Rosa deu um passo à frente, olhando para os seis anciãos sentados à sua frente, com um leve sorriso:— Eu, como a pessoa que está sendo acusada, posso, como ré, dizer algumas palavras?Os seis se entreolharam. Depois de um breve momento, finalmente assentiram. A pessoa no centro foi quem falou:— Pode.Rosa agradeceu antes de começar a falar:— Senhores, eu sei o que vocês estão pensando. Estão pensando que, como a minha presença interrompeu a cooperação entre a família Machado e a família Barros, basta me afastarem para que a família Barros perceba a sinceridade da família Machado, certo?— E não é verdade? — Isadora respondeu com um tom carregado de sarcasmo.— Não se apresse, ainda não terminei de falar. — Rosa a olhou e continuou. — Portanto, eu também acho que a sugestão de vocês faz sentido. Se eu deixar a família Machado, a família Barros naturalmente vai perdoar a família Machado e retomar a parceria!Todos ficaram surpresos. Ninguém esperava que Rosa fosse sugerir, de forma tã
Naquele momento, no carro, Rosa estava até um pouco sem graça com todos os elogios de Beatriz. Ela realmente tinha falado só por falar, mas aos olhos de Beatriz, parecia que ela era incrivelmente habilidosa.— Tia. — Rosa se adiantou antes que Beatriz falasse novamente. — Eu quero comprar umas coisas, daqui a pouco vocês podem parar o carro ali na frente.— Eu vou com você. — Beatriz respondeu com entusiasmo.Rosa a olhou, um tanto embaraçada:— Eu quero passear sozinha.Ao ouvir isso, Beatriz não interpretou que Rosa não queria a companhia dela, mas sim que, depois de tudo o que tinha acontecido, Rosa precisava de um tempo sozinha para refletir.— Eu entendo. Vamos parar no próximo cruzamento. Rosa, não se preocupe demais, nós vamos te proteger.Rosa permaneceu em silêncio."Eu realmente estou pensando demais... O jeito que a família Machado pensa é mesmo diferente dos outros."— Rosa. — Osvaldo, que compartilhava a mesma opinião da esposa, não pôde deixar de aconselhar antes que ela
Rosa olhou para Viviane com grande choque:— Viviane, você não está brincando, né? Pessoas como essas, como poderíamos fazê-las pagar? Se elas já não nos perturbam, devíamos agradecer a Deus por isso.Viviane sorriu levemente:— E você não acredita no que eu digo?Rosa, preocupada, respondeu:— Viviane, no que você fala, eu acredito. Mas acho que você ainda não entende o meu irmão. Você não sabe, desde que ele era pequeno, sempre foi ele quem enganou os outros, nunca o contrário. Eu só estou preocupada...— Fique tranquila. Quando voltei ontem, já pensei em um plano. Se você fizer tudo como eu disser, com certeza vamos conseguir. Rosa, será que você nunca pensou em se livrar de seus pais adotivos de uma vez por todas?Rosa arregalou os olhos de repente.Ela, de fato, já havia pensado nisso, mas era apenas um pensamento, pois conhecia muito bem a habilidade de sua mãe adotiva em se intrometer e causar problemas.Rosa sabia que só havia uma maneira de resolver o problema.E essa maneira
Para ajudar Rosa, a melhor solução ainda era a que Viviane havia mencionado antes: fortalecer o Grupo Ribeiro, tornando ele tão poderoso que a família Machado se veria obrigada a agradá-la. Dessa forma, ninguém ousaria ofender Rosa.— Mas isso é tão difícil... — Durante o jantar, Viviane compartilhou suas preocupações com Ricardo, não conseguindo evitar um desabafo. — Para o Grupo Ribeiro se tornar mais forte, teria que superar a família Barros, e isso, para mim, é uma missão impossível.Ricardo olhou com ternura para Viviane, que estava sentada à sua frente, com uma leve ruga de preocupação na testa.A luz quente da sala iluminava o rosto de Viviane, delineando suavemente suas feições delicadas, revelando até mesmo os pequenos movimentos quase imperceptíveis de seu rosto.— Tudo é possível. Quem sabe, na próxima virada, você supere a família Barros. — Ricardo comentou, com um sorriso tranquilo.— Você está me tratando como uma criança de novo. Se eu quero ser tão poderosa quanto a fam
O telefonema de Amadeu logo chegou. — Sr. Ricardo, já está tudo arranjado. O senhor pode vir diretamente. — Tudo bem. — Ricardo desligou o telefone, pegou o casaco e se dirigiu para a porta. Ao abri-la, seus olhos imediatamente encontraram a porta do quarto em frente. Ricardo ficou parado, olhando fixamente para aquela porta, perdido em pensamentos. As palavras de Amadeu ecoaram em sua mente: "Pode ser uma armadilha. Talvez eu não volte." Ele queria se despedir de Viviane, mas temia que, ao vê-la, não teria mais forças para partir. Foi nesse momento que a porta do outro quarto se abriu de repente. Não havia mais tempo para evitar o encontro. Ricardo viu Viviane parada à porta. E ela também o viu. Ao notar o casaco nas mãos de Ricardo, Viviane perguntou: — Você vai sair? Ricardo encarou os olhos dela e assentiu levemente: — Sim. — Então vá. Eu vou tomar banho e dormir. — A resposta de Viviane foi simples, quase indiferente. Isso fez com que Ricardo soltasse um
Manuel já havia chegado à porta da frente.Ao redor de Manuel, várias dezenas de pessoas se reuniam. Todos tinham uma faixa branca amarrada na cabeça, e quando olharam para Ricardo, a ferocidade em seus olhos parecia ser suficiente para destruí-lo.No entanto, Ricardo continuou a caminhar em direção à entrada do hospital, sem qualquer reação. — Primo, há quanto tempo não nos vemos!O rosto de Manuel estava marcado por uma tristeza profunda:— Então você veio mesmo!Ricardo respondeu com calma:— Como eu poderia ficar tranquilo sem ver o corpo do Gustavo com meus próprios olhos?Os olhos de Manuel se estreitaram, seu corpo reprimido ainda tremia visivelmente:— Ricardo, você realmente é cruel. Por causa de uma mulher, você não hesitou em matar seu sobrinho. Quando você o machucou, pensou que Gustavo era seu parente? No passado, meu pai e o seu pai não se davam bem, mas o Gustavo nunca foi afetado por isso. Ele sempre foi muito próximo de você, o tio. Sempre que viajava para o exterior,
— Então, meu adversário desta noite é o Sr. Ricardo! — Ao se mover, a presença daquele homem fez todos ao redor sentirem como se uma montanha estivesse se deslocando.Amadeu se colocou na frente de Ricardo:— Carlos, como você se tornou um aliado do Manuel?O Carlos à sua frente era um verdadeiro monstro de força descomunal. Nascido com uma força extraordinária, Carlos sempre teve uma natureza pacífica, avesso a confrontos. Por isso, sua aparição era rara, o que deixava todos, inclusive os membros da guarda-sombra, que nunca haviam enfrentado Carlos, ligeiramente apreensivos.Carlos era um enigma. Todos sabiam que ele era poderoso, mas ninguém tinha noção exata de quão forte ele realmente era.— Essa história é bem complicada, mas posso resumir para vocês. — Carlos, sendo muito alto, precisou abaixar a cabeça para olhar para Ricardo e os outros. — Na verdade, é simples. Minha filha contraiu uma doença estranha, e quando o Manuel soube disso, ele encontrou os melhores médicos e curou mi
Um estrondo ecoou no ar, e as duas facas cravadas no pescoço começaram a vibrar. Logo depois, surpreendentemente, as facas foram sacudidas para fora. Amadeu, sem conseguir conter a força, perdeu o controle e caiu pesadamente.Ricardo, já preparado para isso, agarrou com firmeza a faca em sua mão e cravou a ponta no chão com toda a força. Ainda assim, a lâmina se arrastou pelo chão, deixando um profundo rastro, antes que ele finalmente conseguisse se estabilizar.Era raro ver Ricardo em uma situação tão desajeitada, o que fez Carlos soltar uma gargalhada animada:— Sr. Ricardo, você pode ter um grande talento para os negócios, mas em questão de força, não pode me vencer. Mesmo que chamasse todos guarda-sombra, não teriam chance contra mim. E agora, com apenas uma dúzia de vocês aqui, é ainda mais impossível. Embora eu não saiba qual é a sua rixa com o Manuel, como um velho conhecido, vou te dar um conselho: volte. Se nem a mim você consegue vencer, os que virão depois... serão absolutam