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Sem revisãoPedro esperava a mais de uma hora a mesa do café, a ansiedade deu lugar a aflição e agora, depois de tanto tempo esperando, beirava ao desespero, Joice não foi. Segurava entre suas mãos a terceira xícara com café, na mesa dois pães recheados, mas nada da sua amada chegar. Baixou a cabeça para evitar que os outros clientes vissem as lágrimas que começaram a correr por seu rosto, ela não foi ao seu encontro.A carta foi deixada na guarita do condomínio onde ela mora no dia anterior, sem remetente, apenas com destinatário, sua Joice. Sabia que ela reconheceria sua letra na hora e ficaria tão ansiosa quanto ele para o tão sonhado reencontro. Joice não apareceu, mas ele não sabia se por não ter lido a carta ou porque ela não quis…Quando voltou para o hospital, Guilherme havia acabado de atender seu último paciente do dia, olhou para a expressão derrotada do amigo e logo soube que algo estava errado, Pedro, desde que descobriu sobre as circunstâncias que levaram a noiva a casar
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Sem revisãoJoice leu o contrato, não sabia o que dizer, o que questionar. Tudo estava nos seus termos, até tem uma cláusula que diz que seu casamento será apenas no papel, nem fidelidade Miguel está lhe cobrando. Enquanto Maciel estava a colocando contra a parede, o marido estava lhe dando o máximo de liberdade que conseguia. Havia cláusulas que permitiam que ela viajasse para se especializar sem data e hora para voltar. Poderia pegar um voo naquele momento que estava respaldada pelo contrato.A questão era, porque ela não se sentia feliz por finalmente ter conseguido tudo aos seus termos? Ela deveria estar radiante de felicidade e pesquisando onde iria viver sua vida. Seu coração estava ainda mais dolorido, Miguel foi a única segurança que teve em meio a tanto caos, isso ela jamais iria negar e agora, ele estava a deixando ir.Só que Joice não poderia ir, não pelo resto do ano e isso de certa forma a consolou, porque antes de assinar os documentos que garantiriam sua "liberdade" ela
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Sem revisão"Não era o Pedro" ecoou pela cabeça de Joice enquanto Miguel continuava a falar."Subornei o delegado""Ameacei seu Jacinto e dei a ele o resto do dinheiro que tinha em conta"O ar começou a rarear, mal conseguia respirar. " Não era o Pedro", não era o seu amor.Seu corpo parecia ter sido anestesiado, tudo girava e girava. Quando sentiu a pressão sob seu ombro, notou que seu marido, agora está em pé ao seu lado, chamando-a, a trazendo de volta para enfrentar mais aquilo. Porém ela não conseguia reagir, não quando tudo que vem a sua mente é que não era o corpo de Pedro.— Não me toque — ela pediu num grito estrangulado.— Joice, eu não…— Não! — O interrompeu. — Não quero ouvir que não teve escolha. Porque você teve, poderia ter conversado comigo. Poderia ter explicado a situação ao invés de me manipular e… não, eu… eu preciso de ar, sair daqui. — Joice levantou, buscando distância do marido.— Joice? — Miguel a chamou, a vendo se afastar, forçando passos rápidos e a viu ca
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Sem revisãoPenélope segurava a mão de Vinícius quando entrou no bar, Miguel estava no balcão. O bartender havia ligado pois o lugar iria fechar e seu amigo se recusava a sair. Faz três semanas que não tinha notícias do amigo e sócio.— Ele está um lixo — Vini observou sem qualquer compaixão.Só estava ali por causa da namorada e porque precisava ter uma conversa com o bastardo que fez alguma coisa de muito grave para fazer a irmã sumir do nada. Sem se importar com as consequências.Tudo estava desmoronando, os pais de Pedro foram os primeiros a sofrer as consequências, colocados na rua sem compaixão. Foi triste ver o casal de idosos deixar o lugar que moraram por tantos anos e conquistaram com muito trabalho duro. Eles recusaram ajuda e disseram que iriam para a casa de um parente. Até o momento, sua família estava fora de perigo, graças a um contrato que Miguel e Joice assinaram antes da irmã desaparecer.— Você precisa vir comigo — Penélope falou tentando levantar o amigo de longa
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Sem revisãoPedro não conseguia esconder a frustração por estar a um mês indo ao café esperar Joice e nada dela aparecer. Seu pequeno ato também gerou um mal estar entre ele e Guilherme que acabou descobrindo onde Ana e ele iam toda a manhã. Guilherme chegou em silêncio enquanto estavam conversando despreocupados e ouviu sua conversa sobre continuar indo ali sem ao menos um sinal de Joice.Eles discutiram feio, mas Pedro acabou cedendo e assumindo que estava errado. Foi um erro, se a carta tivesse caído em mãos erradas poderia ter colocado Ana em perigo. Agora estava frustrado e arrependido.Quase duas semanas após serem descobertos pelo médico, ele se reuniu com os três na cozinha do seu apartamento, a fim de terem uma conversa séria. Pedro e Ana imaginaram que o teor da conversa não seria bom, que provavelmente, para proteger a irmã, Guilherme pediria que Pedro se afastasse deles, retirando a ajuda que propôs no início. Pedro não o julgaria, tudo que o médico havia pedido foi para q
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Sem revisãoMiguel se trancou no escritório com Guilherme, que entregou o dossiê de sua investigação. Apesar de estar com o coração em pedaços, ele se forçava a continuar, levando adiante o plano de manter Joice longe de Santa Maria. Ele não conseguiria impedi-la, ela o odiava. Mas Pedro, bom, ela amava.— Como se envolveu nisso? — Miguel perguntou ao médico.Guilherme respondeu condescendente, — É uma longa história.Sabia que o homem à sua frente estava tentando manter a cabeça longe de outro lugar. Todos foram pegos de surpresa quando Miguel abriu a porta, após se recuperar do susto de ver Pedro a sua frente, o homem o convidou para entrar e não quis conversar com ele em particular, falou na frente de todos que Deus havia o mandado. Antes de Miguel explicar o porquê, Pedro acertou-lhe um soco na mandíbula. Em segundos, Guilherme segurava o amigo enquanto Ana se meteu entre eles e a gringa bonita ajudava o amigo, vendo se estava bem.— Eu mereci isso — Miguel falou, ainda passando a
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Sem revisãoO abraço de Pedro ainda era como ela lembrava, quente e aconchegante. Estavam sentados faz um tempo, no sofá, abraçados. O abraço que tanto ela precisava desde que a vida de ambos começou a desandar, ela tinha tantas perguntas a fazer ao seu amor, porém, os questionamentos poderiam esperar. Ela precisava apenas daquele afago.— Senti sua falta — ela finalmente disse. — Mas sinto que posso acordar a qualquer momento. — Confessou em seguida.Pedro sorriu, se sentia da mesma forma. Tocou seu rosto e o levantou levemente, ficando cara a cara com o seu amor.— Eu sinto que meu coração pode explodir a qualquer momento, eu te amo tanto e sentir tanto a sua falta que até respirar era dolorido. — Aproximou seu rosto lentamente até que seus lábios se tocaram suavemente.Joice sentiu seu corpo aquecer, suas bocas se moviam lenta e sensualmente. Quando Pedro ousou aumentar a intensidade do beijo, Joice aceitou. Permitiu que ele a deitasse no sofá, ficando sobre ela, abrindo espaço ent
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Sem revisãoJoice encontrou Pedro na cozinha, acordou cedo e decidiu ir à praia. Precisava colocar os pensamentos em ordem, antes de ir, deu-lhe no rosto e sorriu triste. A sua noite perfeita foi um desastre, bem diferente do que imaginou que seria sua primeira vez com ele, o homem que amava. Seu doeu se apertou, como se a repreendendo por aquele pensamento.Desde que chegou aquele lugar, ir a praia toda a manhã se tornou uma rotina, mas nunca entrava na água. As praias da ilha são banhadas pelo rio e desde o acidente não conseguia entrar em um rio, o igarapé nas terras do seu pai era diferente, não apresentava riscos. Agora, observava as ondas ir de encontro com a areia, como se a chamasse para fazer as pazes, como se dissesse " venha lavar essa tristeza que só cresce dentro de ti", mas Joice não ousava entrar. Era tentador demais deixar que o rio a levasse para sempre. Secou as lágrimas que só então notou que caíam, dessa vez, não sabia se de tristeza ou felicidade, talvez fosse pel