Viviane compreendeu imediatamente:- Sério?- Sim, acabamos de perguntar ao dono da pousada. Todos os anos, por volta desta época, das dez às três da manhã, é possível ver a aurora boreal.- Não esperava essa surpresa adicional. - Viviane sorriu significativamente.Helena, alheia à insinuação:- Depois de comer, podemos sair para esperar!- Claro. - Júlio respondeu rapidamente.Observando as expressões ansiadas nos rostos dos dois, um leve sorriso surgiu nos lábios de Viviane. Virando a cabeça, ela viu o sorriso indulgente de Ricardo.Qualquer dúvida que tivesse em seu coração foi completamente dissipada pela profunda afeição em seus olhos.Por que ela deveria acreditar em um estranho e duvidar do seu homem?- Pensando em quê? - Ricardo perguntou, afastando o cabelo do rosto de Viviane com um sorriso.Viviane balançou a cabeça.O jantar já passava das nove, e todos, bem alimentados e satisfeitos, passeavam pelo saguão.Havia muitas pessoas no saguão, provavelmente também esperando para
Em um momento de grande alegria, encontrar Dalila foi como engolir uma mosca, uma sensação desagradável.Viviane percebeu e se aproximou:- Dalila, que coincidência encontrá-la aqui! Já comeu? Vamos, eu te levo para comer.Dalila, ao ver Viviane, mudou de expressão. Estava prestes a falar algo, mas foi assertivamente arrastada por Viviane.Ricardo observou Viviane se afastar e depois olhou para Júlio.Júlio, visivelmente aliviado, gesticulou um "obrigado" para Ricardo e voltou a se dedicar a Helena.Vendo a situação, Ricardo decidiu seguir os passos de Viviane.Viviane levou Dalila a um restaurante. Finalmente, Dalila conseguiu se libertar do aperto de Viviane e, irritada, massageou o pulso:- Viviane, você machucou meu pulso.Viviane olhou para trás, com um olhar frio:- Como você veio parar aqui?Dalila piscou:- Estou de férias, vim passar uns dias aqui. Algum problema?Viviane não acreditava que era uma simples coincidência.No entanto, ela não era uma pessoa autoritária.Além diss
- Sim, a Helena disse que aquela garota claramente gosta de mim, mas não importa como eu explique, a Helena simplesmente não acredita em mim. Eu e aquela jovem realmente não temos nada.Ele estava realmente sendo injustiçado.Júlio desejou poder voltar ao dia em que foi ao campo de morangos e dar uma surra em si mesmo.Como ele pôde ter tido uma ideia tão desagradável?Viviane disse:- A Helena não acredita que você não gosta da Dalila, ou não acredita que a Dalila não gosta de você?Júlio estava angustiado:- Isso faz alguma diferença?- Claro que faz, você não entende nada de mulheres. Se essa Dalila gosta de você, não importa se você gosta dela ou não, ela sempre será um espinho no coração dela.Afinal, ela viu vocês dois juntos.- Mas isso foi por...Viviane acenou com a mão:- A razão vai dizer a ela que era só uma encenação, mas no fundo do coração, ela ainda vai se sentir incomodada, porque a garota que você escolheu pisou no segundo campo minado.- Que campo minado?- Ela gosta
Nos próximos dias, a filmagem correu muito bem. No último dia de filmagem, Ricardo convidou a equipe do Cook para um grande jantar, e só depois disso Cook e sua equipe voltaram para o país M.- Vou enviar o produto final para o país TZ. Se precisar de algo, pode me informar por e-mail. - Antes de embarcar no avião, Cook sorriu e acenou para Viviane.Viviane assentiu e expressou sua gratidão mais uma vez:- Obrigada, Sr. Cook.À medida que o avião decolava lentamente, Viviane e Ricardo também deixaram o aeroporto e voltaram ao hotel. Eles já haviam combinado com Helena e Júlio de ir esquiar juntos no dia seguinte. Havia uma estação de esqui logo atrás do hotel. Durante esses dias, Dalila procurou Júlio várias vezes, mas ele sempre encontrava maneiras de rejeitá-la. Não se podia negar que a garota era persistente. Júlio acabava de recusá-la no aplicativo de mensagens e ela já estava à espreita no restaurante, buscando um encontro casual.Helena sabia que Júlio não tinha sentimentos por D
Ao ver Dalila, Júlio sentiu um incômodo imediato. Se não fosse pelo fato de Dalila ter apenas dezoito anos e estar em sua primeira viagem ao exterior, completamente desconhecida nesse novo ambiente, ele já teria se desvencilhado dela bem antes.Porém, ao notar a expressão inalterada de Helena, ele relaxou um pouco, aproximou-se por trás dela e, envolvendo sua cintura com os braços, cumprimentou Dalila:- Bom dia.Helena endureceu ligeiramente, seu olhar de relance captou a mão grande ao lado de sua cintura, e seus lábios se curvaram sutilmente.Dalila, claro, percebeu esse gesto carregado de insinuação, mas preferiu ignorá-lo, levantando um sorriso doce ao perguntar a Helena:- Helena, você sabe patinar no gelo?Helena respondeu:- Sei, por quê?- Não sou muito boa na patinação. Você poderia me ensinar?Dalila sempre procurava Júlio para tudo, mas desta vez, surpreendentemente, pedia a Helena para ensiná-la. Helena sentiu imediatamente que a jovem estava tramando algo.- Eu...- Se voc
- O que houve?Viviane chegou ao lado de Helena imediatamente.Helena estava pálida:- Eu também não sei, estava apenas ajudando ela a patinar, e de repente ela caiu para trás... - Dizendo isso, Helena se aproximou para verificar a condição de Dalila. - Você está bem?Dalila passou a mão na cabeça, sua mão instantaneamente se encheu de sangue, mas ela ainda sorriu para todos e disse:- Helena, eu estou bem, sei que você não fez de propósito.A expressão de Helena mudou.Júlio, sendo médico, já se agachou para examinar a parte de trás da cabeça de Dalila, e ao ver o sangue grudado no cabelo, sua expressão mudou:- Precisamos levá-la imediatamente ao hospital.Helena abriu a boca, querendo explicar a Júlio que ela realmente não sabia de nada.Júlio já havia chamado a segurança, dando ordens para levar a pessoa ao carro.Era a primeira vez que Helena via Júlio trabalhando.Sem a gentileza habitual, seu rosto bonito estava sério e imponente.Era o grande respeito e responsabilidade de um m
- Mãe, não fale mais, vamos embora.Os olhos de Dalila estavam fixos em Helena.A dona da pousada logo percebeu e olhou curiosamente para Helena, mas não descobriu nada e fez um sinal para o padrasto de Dalila:- Marido, vá pagar a conta.- Tá bom. - Disse o padrasto, correndo para pagar.A dona da pousada olhou novamente para Júlio:- Foram vocês que levaram minha filha ao hospital, né? Muito obrigada mesmo.- Não precisa agradecer, fizemos o que devíamos. - Júlio respondeu educadamente.Depois de mais algumas palavras, a dona da pousada empurrou Dalila em direção ao elevador.O incidente parecia encerrado, deixando Helena com uma sensação de irrealidade.- Vamos voltar também. - Júlio pegou a mão de Helena e piscou.Helena sorriu levemente.Nesse momento, a dona da pousada, que já estava de saída, voltou furiosa até Helena, com o rosto vermelho:- Dalila me disse agora que foi você que a empurrou de propósito. Isso é verdade?Helena ficou surpresa:- Tia, eu não fiz isso!- Minha fil
Viviane pretendia passar direto, mas parou ao ver claramente o rosto da outra. A mulher caída no chão era uma das que haviam discutido no dia em que chegaram ao Marrocos. Quando Viviane passou, ela se levantou cambaleante e quase escorregou. Viviane instintivamente estendeu a mão para ajudá-la. O cheiro de álcool era forte e Viviane franzia a testa. Ela tentou se comunicar em inglês:- Você está bêbada.A mulher, com os olhos turvos, olhou para Viviane e seus lábios bonitos se curvaram, dizendo em inglês:- Eu não estou bêbada.Ela falava claramente, soando como se realmente não estivesse bêbada.- Devo pedir para alguém da equipe te levar de volta?- Não, não quero que você vá! - A mulher chorou, abraçando Viviane.Viviane estava confusa. A mulher era alta e pesava mais do que ela, então Viviane não conseguiu empurrá-la e teve que chamar um funcionário para ajudar. O funcionário já conhecia a cliente devido a um incidente anterior e disse de forma compreensiva:- Ouvi dizer que o mari