Capítulo 51

—Depois que meu pai morreu decidimos nos esconder. Conhecíamos perfeitamente as leis da máfia: atirar primeiro e perguntar depois. —Houve um coro de risadas com minhas palavras e eu dei um sorriso sardônico, como se isso realmente me divertisse. Eles não tinham ideia do quanto meu sangue esquentou ao lembrar disso.

O chefe do Conselho chamou a atenção para que o escândalo acabasse e eu pudesse continuar com a minha história. O único gesto sincero que ele fez naquela noite foi para ele. Era-me impossível tratá-lo de outra forma, pois meu pai teria mais ou menos a idade dele.

-Obrigado, António. —O homem acenou com a cabeça em minha direção e fez um movimento com a mão, incitando-me a continuar. —Infelizmente meu irmão Vladimir foi morto antes de chegarmos a um lugar seguro. —Tentei controlar a raiva que sentia, para que ela não vazasse em minhas palavras e me denunciasse de alguma forma.

-E a sua mãe? —Marcos perguntou me olhando com relutância. Dezenas de olhares malignos focaram nele
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