Henrique segurava firmemente o volante, suas mãos habilmente posicionadas, enquanto olhava para o lado direito.A mulher refletida no espelho retrovisor parecia, por vezes, melancólica e, em outros momentos, confusa, sua expressão era mutável, carregada de preocupações.Henrique arqueou uma sobrancelha, seus lábios finos apertaram-se ligeiramente.Finalmente, Carolina decidiu abordar o assunto.“O vovô deseja tanto um bisneto, se Paola realmente estiver grávida, ela poderá se casar com a família Mendonça. Mesmo que o vovô não goste dela, ele não pode forçá-la a fazer um aborto, certo? Então, não precisarei mais cumprir o período de espera de três meses.”Preparando-se mentalmente, Carolina começou a falar: - Ontem, eu encontrei Patrícia.O rosto de Henrique permaneceu impassível, aguardando a próxima frase.- Patrícia me informou que Paola está grávida. Ela a viu entrando na maternidade do Hospital VitaSalus, na CidadeY, e disse que viu a palavra "grávida" escrita no prontuário médico
Henrique, com o olhar concentrado, assentiu:- Acho que a Patrícia talvez não tenha mentido.- Quer dizer que a Paola está realmente grávida?- É possível.Felipe abandonou o tom de brincadeira, sua expressão séria: - Não quero fazer piadas sobre isso.Os olhos suaves de Otávio se ergueram e ele sussurrou: - Verifique as câmeras de vigilância, é preciso ter passado por lá para deixar vestígios.As pálpebras de Henrique saltaram. Se ela realmente estivesse grávida, ele teria que dar à Paola um status.Esse resultado, ele não queria enfrentar, resistindo instintivamente.Ele também não queria continuar investigando esse assunto.As pessoas presentes eram todas experientes.Entendiam o pensamento de Henrique e não prosseguiram com o tópico.Apenas Otávio ficou de olho e, após o fim do encontro, enviou alguém para investigar o assunto no Hospital VitaSalus da Cidade Y.As imagens de vigilância da obstetrícia do Hospital VitaSalus da última semana chegaram às mãos de Otávio.Ele olhou po
Henrique sentiu sua respiração diminuir abruptamente e agarrou o pulso de Carolina, a puxando para dentro do carro.Quando ele está de mau humor, sua força não tinha medida.O pulso branco e delicado de Carolina foi marcado por suas mãos e ela não pôde deixar de gemer de dor: - Você está me machucando.Ao ouvir isso, ele afrouxou um pouco, mas ainda assim ela não conseguiu se libertar, sendo aprisionada por ele como se fosse de ferro.Sem opções, Carolina, para evitar mais dor, entrou no carro com ele.- Simão te convidou? - Henrique questionou friamente, com a testa franzida.- Sim, e qual é o problema?Seu olhar se fixou em seu rosto, notando que ela estava completamente maquiada, e ele comentou com ironia: - Os convidados que recebem convites para esse tipo de evento geralmente têm fortunas na casa dos bilhões. Simão te convida, uma garota de propaganda, para ser companhia. Você está lá para entreter ou para ser a anfitriã?Isso não é diferente de empresários convidando celebridad
Mas se casar com a família Mendonça não era algo trivial, muito pelo contrário, não havia necessidade de investigações.- Olá, Sr. Hélio, meu nome é Carolina. - Carolina não se mostra humilde, cumprimentando de maneira natural.Hélio acha que ela era amigável e a convidou a se sentar para tomar chá.Carolina não sabia qual era a intenção dele, mas pegou a xícara de chá e deu um gole.O aroma era suave e o sabor era rico.Ela podia não entender muito sobre chá, mas reconhecia que era um chá de alta qualidade.- Você se casou com o neto mais velho da família Mendonça? - Hélio perguntou, seu rosto mostrando naturalidade.A expressão de Carolina ficou constrangida: - Me casei...Ele ficou momentaneamente surpreso e sorriu gentilmente: - Discussões entre casais são normais. Henrique é um jovem talentoso raro nesta geração, digno de confiança.Carolina não queria contradizê-lo, então apenas acenou constrangida.Nos próximos trinta minutos, Hélio e Carolina conversam sobre assuntos triviais
Carolina zombou, dizendo: - Você acha que eu a maltratei novamente?As pessoas tendiam a sentir pena dos fracos e tratá-los bem.As pessoas no local viram Beatriz chorando desesperadamente. Como conheciam Duarte superficialmente, acharam que ele parecia familiar, pensando que talvez fosse uma acusação de Carolina, talvez uma famosa estrela de cinema.- Ela é bonita, por que bater em alguém?- As aparências enganam. Muitas garotas agem de uma maneira na frente e de outra maneira nas costas.- Quem a convidou? Ousar maltratar a preciosidade da filha do Duarte. Realmente têm coragem.Henrique ouvia esses comentários, os belos olhos perigosamente entreabertos, um rosto nobre e gélido.Ele encarava Carolina, pronto para intervir assim que ela se rendesse ou transmitisse um olhar. No entanto, nenhum desses sinais ocorreu.Carolina permanecia elegantemente no lugar, dentes brancos mordendo suavemente os lábios vermelhos, cabelos levemente bagunçados, olhos vermelhos, mas sem sinal de desesp
Carolina inclinou a cabeça de maneira desajeitada: - Cuidado, se não der certo, nós fugimos.Duarte, percebendo que a persuasão era inútil, chamou mais de uma dezena de seguranças robustos, que se aproximavam ameaçadoramente de Henrique.Os punhos cerrados de Henrique estavam cheios de veias, a coluna ligeiramente arqueada, como uma pantera prestes a atacar, pronta para morder a carne do inimigo a qualquer momento.Duarte deu a ordem: - Dê a ele uma lição.Com isso, um dos seguranças já estava avançando em direção a Henrique.Henrique o chutou, rápido e certeiro.O segurança foi lançado contra a porta do banheiro, que agiu como uma mola, o jogando de volta com um som violento.Não era preciso dizer que Duarte não disse nada, todo o corredor ficou em silêncio.Beatriz repreendeu: - Inútil, o que estão fazendo parados? Vão!Em breve, mais pessoas se lançaram sobre Henrique.Um, dois, três.Carolina olhava ansiosa, e no momento crítico, ela avistou o jovem descendo as escadas e imediat
Simão virou a cabeça, com uma expressão inocente: - Está bom.Henrique riu com desdém, seus olhos gelados pareciam penetrar tudo.Após o início do banquete, Beatriz e Duarte não apareceram.Carolina sentiu algo estranho, já que eles vieram, não deveriam faltar apenas por algum imprevisto.A relação entre Duarte e a família Braga parecia ser incomum, deveriam dar mais importância a isso.Hélio ficou um tempo, cumprimentou as pessoas e, focando em Henrique, fez algumas perguntas sobre a saúde de Rodrigo:- Ah, as pessoas envelhecem assim, preocupadas com os filhos e netos. Eu e o Rodrigo estamos iguais, agora concentramos nossas atenções em Simão.Henrique assentiu:- Agora que nossas famílias estão cooperando, no futuro, vou cuidar mais dele. Sr. Rodrigo, pode ficar tranquilo.Sem surpresas, os negócios da família Braga seriam herdados por Simão.Ele era jovem, ainda não havia se formado na escola, embora estivesse envolvido nos negócios desde criança, era bom ter um suporte para ter t
Carolina chegou a Cidade S, consciente de trocar seus sapatos pelo par descartável que os convidados usam. Ela entrou na cozinha e começou a se ocupar.Henrique, de cabeça baixa, fixou os chinelos de desenhos animados brancos no armário, sua testa se franzindo novamente:- Por que não está usando o par original?Carolina, ocupada na cozinha, parecia confusa. Aleatoriamente, ela respondeu: - Não quero mais usar eles. Vou jogar fora quando sair.- Por que jogar fora? - Henrique, já sabendo a resposta, perguntou teimosamente.- Eu não moro aqui, por que guardar para ter nostalgia? - A expressão natural de Carolina fez com que ele parecesse desagradável.Henrique não disse nada e bateu a porta ao entrar em seu escritório.Meia hora depois, ele saiu, olhou para a comida pronta na cozinha e pegou os pauzinhos para começar a comer.Uma grande interrogação surgiu no rosto de Carolina: - Isso não era para o avô?- Luís disse que ele adormeceu e não vai comer mais.Carolina franzia a testa: