Era só porque ela não tinha um bom berço?Clara se levantou, olhando fixamente para os documentos no andar de baixo. Seus olhos exalavam veneno, como um riacho que fluía incessantemente, impregnando o arquivo que continha todas as informações sobre Rosa....Embora Rosa tivesse dito no grupo de chat que ela iria pagar, Igor, ao saber disso, insistiu em pagar ele mesmo. Então, todos escolheram um hotel sete estrelas.Durante o jantar, Igor e Rosa estavam sentados nos lugares de anfitrião, ainda um pouco desconfortáveis. Várias vezes tentaram ceder seus lugares para Viviane e Ricardo.Após algumas tentativas, Viviane riu:— Este é um encontro organizado por vocês dois, como seria se deixassem a gente no lugar de anfitrião? Além disso, não nos faltam oportunidades para sentar aqui, certo? Quando nos casarmos, tivermos filhos ou simplesmente quisermos sentar, depois do jantar, poderemos convidar todos para um lanche noturno.Todos riram discretamente, e Laura e Helena concordaram com Vivia
Aquela voz era realmente inconfundível. Não deu outra: na próxima fração de segundo, a porta se abriu, revelando o rosto de Isabela a todos os presentes. Ao ver Rosa, seu rosto se iluminou de alegria e, apontando para ela, exclamou:— Vejam só, aquela sentada no lugar principal é minha filha!O gerente olhou para Rosa, e ao notar sua expressão, começou a entender a situação. Imediatamente disse:— Desculpe-nos, senhora. Não sabíamos que essa mulher era sua mãe.Rosa se levantou lentamente, se sentindo impotente e humilhada. Pensou que, após o último incidente, Isabela teria voltado para a sua cidade natal. Para sua surpresa, Isabela não só não tinha ido embora, como havia piorado e a seguido até aqui.Viviane, que já conhecia as artimanhas de Isabela, franziu a testa ao vê-la e disse:— Acho melhor chamarmos a segurança para levar essa senhora embora. Para lidar com esse tipo de confusão, devemos usar métodos mais drásticos.Rosa lançou um olhar para sua mãe. Afinal, ela era a mulher
Depois de falar, Isabela se levantou e foi embora.Embora tivesse levado um lagostim consigo ao sair, foi um contraste marcante com suas ações anteriores e insistentes.Com a saída dela, ninguém mais tinha vontade de comer e todos tentavam consolar Rosa.Rosa sorriu, um tanto forçada:— Fiquem tranquilos, estou bem, e o tribunal é um lugar onde se busca a justiça, não haverá parcialidade. — Disse ela, forçando outro sorriso. — Estou realmente bem, acho que bebi muita água, vou ao banheiro.Quando Rosa já estava perto da porta, Igor se levantou apressado para segui-la, mas Viviane o deteve:— Deixa que eu vou.Helena também interveio:— Nesse momento, é melhor que a Vivi vá.Igor então se sentou novamente.— Não vai acontecer nada. — Disse Viviane antes de sair do salão e se dirigir ao banheiro. Logo, ela encontrou Rosa em um dos toaletes abertos, sentada no vaso sanitário e chorando.Viviane tirou um lenço e entregou a Rosa.Rosa, assustada, levantou a cabeça e, ao ver que era Viviane,
— Isso é estranho. — Disse Viviane. — Se não há ninguém na sua família que estudou direito, quem deu essa ideia de processar para sua mãe?Embora estivessem na era da informação, e a geração mais velha, depois de aprender a usar o celular, estivesse constantemente bombardeada de informações, processar alguém ainda era algo distante para a maioria das pessoas. Normalmente, as questões eram resolvidas de forma privada, raramente chegando ao ponto de um processo judicial. Além disso, o jeito orgulhoso de Isabela parecia indicar que o juiz já havia decidido a seu favor, concedendo-lhe um milhão de reais. Por isso Viviane fez essa pergunta.Rosa franziu as sobrancelhas, pensou por um momento, mas acabou balançando a cabeça:— A maioria das pessoas na minha família parou de estudar após o ensino fundamental. Mesmo aqueles que conseguiram terminar o ensino médio, raramente passaram no vestibular. A maioria trabalha para os outros ou tem negócios próprios, mas advogado, realmente não temos n
Estava presumindo que Viviane já havia adormecido.Ele a pegou com cuidado, saindo do carro silenciosamente, enquanto ela se aninhava docilmente em seus braços, sem oferecer resistência.Ricardo olhou para ela dormindo e sorriu suavemente.Não importava quanto tempo passasse, ver Viviane dormindo sempre o fazia lembrar das memórias mais preciosas.Ao entrar no quarto, carregando Viviane, ele a colocou suavemente na cama. Quando estava prestes a se levantar, sentiu os braços de Viviane se enlaçarem ao redor de seu pescoço.O rosto de Ricardo mudou de expressão.Viviane, que estava deitada na cama, abriu os olhos astutamente e olhou para ele.— Desta vez, você não vai escapar, vai?Ricardo tentou manter a compostura.— O que você quer?— Quero que você durma comigo. — Viviane falou baixinho, mas expressou tudo o que sentia.Ela queria avançar aos poucos, fazendo Ricardo tirar a máscara voluntariamente.Ricardo, ao olhar nos olhos dela, sabia exatamente o que ela planejava. Ele segurou os
Nesse momento, em um luxuoso hotel sete estrelas, Isabela estava deitada na cama, aproveitando o conforto. Era a primeira vez em sua vida que dormia em uma cama tão confortável.Enquanto ela desfrutava daquele momento, o som de uma porta se abrindo veio de fora do quarto. Isabela se assustou e se sentou rapidamente.Ao ver que quem entrava era uma mulher bonita, a expressão de Isabela ficou um pouco mais tímida. Isabela tinha ido ao hotel procurar Rosa, inclusive ameaçando processá-la, e tudo isso porque essa mulher ao telefone lhe disse para fazer isso. Além disso, essa mulher parecia ter poderes extraordinários, pois sabia que Rosa não era sua filha biológica.Pensando nisso, Isabela recuou um passo, olhando cautelosamente para a mulher à sua frente. Desde o momento em que entrou, Clara já havia observado Isabela de cima a baixo.Confirmando que ela se encaixava na imagem da foto, que mostrava uma mulher rural, aparentemente ingênua e fácil de enganar, Clara finalmente falou com desd
Isabela olhava repetidamente para o roteiro, agora hesitando. No entanto, ela não tinha mais chance de voltar atrás. O palco já estava montado, e a pressionavam para começar....No dia seguinte.Viviane recebeu uma má notícia assim que chegou ao trabalho. Todas as mercadorias, que precisavam ser exportadas pelo Porto de Orléans, estavam bloqueadas no porto. Não podiam sair.— Por quê? — Perguntou Viviane com o rosto sombrio.Se essas mercadorias não saíssem em um dia, o Grupo Ribeiro perderia milhões de reais. Rosa, cuja disposição não havia sido afetada pelo ocorrido com Isabela no dia anterior, abriu os documentos e disse:— Esse Porto de Orléans sempre foi alugado pela família Machado. Eu acho que a família Machado deu ordens para não deixarem nossas mercadorias saírem.Viviane mudou de expressão.— Família Machado?Ela imediatamente pensou na relação entre Clara e Duarte e naquela desagradável refeição matinal.— Podemos escolher outro porto para enviar as mercadorias?— Pode
O Sr. Machado e Sra. Machado, que estavam no andar de cima, acharam que tinham ouvido errado. Quase em uníssono, perguntaram:— Você ouviu isso?Depois de um momento, eles conseguiram se acalmar um pouco e saíram do quarto.Lá embaixo, a empregada viu que o senhor e a senhora finalmente tinham saído e disse animadamente:— Srta. Rosa, por favor, espere um momento. Nosso senhor já vai descer.Rosa ficou um pouco sem palavras.Depois de aproximadamente três minutos, Rosa finalmente ouviu uma voz do outro lado da linha, que parecia estar se esforçando para controlar as emoções:— Olá, sou Osvaldo Machado.Rosa pensou que estava imaginando coisas. Como Osvaldo, uma pessoa tão distinta, poderia ficar emocionado apenas por atender um telefonema?— Olá, sou Rosa. — Rosa quase esqueceu o motivo pelo qual tinha ligado. — É o seguinte, ouvi dizer que o Sr. Osvaldo acabou de voltar, e nossa Srta. Viviane gostaria de visitá-lo, isso seria possível?— Claro, claro, é claro que pode... — Justo quand