Vitor se virou e viu Viviane, surpreso.- Você veio com amigos? - Ele sorriu, e mesmo à noite, seu sorriso facilmente remetia ao calor do sol.Viviane também sorriu:- Não, vim com meu marido.A luz solar nos olhos de Vitor se apagou pela metade:- Vocês parecem muito apaixonados.Viviane, envergonhada, baixou a cabeça sorrindo e logo levantou:- E você, veio com amigos?Vitor hesitou:- Mais ou menos. - Após dizer isso, ambos ficaram sem assunto, em silêncio, de pé. Um momento depois, Vitor falou novamente. - Posso conhecer seu marido?Ele ainda queria saber que tipo de homem fez Viviane mudar tanto.Viviane sorriu, os olhos brilhando:- Sem problema, mas tem que esperar um pouco.Ela olhou para a recepção:- Depois que eu pagar a conta.Vitor se apressou em dizer:- Deixe que eu pago, considere um convite meu.- Não precisa, não precisa. - Viviane acenou com a mão. - Como eu poderia deixar você pagar?Eles disputaram para pagar a conta. A recepcionista pediu o número do camarote, dig
Ricardo abraçou Viviane, quase adormecida, e a levou de volta para a mansão. Após um banho e após trocar suas roupas, ele a cobriu com um cobertor e só então foi para o escritório, onde ligou o computador. A luz azul pálida brilhava sobre seu rosto, mas o olhar de Ricardo estava fixo nos dados sobre Sr. Igor, trazidos por Joaquim. Por um momento, ele levantou a mão e pressionou uma tecla do teclado.Enquanto isso, do outro lado da cidade, Joaquim batia nas teclas do seu computador, lançando um olhar para Vitor, que bebia sozinho atrás dele.- Não era para você me convidar para uma bebida? Por que sinto que é mais para você mesmo?Vitor permaneceu em silêncio, continuando a beber sozinho.Joaquim largou o mouse, deixando o computador funcionar sozinho. Ele se sentou ao lado de Vitor:- O que aconteceu? A garota não se interessou por você?Joaquim sabia sobre o encontro arranjado que a família Cabral havia organizado para Vitor.Vitor tomou um gole de bebida, meio amargo:- Eu vi Viviane
Além dos cinco acionistas presentes, os executivos de alto escalão do Grupo Ribeiro entraram na sala de reuniões, um após o outro. Viviane lançou um olhar rápido e reconheceu quase todos. Eram todos pessoas da família Ribeiro. O Grupo Ribeiro era menos uma corporação e mais uma oficina familiar. Todos ligados por relações de nepotismo, não era de se admirar que Sofia e Hugo pudessem acumular riquezas impunemente por tantos anos sem serem descobertos.Viviane respirou fundo. A eleição ainda não havia começado, e a sala de reuniões estava barulhenta. Todos estavam discutindo sobre Viviane e Débora. A sala não era grande, e era difícil para Viviane não ouvir.- Por que Viviane veio? Não é humilhante para ela?- Claro que ela pensa que, tirando o pai dela, ela pode assumir o comando. Se o Grupo Ribeiro realmente cair nas mãos de alguém como ela, aí sim começa o azar.- Eu sempre disse que, de todos os descendentes da família Ribeiro, Débora é a melhor.- Sim, e o Sr. Gustavo a ama tanto, n
Com a garantia de Gustavo, Débora perdeu suas preocupações e, com um sorriso radiante no rosto, beijou Gustavo na frente de todos:- Obrigada, Gustavozito. - Disse ela, lançando um olhar desafiador para Viviane.Viviane já estava imune a esses truques.Sem emoção alguma em seu interior.No entanto, esse gesto tinha um significado especial para os outros.Todos os olhares se voltaram para Gustavo.Gustavo, depois de ser beijado por Débora, ficou atordoado.E depois, irritado.Sim, irritado.Ele nunca havia sentido isso por Débora.Sua longa experiência não o deixou mostrar nenhum sinal, apenas franzindo a testa.Mas, aos olhos dos outros, ele parecia consentir a ousadia de Débora.Consentindo, ele também admitia seu relacionamento com Débora.E isso, sem dúvida, aumentou a confiança daqueles que já acreditavam na vitória de Débora.Os dois caminharam juntos até Viviane.Viviane já havia desviado o olhar, baixando a cabeça para os documentos em suas mãos.Ser ignorado fez com que o humor
- Eu disse, Viviane se candidatar é só para nos divertir. Mesmo que ela consiga trazer dois acionistas de última hora, qual é o ponto? Qualquer um com olhos na cara sabe quem apoiar ao ver essa cena.- É isso mesmo, estou morrendo de rir com a inteligência da Viviane. Ela realmente achou que alguém ficaria do lado dela? Os acionistas não são idiotas. Nessa situação, eles certamente ficarão do lado da Débora.- Débora tem o apoio do Sr. Gustavo. O que ela tem? Aquele marido inútil dela?Afinal, com Gustavo ali, essas pessoas não se atreveram a ser muito ousadas, limitando-se a sussurros e conversas furtivas.Viviane não ouviu nada, nem mesmo notou o momento de silêncio repentino na sala de reuniões. Ela continuou a rabiscar nos documentos à sua frente.Parecia uma forasteira, e não uma competidora.Os dois acionistas sentados ao lado de Viviane eram chamados Denis e Jair.Eram primos.Originalmente investiram no Grupo Ribeiro através do Grupo Barros.Mas eles não eram como Isaac e Otávi
O sorriso nos lábios de Viviane se aprofundou. Ela ergueu um pouco o queixo, olhando para o pai de Hélder:- Se eu não ouvi errado agora pouco, você disse que apoia a Débora, certo?Ela enfatizou a palavra "você" propositalmente.O pai de Hélder assentiu, sem perceber algo errado.- Mas o acionista do Grupo Ribeiro não é você, e sim seu filho Hélder. Você parece não ter o direito de tomar decisões por ele.O pai de Hélder mudou ligeiramente a expressão, mas logo sorriu:- Nós pensamos da mesma forma.- Ah, é? Que tal ligar para ele e perguntar...O pai de Hélder:- Isso não é necessário, né?Débora reprimiu um sorriso irônico, piscando pateticamente:- Irmã, se você realmente quer ser a presidente, eu posso deixar o cargo para você. Não precisa ser assim, parece que você está criando confusão.O olhar de Viviane fixou-se no pai de Hélder, inabalável.O pai de Hélder, sentindo-se culpado sob seu olhar, pegou o celular:- Tudo bem, Srta. Viviane, já que você insiste, vou ligar para o meu
Viviane sorriu levemente:- Sr. Gustavo, o que o senhor quer dizer com isso?- Viviane, não se faça de desentendida, ambos sabemos a verdade.Viviane respondeu:- Sr. Gustavo, se o senhor não explicar, eu realmente não vou entender.Gustavo se aproximou de Viviane, segurando a fúria que arde em seus olhos, sem mais dar-lhe consideração:- Por que Hélder mudou de ideia tão repentinamente? Não me diga que você não teve nada a ver com isso!Viviane ergue seus olhos límpidos e fitou Gustavo diretamente:- Você tem provas?Gustavo ficou sem palavras com a pergunta.Após um momento, ele disse:- Embora eu não tenha provas, a súbita mudança deles é muito suspeita, certamente você fez algo, Viviane. Eu te conheço muito bem, você é alguém que não mede esforços para alcançar seus objetivos!Viviane sorriu com desdém:- Então, Sr. Gustavo, o senhor detesta pessoas que fazem de tudo para alcançar seus objetivos?- Sim! - Gustavo exclamou com os olhos vermelhos. - O que eu mais odeio são pessoas co
- É verdade! - Gustavo protegia Débora. - Se Débora não concordou, fui eu quem a convenceu.Viviane olhou para o ingênuo Gustavo, completamente enganado por Débora, e não conseguiu segurar o riso.- Do que você está rindo? - Gustavo, furioso de vergonha.- Eu rio de como é fácil te enganar.- O que você disse? - Gustavo franziu a testa, ofendido.- Você passa todo dia ao lado da Débora e nem percebeu que ela estava fingindo estar doente?Assim que Viviane soltou essa frase, Débora cambaleou.Mas logo se apoiou na mesa, firmando-se:- Prima, como pode me difamar assim?Gustavo também repreendeu Viviane:- Viviane, você está cada vez pior!Viviane nem se deu ao trabalho de explicar ao Gustavo, apenas olhou para a porta, esperando Júlio aparecer.Vendo que Viviane não respondia, Débora se sentiu mais confiante, com lágrimas nos olhos e mordendo os lábios:- Prima, com suas palavras levianas, você pode arruinar minha vida. Não deveria se desculpar comigo?Gustavo quase teve o coração parti