Débora estava de bom humor naquele momento, então ela não repreendeu Olívia:- Não tem problema, amanhã já poderei apreciá-lo.Olívia percebeu imediatamente e disse oportunamente:- Então, eu te parabenizo desde já, presidente.Essa forma de endereçamento agradou Débora:- Fique tranquila, não esquecerei do que você fez por mim.- Aquilo... - Olívia hesitou por um momento. - Eu estava justamente querendo falar sobre isso com você.- Diga.- A empresa já decidiu me promover a chefe do departamento de design.Diante de Débora, Olívia não mencionou que era apenas uma substituta temporária.Débora respondeu:- Ótimo, o que você quer em troca?Era bom conversar com alguém inteligente, Olívia sorriu de canto:- Eu estava pensando, o Grupo Ribeiro trabalha com moda, certamente precisa de designers. E você, por acaso...Ela foi interrompida por Débora, que entendeu seu ponto e brincou com o crachá de presidente:- Sem problema. - Ela sorriu, não era apenas dar a Olívia alguns trabalhos particu
Quando Viviane chegou em casa, Ricardo já havia terminado seu expediente.No entanto, ele não estava, como de costume, cozinhando na cozinha. Ao ver Viviane, ele sorriu e disse:- Vamos jantar fora esta noite, reservei um lugar no Restaurante Black Sea.O Restaurante Black Sea era um novo e popular estabelecimento.Especializado em frutos do mar.Diziam que lá, até os camarões podiam ser preparados de cento e oitenta maneiras diferentes, e cada uma deliciosa.O único defeito era ser muito caro.Uma vez, alguém compartilhou uma conta de apenas três pratos que custou mais de cem mil.Isso até virou notícia.- É muito caro lá. - Viviane franziu a testa. - Por que você pensou em jantar lá?Ricardo segurou o queixo de Viviane e deu-lhe um beijo nos lábios:- Claro, é para comemorar que minha esposa logo será a presidente do Grupo Ribeiro.Viviane sorriu:- Não é bom comemorar antes do tempo, e se eu não for escolhida?- Impossível. - Ricardo abraçou a cintura de Viviane. - Confio em você, e
Vitor se virou e viu Viviane, surpreso.- Você veio com amigos? - Ele sorriu, e mesmo à noite, seu sorriso facilmente remetia ao calor do sol.Viviane também sorriu:- Não, vim com meu marido.A luz solar nos olhos de Vitor se apagou pela metade:- Vocês parecem muito apaixonados.Viviane, envergonhada, baixou a cabeça sorrindo e logo levantou:- E você, veio com amigos?Vitor hesitou:- Mais ou menos. - Após dizer isso, ambos ficaram sem assunto, em silêncio, de pé. Um momento depois, Vitor falou novamente. - Posso conhecer seu marido?Ele ainda queria saber que tipo de homem fez Viviane mudar tanto.Viviane sorriu, os olhos brilhando:- Sem problema, mas tem que esperar um pouco.Ela olhou para a recepção:- Depois que eu pagar a conta.Vitor se apressou em dizer:- Deixe que eu pago, considere um convite meu.- Não precisa, não precisa. - Viviane acenou com a mão. - Como eu poderia deixar você pagar?Eles disputaram para pagar a conta. A recepcionista pediu o número do camarote, dig
Ricardo abraçou Viviane, quase adormecida, e a levou de volta para a mansão. Após um banho e após trocar suas roupas, ele a cobriu com um cobertor e só então foi para o escritório, onde ligou o computador. A luz azul pálida brilhava sobre seu rosto, mas o olhar de Ricardo estava fixo nos dados sobre Sr. Igor, trazidos por Joaquim. Por um momento, ele levantou a mão e pressionou uma tecla do teclado.Enquanto isso, do outro lado da cidade, Joaquim batia nas teclas do seu computador, lançando um olhar para Vitor, que bebia sozinho atrás dele.- Não era para você me convidar para uma bebida? Por que sinto que é mais para você mesmo?Vitor permaneceu em silêncio, continuando a beber sozinho.Joaquim largou o mouse, deixando o computador funcionar sozinho. Ele se sentou ao lado de Vitor:- O que aconteceu? A garota não se interessou por você?Joaquim sabia sobre o encontro arranjado que a família Cabral havia organizado para Vitor.Vitor tomou um gole de bebida, meio amargo:- Eu vi Viviane
Além dos cinco acionistas presentes, os executivos de alto escalão do Grupo Ribeiro entraram na sala de reuniões, um após o outro. Viviane lançou um olhar rápido e reconheceu quase todos. Eram todos pessoas da família Ribeiro. O Grupo Ribeiro era menos uma corporação e mais uma oficina familiar. Todos ligados por relações de nepotismo, não era de se admirar que Sofia e Hugo pudessem acumular riquezas impunemente por tantos anos sem serem descobertos.Viviane respirou fundo. A eleição ainda não havia começado, e a sala de reuniões estava barulhenta. Todos estavam discutindo sobre Viviane e Débora. A sala não era grande, e era difícil para Viviane não ouvir.- Por que Viviane veio? Não é humilhante para ela?- Claro que ela pensa que, tirando o pai dela, ela pode assumir o comando. Se o Grupo Ribeiro realmente cair nas mãos de alguém como ela, aí sim começa o azar.- Eu sempre disse que, de todos os descendentes da família Ribeiro, Débora é a melhor.- Sim, e o Sr. Gustavo a ama tanto, n
Com a garantia de Gustavo, Débora perdeu suas preocupações e, com um sorriso radiante no rosto, beijou Gustavo na frente de todos:- Obrigada, Gustavozito. - Disse ela, lançando um olhar desafiador para Viviane.Viviane já estava imune a esses truques.Sem emoção alguma em seu interior.No entanto, esse gesto tinha um significado especial para os outros.Todos os olhares se voltaram para Gustavo.Gustavo, depois de ser beijado por Débora, ficou atordoado.E depois, irritado.Sim, irritado.Ele nunca havia sentido isso por Débora.Sua longa experiência não o deixou mostrar nenhum sinal, apenas franzindo a testa.Mas, aos olhos dos outros, ele parecia consentir a ousadia de Débora.Consentindo, ele também admitia seu relacionamento com Débora.E isso, sem dúvida, aumentou a confiança daqueles que já acreditavam na vitória de Débora.Os dois caminharam juntos até Viviane.Viviane já havia desviado o olhar, baixando a cabeça para os documentos em suas mãos.Ser ignorado fez com que o humor
- Eu disse, Viviane se candidatar é só para nos divertir. Mesmo que ela consiga trazer dois acionistas de última hora, qual é o ponto? Qualquer um com olhos na cara sabe quem apoiar ao ver essa cena.- É isso mesmo, estou morrendo de rir com a inteligência da Viviane. Ela realmente achou que alguém ficaria do lado dela? Os acionistas não são idiotas. Nessa situação, eles certamente ficarão do lado da Débora.- Débora tem o apoio do Sr. Gustavo. O que ela tem? Aquele marido inútil dela?Afinal, com Gustavo ali, essas pessoas não se atreveram a ser muito ousadas, limitando-se a sussurros e conversas furtivas.Viviane não ouviu nada, nem mesmo notou o momento de silêncio repentino na sala de reuniões. Ela continuou a rabiscar nos documentos à sua frente.Parecia uma forasteira, e não uma competidora.Os dois acionistas sentados ao lado de Viviane eram chamados Denis e Jair.Eram primos.Originalmente investiram no Grupo Ribeiro através do Grupo Barros.Mas eles não eram como Isaac e Otávi
O sorriso nos lábios de Viviane se aprofundou. Ela ergueu um pouco o queixo, olhando para o pai de Hélder:- Se eu não ouvi errado agora pouco, você disse que apoia a Débora, certo?Ela enfatizou a palavra "você" propositalmente.O pai de Hélder assentiu, sem perceber algo errado.- Mas o acionista do Grupo Ribeiro não é você, e sim seu filho Hélder. Você parece não ter o direito de tomar decisões por ele.O pai de Hélder mudou ligeiramente a expressão, mas logo sorriu:- Nós pensamos da mesma forma.- Ah, é? Que tal ligar para ele e perguntar...O pai de Hélder:- Isso não é necessário, né?Débora reprimiu um sorriso irônico, piscando pateticamente:- Irmã, se você realmente quer ser a presidente, eu posso deixar o cargo para você. Não precisa ser assim, parece que você está criando confusão.O olhar de Viviane fixou-se no pai de Hélder, inabalável.O pai de Hélder, sentindo-se culpado sob seu olhar, pegou o celular:- Tudo bem, Srta. Viviane, já que você insiste, vou ligar para o meu