— No entanto, acho que matar o Gustavo não será tão simples. Primeiro, ele é o chefe da família Barros. Se ele morrer, isso certamente causará um grande alvoroço. Se descobrirem que foi você quem o matou, ou mesmo que Gustavo morreu por outros motivos, todos vão suspeitar da Viviane. Afinal, recentemente, o Gustavo a atacou ferozmente, e se ele morrer agora, ela será a primeira pessoa que vão acusar. — Júlio notou que Ricardo permanecia em silêncio e continuou. — Segundo, o Manuel não vai deixar o filho dele morrer em suas mãos tão facilmente. O Manuel, sem dúvida, vai colocar todos os seguranças da família Barros para proteger Gustavo. E mesmo que você já tenha transferido os membros da guarda-sombra para o país TZ, eles ainda precisam de um tempo para se adaptar. Portanto, matar o Gustavo em pouco tempo é praticamente impossível.— De fato. — Ricardo reconheceu com clareza. — Mas o primeiro problema não é tão grande. O segundo, sim, é realmente complicado. Para matar o Gustavo, vai e
Ricardo olhava para as costas de Viviane, sem se mover. Viviane deu dois passos, então se virou e perguntou, intrigada: — Por que você não está vindo? Quer ficar aqui? — Vivi... — Disse Ricardo, preocupado. Viviane sorriu para ele: — Fique tranquilo. Já que você acha que eu não deveria saber sua verdadeira identidade, então não vou me importar com isso. Na verdade, não estou nem um pouco interessada. Se estivesse, teria agarrado aquele funcionário e perguntado até ele me dizer onde foi que te viu. — Ricardo relaxou imediatamente. — Você acha que nossa situação está boa assim, e embora eu não concorde, entendo que enquanto eu não souber sua identidade, podemos continuar desse jeito. Se eu descobrir, talvez essa paz acabe. Então, prefiro preservar o que temos agora, mesmo que eu não goste muito disso.Ao ouvir essas palavras, Ricardo finalmente se sentiu aliviado. — Vivi... — Chega, vamos sair logo daqui. — Viviane olhou para Rosa, que ainda conversava com os funcionários d
— Não é nada. — Ricardo sorriu levemente, apenas sentindo que seu momento estava se aproximando. Viviane lançou um olhar rápido para o rosto de Ricardo antes de se virar para Júlio e Helena e dizer: — Então, estamos indo. Até amanhã. — Até amanhã. Os quatro acenaram e se despediram. No dia seguinte. Rosa, que foi a última a sair da festa na noite anterior, chegou ao escritório visivelmente cansada. — Viviane, vocês foram muito malvados ontem, saíram antes de nós. — Logo pela manhã, Rosa estava na sala de Viviane, tomando água enquanto reclamava. — Quando todos souberam que você é filha do Osvaldo, como poderiam te deixar ir embora? — Viviane respondeu com um sorriso. Ao mencionar a família Machado, o semblante de Rosa ficou um pouco sombrio. — O que houve? O Osvaldo veio falar com você? Rosa assentiu: — Quando negociei com a família Machado, prometi que, se eles deixassem de atacar o Grupo Ribeiro, eu voltaria para eles. Ontem, o Osvaldo e a esposa me procuraram par
— Vocês não têm trabalho para fazer? — Viviane apareceu de repente, interrompendo a conversa de todos que discutiam no local.Imediatamente, todos baixaram a cabeça e começaram a trabalhar.O olhar de Viviane pousou na direção do escritório de Rosa, mas, depois de um breve momento, ela desviou os olhos e retornou ao seu próprio escritório.Enquanto isso, dentro do escritório, Osvaldo acariciava o copo de vidro em suas mãos. Normalmente, Osvaldo conseguia falar com calma e confiança com qualquer pessoa, mas, diante de Rosa, ele nunca sabia o que dizer. Para essa filha que havia desaparecido por mais de vinte anos, o que ele mais sentia era culpa.— Rosa, sobre o que conversamos ontem... Você já pensou a respeito?Rosa olhou para Osvaldo com serenidade. Depois de aceitar seu destino, ela parecia estar em paz:— Já pensei. Vou seguir o acordo e voltar para a família Machado.Ao ouvir "seguir o acordo", o sorriso no rosto de Osvaldo ficou rígido."É natural que a Rosa não tenha sentimentos
Ao ouvir a voz de Ricardo do outro lado da linha, Rosa ficou surpresa por um instante. Ela quase duvidou, por puro reflexo, se havia pego o celular errado. Afinal, desde quando Ricardo ligaria para ela? — Rosa, você está me ouvindo? — A voz de Ricardo soou clara, sem margem para dúvidas, e Rosa confirmou mentalmente que não estava enganada. Era Ricardo, usando o telefone de Igor, quem estava ligando. — Cunhado, você me ligou... Está precisando de algo? — O Osvaldo foi te procurar. Você também pretende voltar para a família Machado? O fato de Ricardo saber disso não surpreendeu Rosa nem um pouco. — Sim, cunhado, você me ligou por algo que precisa que eu faça? Rosa logo pensou nessa possibilidade, e Ricardo, com um leve sorriso de satisfação nos lábios, respondeu: — A família Machado provavelmente sugeriu organizar uma festa para você, certo? Que ele até soubesse disso fez com que Rosa sentisse uma certa admiração por Ricardo. — Sim, a família Machado realmente tem a intenção d
O que exatamente o Ricardo estava planejando?— Além disso, ele não falou mais nada? — Viviane pressionou o peito, sentindo uma estranha sensação de mau pressentimento, algo que não conseguia afastar.— Não, nada mais. — Rosa balançou a cabeça. Após um momento de silêncio, ela olhou para Viviane e perguntou. — Viviane, será que eu não deveria ter aceitado o pedido do Ricardo?Viviane, visivelmente irritada, apertou a borda da mesa com força: — Se ele pediu para você fazer isso, deve ter os motivos dele. E, conhecendo ele como eu conheço, mesmo que eu perguntasse, ele não me diria a razão.— Então... — Apenas faça o que ele pediu. Se ele voltar a entrar em contato, me avise.— Certo, Viviane. Vou informar ao Osvaldo sobre a decisão.— Vá.Depois que Rosa saiu, Viviane pegou o celular e ficou encarando a tela por um longo tempo. Apesar da tentação, decidiu não ligar para Ricardo. Enquanto isso, Rosa, após confirmar que organizaria o jantar familiar, logo ouviu de Osvaldo um novo ped
Após um curto percurso, Rosa levou mais de cinco minutos para chegar à porta. Quando colocou a mão na maçaneta, quase não conseguiu se sustentar e quase caiu.— É você, Rosa? — Perguntou Viviane, levantando a cabeça ao ouvir o barulho.Rosa respirou fundo e se endireitou:— Sim.Neste momento, a assistente que havia preparado o café para Viviane estava na porta, olhando para Rosa com uma expressão confusa.Rosa lançou um olhar ao café fumegante:— Pode me passar o café?A assistente, surpresa, olhou para Rosa, e, após um momento, entregou o copo de café a ela.Rosa entrou no escritório de Viviane com o copo de café.— Viviane. — Rosa colocou o café na mesa. — Lembro que, quando estávamos no Grupo GY, fui eu quem te serviu café. Desde que chegamos ao Grupo Ribeiro, não tive mais a chance de fazer isso.— Pois é, agora que você é a filha da família Machado, terá ainda menos oportunidades de me servir café. — Viviane olhou carinhosamente para a irmã mais nova, mudando de assunto. — E entã
Rosa olhou mais uma vez para Viviane, sentindo as lágrimas prestes a caírem. Rapidamente, disse:— Viviane, não quero atrasar seu trabalho, vou me retirar.— Tudo bem, eu te acompanho até lá embaixo.— Não precisa. — Rosa balançou a cabeça suavemente. — Quero que minha saída seja discreta, como sempre foi ao fim do expediente. Termino o dia e amanhã estarei de volta.Viviane hesitou, levando um tempo para responder:— Certo, você pode ir.Rosa saiu do escritório e, como de costume, se dirigiu ao elevador. Ao descer, chegou à máquina de registro facial, fez o ponto e entregou seu crachá, saindo logo em seguida.No momento em que saiu do prédio do Grupo Ribeiro, a luz do sol a atingiu, mas Rosa não sentiu nenhum calor.No instante seguinte, ela avistou o carro parado em frente ao edifício. Ao lado dele estava Igor.— Você está cansada? — Igor se aproximou, estendendo a mão para Rosa.Rosa olhou para Igor e, depois de um tempo, com os olhos um pouco marejados, perguntou:— Você não tinha