Zeca atendeu o telefone e, ao ouvir a situação, disse impacientemente: - Três meses é impossível para uma amniocentese, a menos que abram sua barriga. Pare de se desesperar.Ao ser repreendida dessa forma, Paola se acalmou. Sim, era impossível fazer uma amniocentese em três meses. Quatro meses até era um prazo mais realista, mas sua condição física também não permitiria. Paola conseguiu acalmar seus ânimos, já não estava tão nervosa quanto antes.- Tudo bem, a menos que seja algo sério, não me ligue. - As instruções do chefe a mantiveram ocupada, mas pelo menos hoje todas as mercadorias deveriam ser entregues, considerando a tarefa cumprida. Paola desligou o telefone e, ao mesmo tempo, chegou ao hospital.Este hospital privado foi investimento da família Mendonça, com um andar exclusivamente dedicado ao serviço de Rodrigo.Paola seguiu a enfermeira até a maternidade, e surpreendentemente, Cecília também estava lá.- Sra. Mendonça, olá. – Paola cumprimentou. - Você chegou. - Cecília
- Se você não acredita em mim de coração, não adianta eu dizer nada. Mesmo que o resultado da amniocentese confirme que é descendente da família Mendonça, você ainda pode dizer que o resultado é falso, certo? – Paola disse com seus lábios trêmulos. - Se você não fez nada de errado, por que reagir dessa forma? – Rodrigo resmungou.- Então, se eu seguir suas instruções, você não vai mais duvidar de mim? – Paola não abaixou a guarda.- Isso não é certo. - Rodrigo retrucou. Ele sabia que após a amniocentese, ainda poderia haver o teste de paternidade após o nascimento, mas ele não conseguia decidir qual seria confiável, para garantir que Paola não alterasse o resultado.- Pai, isso é problema deles, por que você está sendo tão difícil com uma mulher? - Cecília, incapaz de assistir, interferiu.- Não é da sua conta! – O velho respondeu. - Eu sei que não é da minha conta, mas além de assustar a Paola, você não pode realmente fazer a amniocentese. - Cecília aconselhou pacientemente. - Na mi
Ao despertar, Carolina se deparou com uma escuridão envolvendo o ambiente lá fora. Num impulso, ela verificou a hora em seu celular, e surpreendeu que já eram duas da manhã. Ela havia dormido por oito horas completas, a ponto de compensar o sono perdido da noite anterior. Carolina permaneceu na cama por um tempo, ponderando sobre continuar dormindo até mais tarde. Depois de rolar na cama por cerca de dez minutos, e com o estômago roncando de fome, ela decidiu levantar.Henrique ainda estava na sala, dormindo.Com os olhos fechados, a frieza interior não era visível, dando uma suavidade à sua figura, mesmo deitado no sofá, ele parecia tão nobre quanto sempre.De repente, Henrique abriu os olhos, envolvendo Carolina pela cintura e a puxando para seus braços: - Decidiu aparecer?- Você estava fingindo estar dormindo? – Carolina perguntou irritada. - Não, nunca dormi. Você está com fome? - Ele apoiou o queixo em seu ombro, com a voz preguiçosa.Carolina assentiu.- Vá para a cozinha. – H
Carolina, temendo esse tipo de pessoa, aconselhou Henrique em voz baixa: - Não seja tão impulsivo, estamos em menor número, sairemos perdendo.Henrique apertava os dedos com firmeza, seus olhos de fênix mostravam uma solidão assustadora, claramente sem prestar atenção.Carolina ficou um pouco nervosa, uma mão protegendo a barriga, enquanto a outra discretamente tirava o spray de defesa pessoal da bolsa, preparada para qualquer eventualidade.- Vocês querem morrer? - O americano falou com um tom ríspido e em uma língua pouco fluente.- Quem autorizou você a trazer o caixão para cá? - Henrique estava furioso.Deixando de lado o fato de que o dinheiro para comprar a casa desse homem era de origem duvidosa, esta é uma área conhecida por seus ricos, além de ser uma região escolar. Nos últimos anos, os preços das casas aumentaram rapidamente, e mesmo os ricos possuíam dificuldade em comprar. No entanto, aquele americano havia comprado a casa para usar como cemitério, mostrando uma crueldad
Ao dirigir até o hospital, Paola estava trancada em um quarto separado, que, embora pequeno, estava bem equipado.Era evidente que Rodrigo apenas a havia mantido presa, sem maltratá-la.Ao ver Henrique chegando, Paola percebeu que Zeca já havia ligado para Cecília, e ela sabia de sua situação atual.- Henrique, não posso ficar aqui. Este hospital não tem os medicamentos para tratar meu corpo, me tire daqui! – Paola suplicou. Observando isso, Carolina piscou os olhos, sentindo uma espécie de satisfação vingativa. Internamente, ela deu um polegar para cima para o Sr. Rodrigo. Rodrigo era incrível.- Eu vou tirar você daqui. - Henrique respondeu.Paola estava certa, este hospital era privado, com recursos limitados em termos de medicamentos e equipamentos médicos.Ao ouvir Henrique, Paola rapidamente saiu da cama e seguiu os passos dele.Depois de um tempo, como se tivesse acabado de notar Carolina, ela sorriu suavemente: - Srta. Carolina, você também veio.Carolina, de maneira sarcást
Carolina sempre foi hábil em contar mentiras, e desta vez não foi exceção, concordou com a cabeça, olhando para ele com um olhar charmoso e desafiador: - Está bem, está bem, eu não vou te deixar. Me solte logo, meu queixo está doendo.Henrique olhou profundamente para ela, segurando a mão no queixo. Em vez de relaxar, seus nós dos dedos ficaram ligeiramente brancos, aumentando a pressão.Carolina sentiu o queixo latejar, e com as duas mãos pressionou seu peito, tentando afastá-lo.- Estou realmente com dor, se você continuar assim, eu vou...- Antes que ela pudesse terminar, Henrique se inclinou e a beijou, pegando-a de surpresa.Ele foi firme, sem delicadeza, invadindo cada centímetro, como se quisesse se apossar dela completamente. Carolina quase se sufocou com o beijo, tentou resistir, mas só provocou uma resposta ainda mais intensa. A mão forte de Henrique segurou a parte de trás de sua cabeça, não dando espaço para ela escapar.Carolina não ousou mais resistir, tentou retribuir, h
Henrique parou, fixando seu olhar em Hélio: - Você conhece Malena, certo?Hélio balançou a cabeça, respondendo sem hesitar: - Não conheço.Um olhar de desapontamento passou pelos olhos de Henrique. Ele mudou de assunto e não tocou mais no tema.Uma hora depois, ele saiu da Mansão dos Braga.Ao chegar à porta, encontrou Simão, que estava voltando.Simão, apressado, com uma expressão levemente tensa, viu Henrique sair como se nada tivesse acontecido, e seu coração imediatamente se apertou.- O Sr. Henrique veio de repente. Tem algum problema?Henrique semicerrou os olhos, olhando para as gotas de suor que apareceram no nariz de Simão, e sorriu levemente: - Assuntos de adultos, crianças não devem se intrometer. Veio correndo só pra fofocar?- Eu estava com medo de você contar ao vovô que eu estava tentando roubar sua pessoa.- Minha pessoa você não conseguiria roubar. - O tom de Henrique era altivo.Simão sorriu levemente: - Eu sou muito habilidoso. Quer me testar?O tom de Henrique
- E se eu não consigo tolerar, o que posso fazer?- Contar a ele, dizer que está grávida do filho dele!- Mesmo que ele queira esse filho, não vou permitir que meu filho compartilhe o mesmo pai com o filho da Paola.Fernanda fez um bico: - Ele não pode deixar a Paola criar o filho dela sozinha?- A criança não tem culpa!Ela abraçou Carolina, a voz embargada: - Você também é inocente. Eu posso ser a madrinha do bebê, ajudar a cuidar junto com você, mas ainda sinto muito por você. Você é tão boa e gentil. A Mariana e os outros te maltrataram, e eles finalmente receberam a punição que mereciam. Agora, vem essa Paola. Deus é muito injusto com você.Carolina deu um tapinha no ombro dela, suspirando: - A vida é imprevisível. Eu ainda tenho você, e agora os dias são muito melhores do que antes.Além do apego emocional, não havia muito a perder.- Você ainda gosta do Henrique?Carolina falou a verdade: - Não é tão fácil deixar para trás.- E o que você pretende fazer?- Esperar mais dois