Aquela pessoa também acompanhava os outros a olhar para Ricardo, mas havia um toque de dúvida em seu olhar. — Guilherme, você não vai me dizer que é a primeira vez que vê a Srta. Viviane, vai? — Os outros na mesa notaram que Guilherme ainda estava olhando na direção de Viviane e começaram a provocá-lo. — A Srta. Viviane é realmente muito bonita. Caso contrário, o Sr. Gustavo não teria ficado tão obcecado depois que ela o rejeitou. — Eu não estava olhando para a Srta. Viviane, mas para o homem ao lado dela. Vocês sabem quem ele é? — O olhar dos outros começou a ficar um pouco estranho para Guilherme. Quando ele se virou e viu suas expressões, percebeu imediatamente que haviam entendido errado. — O que vocês estão pensando? Só acho que esse homem me parece familiar... Acho que já o vi em algum lugar. — Impossível! — A pessoa que falou parecia bastante convicta. — Pelo que eu sei, o marido da Srta. Viviane não é famoso. Como você poderia tê-lo visto antes? Guilherme ficou surpreso
Embora Rosa ainda não fosse oficialmente parte da família Machado, ela agradeceu sinceramente: — Obrigada, Sr. Ricardo. A família Machado havia causado tantos problemas para Viviane, e agora Ricardo havia vendido o Grupo YS, concentrando todos os seus recursos no país TZ. Se ele realmente quisesse se vingar da família Machado, eles não teriam como escapar. Suas palavras deixavam claro que a família Machado estava segura, pelo menos desta vez. Ricardo já não pretendia mais criar problemas para eles. E tudo isso, obviamente, era por consideração a Viviane. Rosa entendia bem esse fato. Ela, na verdade, não tinha grande afeição pela família Machado. No entanto, Osvaldo e sua esposa ainda eram seus pais biológicos, e certos laços, por mais que quisesse, eram difíceis de cortar. Enquanto isso, ao sair do banheiro, Viviane encontrou um homem claramente nervoso. Ele a olhava com inquietação. Viviane passou por ele com curiosidade, mas, depois de dar apenas dois passos, o homem,
— Se você tiver alguma dúvida, é só me perguntar diretamente. — Guilherme olhava para o rosto de Ricardo, sentindo a aura assustadora que emanava dele. Já não tinha coragem de falar. — Se não tem nada a me perguntar, vamos embora agora.Depois de dizer isso, Ricardo tomou Viviane pelo braço e seguiu em direção à festa.Guilherme observava as costas de Ricardo, tremendo."Tenho um pressentimento de que não vou conseguir continuar no Grupo Ribeiro."Com esse pensamento, Guilherme não voltou ao salão, mas desceu as escadas apressadamente.Porém, assim que chegou ao térreo, foi interceptado.— Você é o Sr. Guilherme, não é?— O que você quer? — Guilherme olhou nervosamente para o homem à sua frente, pensando: "Só porque descobri a identidade de Ricardo, essas pessoas pretendem me matar?"— Não precisa ficar nervoso. — Amadeu respondeu com um sorriso. — Nosso senhor apenas tem algumas palavras para lhe dizer.Com um gesto rápido, Amadeu envolveu o pescoço de Guilherme e o levou diretamente
— No entanto, acho que matar o Gustavo não será tão simples. Primeiro, ele é o chefe da família Barros. Se ele morrer, isso certamente causará um grande alvoroço. Se descobrirem que foi você quem o matou, ou mesmo que Gustavo morreu por outros motivos, todos vão suspeitar da Viviane. Afinal, recentemente, o Gustavo a atacou ferozmente, e se ele morrer agora, ela será a primeira pessoa que vão acusar. — Júlio notou que Ricardo permanecia em silêncio e continuou. — Segundo, o Manuel não vai deixar o filho dele morrer em suas mãos tão facilmente. O Manuel, sem dúvida, vai colocar todos os seguranças da família Barros para proteger Gustavo. E mesmo que você já tenha transferido os membros da guarda-sombra para o país TZ, eles ainda precisam de um tempo para se adaptar. Portanto, matar o Gustavo em pouco tempo é praticamente impossível.— De fato. — Ricardo reconheceu com clareza. — Mas o primeiro problema não é tão grande. O segundo, sim, é realmente complicado. Para matar o Gustavo, vai e
Ricardo olhava para as costas de Viviane, sem se mover. Viviane deu dois passos, então se virou e perguntou, intrigada: — Por que você não está vindo? Quer ficar aqui? — Vivi... — Disse Ricardo, preocupado. Viviane sorriu para ele: — Fique tranquilo. Já que você acha que eu não deveria saber sua verdadeira identidade, então não vou me importar com isso. Na verdade, não estou nem um pouco interessada. Se estivesse, teria agarrado aquele funcionário e perguntado até ele me dizer onde foi que te viu. — Ricardo relaxou imediatamente. — Você acha que nossa situação está boa assim, e embora eu não concorde, entendo que enquanto eu não souber sua identidade, podemos continuar desse jeito. Se eu descobrir, talvez essa paz acabe. Então, prefiro preservar o que temos agora, mesmo que eu não goste muito disso.Ao ouvir essas palavras, Ricardo finalmente se sentiu aliviado. — Vivi... — Chega, vamos sair logo daqui. — Viviane olhou para Rosa, que ainda conversava com os funcionários d
— Não é nada. — Ricardo sorriu levemente, apenas sentindo que seu momento estava se aproximando. Viviane lançou um olhar rápido para o rosto de Ricardo antes de se virar para Júlio e Helena e dizer: — Então, estamos indo. Até amanhã. — Até amanhã. Os quatro acenaram e se despediram. No dia seguinte. Rosa, que foi a última a sair da festa na noite anterior, chegou ao escritório visivelmente cansada. — Viviane, vocês foram muito malvados ontem, saíram antes de nós. — Logo pela manhã, Rosa estava na sala de Viviane, tomando água enquanto reclamava. — Quando todos souberam que você é filha do Osvaldo, como poderiam te deixar ir embora? — Viviane respondeu com um sorriso. Ao mencionar a família Machado, o semblante de Rosa ficou um pouco sombrio. — O que houve? O Osvaldo veio falar com você? Rosa assentiu: — Quando negociei com a família Machado, prometi que, se eles deixassem de atacar o Grupo Ribeiro, eu voltaria para eles. Ontem, o Osvaldo e a esposa me procuraram par
— Vocês não têm trabalho para fazer? — Viviane apareceu de repente, interrompendo a conversa de todos que discutiam no local.Imediatamente, todos baixaram a cabeça e começaram a trabalhar.O olhar de Viviane pousou na direção do escritório de Rosa, mas, depois de um breve momento, ela desviou os olhos e retornou ao seu próprio escritório.Enquanto isso, dentro do escritório, Osvaldo acariciava o copo de vidro em suas mãos. Normalmente, Osvaldo conseguia falar com calma e confiança com qualquer pessoa, mas, diante de Rosa, ele nunca sabia o que dizer. Para essa filha que havia desaparecido por mais de vinte anos, o que ele mais sentia era culpa.— Rosa, sobre o que conversamos ontem... Você já pensou a respeito?Rosa olhou para Osvaldo com serenidade. Depois de aceitar seu destino, ela parecia estar em paz:— Já pensei. Vou seguir o acordo e voltar para a família Machado.Ao ouvir "seguir o acordo", o sorriso no rosto de Osvaldo ficou rígido."É natural que a Rosa não tenha sentimentos
Ao ouvir a voz de Ricardo do outro lado da linha, Rosa ficou surpresa por um instante. Ela quase duvidou, por puro reflexo, se havia pego o celular errado. Afinal, desde quando Ricardo ligaria para ela? — Rosa, você está me ouvindo? — A voz de Ricardo soou clara, sem margem para dúvidas, e Rosa confirmou mentalmente que não estava enganada. Era Ricardo, usando o telefone de Igor, quem estava ligando. — Cunhado, você me ligou... Está precisando de algo? — O Osvaldo foi te procurar. Você também pretende voltar para a família Machado? O fato de Ricardo saber disso não surpreendeu Rosa nem um pouco. — Sim, cunhado, você me ligou por algo que precisa que eu faça? Rosa logo pensou nessa possibilidade, e Ricardo, com um leve sorriso de satisfação nos lábios, respondeu: — A família Machado provavelmente sugeriu organizar uma festa para você, certo? Que ele até soubesse disso fez com que Rosa sentisse uma certa admiração por Ricardo. — Sim, a família Machado realmente tem a intenção d