porta se fechando chegou aos seus ouvidos, o rígido corpo de Viviane finalmente cedeu, desabando.Ela segurava o rosto com as mãos, os ombros tremendo ligeiramente.Mais de meia hora depois, correu para o banheiro para enxugar as lágrimas do rosto.Levantando a cabeça, no entanto, viu no espelho que sua maquiagem estava completamente borrada.Embora tivesse tentado preencher a dor do amor com trabalho nos últimos tempos, a dor se aprofundava com o passar do tempo, como um abismo cada vez mais profundo, cada vez mais difícil de preencher.Se continuasse assim, ela realmente enlouqueceria.Viviane pegou o celular e abriu a conversa com Priscila.A conversa parou na última vez.Faltavam 18 horas para o início do expediente no país M.V
Helena, sob o olhar de Viviane, sabia que não podia mais esconder a verdade. Tomou um gole de chá para despertar e começou a falar lentamente:- Fui suspensa do trabalho.Viviane franziu a testa:- Como você não me contou uma coisa dessas?- Eu não sabia como te contar. - Helena suspirou. - E também não queria sempre te incomodar com meus problemas.Viviane respondeu:- Somos irmãs, afinal de contas.- Você quer que eu continue? - Helena perguntou manhosamente.Viviane, resignada, disse:- Claro.- É uma história simples, mas começa no Marrocos.Depois que Viviane e o Ricardo partiram do Marrocos, Helena e Júlio continuaram procurando testemunhas.Mas, depois de procurarem dezenas de pessoas, que pareciam temer problemas ou realmente não tinham visto nada, ninguém se apresentou.Com o fim das férias se aproximando, Helena teve que desistir.Ela achava que o incidente só a faria assumir um erro perante a mãe de Dalila.Mas, no terceiro dia após o seu retorno à empresa, recebeu uma mensa
Ao dizer isso, ela sorriu:- Antigamente era melhor, conquistar um homem e depois descartá-lo, sem se preocupar se ele se envolveria com outra pessoa.Viviane olhou para Helena com um sorriso, mas seus olhos estavam vazios.Era verdade.O amor realmente cansava, precisava ser cuidado com carinho para durar.- E você? - Helena se virou para Viviane e perguntou.O sorriso permaneceu no rosto de Viviane, mas seu olhar se perdeu:- Você ainda se lembra quando eu te disse que tinha medo? - Helena piscou. - O marido é um assassino, e a esposa só descobre a verdade quando a polícia aparece...Helena se endireitou:- Você está dizendo que...Viviane sorriu levemente e balançou a cabeça:- Não, é só que minha confiança total nele começou a se estilhaçar.- O que aconteceu afinal?Viviane balançou a cabeça, olhando o relógio:- Ainda não tenho certeza, mas logo saberei a verdade..."Esperarei um pouco mais, em duas horas, a resposta será revelada."- Sobre o seu caso, acho que Joaquim pode ajuda
Ao ouvir esse chamado distante, Vitor franziu as sobrancelhas imperceptivelmente.- Vim aqui hoje por causa do que aconteceu ontem... - Disse Vitor. - Minha irmã falou que você queria assinar um contrato com uma artista feminina do Grupo Cabral, certo?- Sim. - Ao ver Vitor entrar diretamente no modo de trabalho, Viviane finalmente relaxou as costas tensas. - É a Laura, da sua empresa. Aqui está o contrato que preparamos, dê uma olhada. Quanto ao cachê, planejo usar um novo formato, que é um cachê básico mais dez por cento dos lucros futuros, o que acha?Viviane tinha visto os cachês anteriores de Laura, sempre calculados em um milhão de reais por ano ou um pouco mais. Com a situação atual do Grupo Ribeiro, cada centavo deveria ser gasto com sabedoria.Viviane propôs um cachê de oitocentos mil reais, mais a participação nos lucros posteriores.Para a família Cabral, esse preço significava nem lucro nem prejuízo.Mas para os capitalistas, não lucrar era o mesmo que perder dinheiro.Port