Henrique arrancou o celular das mãos dela e o atirou com força no chão.Fernanda pareceu despertar com o estrondo, olhando para Henrique com um sorriso sonolento e confuso. - Tio, por que você está aqui?Henrique, enfurecido, mostrou os seus dentes brancos como a neve. - Por que você me chama de tio?- Porque você é o tio do Diego.- Porque a Carolina está com o tio?- Você não entende! Ela está se vingando daquele canalha do Diego!Os olhos gélidos de Henrique piscaram com dor e, em seguida, uma raiva avassaladora o consumiu.Então, o alvo original era o Lucas. Não era de se admirar que ela tratasse Lucas de forma diferente dos outros homens. Nesse caso, ela estava se acomodando com ele?Henrique não conseguia mais suportar a situação. Tinha medo de perder o controle e fazer algo impulsivo. Ele saiu, batendo a porta.Carolina simplesmente não merecia que ele a tocasse. Ele considerava até mesmo um soco sujo demais.O Sr. Carlos o seguiu apressadamente e disse com tremor na voz:
Carolina manteve-se em silêncio por um breve momento e então solicitou. - Por favor, motorista, me leve a um hotel próximo....Uma noite se passou e Carolina acordou no hotel.Ela encarou o seu reflexo no espelho, com olheiras tão profundas que poderiam rivalizar com as de um panda.Após uma noite de reflexão, ela finalmente clareou as suas verdadeiras intenções. Não havia dúvida de que estava errada nessa situação.Quando alguém cometia um erro, era o seu dever enfrentar as consequências. Não importava como Henrique a tratasse, ela precisava explicar tudo.Carolina lavou o rosto e retornou a Cidade S. Para a sua surpresa, Paola também estava lá.Carolina se sentiu momentaneamente atónita, mas cumprimentou Paola com relutância.Entretanto, os olhos de Paola evitaram contato, revelando o seu desconforto.Henrique ergueu o olhar para encará-la e disse com uma voz gélida:- Vamos ao tribunal esta tarde para o divórcio. Até esta noite, empacote as suas coisas e vá embora!O rosto de C
Henrique fixou os seus olhos profundos como a noite em Carolina. Seus olhos eram puros como cristais, era ela.Mas também era a mesma pessoa que mentia sem hesitação, expressando amor com seriedade, quando na realidade, não sentia nada, observando friamente enquanto ele caía numa armadilha.Um pensamento fugaz cruzou a mente de Henrique, ele zombou com um sorriso irônico, mas mulheres nunca lhe faltaram; esses truques vis e cruéis só o enojavam.Henrique desviou o olhar, a sua voz soou fria e distante:- Vá direto para o cartório, você não merece andar no meu carro.Carolina assentiu em choque e saiu arrastando os pés.Paola olhou para Henrique e perguntou com olhos brilhantes:- Henrique, vocês não podem conversar adequadamente? Agora estão emocionalmente exaltados, talvez haja espaço para uma solução após acalmarem os ânimos.- Você não precisa se intrometer nos nossos assuntos.Paola ficou pálida, assentiu com a cabeça e não disse mais nada:- Então, vou esperar por você.Paola obse
- Você está superestimando ela. - Henrique fez uma pausa, com uma expressão complicada. - O que aconteceu ontem à noite foi minha culpa, mas não temos mais sentimentos um pelo outro. Mesmo que eu me case oficialmente com você, seria irresponsável da minha parte e atrapalharia o resto das nossas vidas. Se você quiser alguma compensação, sinta-se à vontade para pedir.Paola mordeu o lábio e forçou um sorriso:- Não quero nenhuma compensação. Só quero continuar ao seu lado, sem status, sem amor. Apenas não me expulse. Você sabe que aqui, você é a única amizade que tenho.Henrique concordou:- Vou encontrar alguém para cuidar de você e garantir que seja bem cuidada durante o tratamento.- Está bem, posso te fazer uma pergunta?- O quê?- Você tem medo de me prejudicar ou ainda está apegado à Srta. Carolina?- Não é isso....Carolina encontrou um hotel. Atualmente, ela ainda tinha algum dinheiro economizado, então poderia procurar uma casa com calma.No entanto, o seu trabalho na Brilhant
Quando Carlos avistou Carolina, não demonstrou muita surpresa no seu semblante. Os últimos dias haviam sido um tormento para os colegas do departamento de planejamento, então não era surpreendente que ela estivesse aqui.- O Sr. Henrique não está ocupado agora, você pode entrar.- Obrigada.Carolina bateu suavemente na porta antes de entrar. Lá dentro, uma voz descontente respondeu:- Entre logo.Carolina entrou sem proferir uma palavra e colocou os documentos com respeito, porém uma certa distância, sobre a mesa de Henrique.- Sr. Henrique, os documentos estão prontos, por favor, dê uma olhada.Os olhos de Henrique permaneceram fixos na tela do computador, os seus lábios imóveis, como se Carolina fosse invisível.Carolina repetiu pacientemente:- Sr. Henrique, os documentos estão prontos.- Porque tanta pressa? O meu tempo não é mais valioso que o seu?Carolina pressionou os lábios:- Tenho esperado por você o tempo todo. Pode me dizer quanto tempo vai levar?Henrique sorriu levement
Carolina ficou instantaneamente paralisada, a sua face corando ligeiramente.Parecia que estava agindo como uma criminosa de alta classe. Essa frase tocou em algum lugar sensível. A imponente figura de Henrique aproximou-se de Carolina, os seus olhos brilhando com um toque de malícia:- Os seus métodos foram sempre baixos desde o início, até mesmo tolos, os seus objetivos escritos no seu rosto. Fui tolo por cair nisso. No momento em que conseguiu me conquistar, você estava pensando que eu era um idiota, não estava?Após alguns dias de calma, ele refletiu sobre o passado.Desde o início, ela estava claramente tentando seduzi-lo, com a única exceção sendo que os seus olhos eram genuínos demais.Carolina foi empurrada para um canto, as suas mãos resistindo, pressionadas contra o peito de Henrique. Com a testa franzida, ela disse:- Não finja estar tão injustiçado. Olhe no seu coração, eu já não fui boa o suficiente para você? Você realmente acha que não dei o meu coração sinceramente?
Carolina ficou sem palavras.Henrique lançou-lhe um olhar irônico, cheio de zombaria. Essa mulher estava disposta a fazer qualquer coisa para alcançar os seus objetivos, como sempre.No entanto, infelizmente, o mal podia avançar um passo, mas o bem avançaria dez. Essa mulher tola e o Sr. Rodrigo podiam estar planeando algo, mas, no final das contas, não conseguiria o que queriam.Após sair da sala do hospital, Carolina disse a Henrique:- Por enquanto, não podemos deixar que o vovô descubra, ele não aguentaria o choque.- E daí? - Ele colocou a mão no bolso, impassível.Carolina franzia a testa involuntariamente.O Sr. Rodrigo era o avô dele, como ele poderia ser tão indiferente? Carolina falou com calma:- Vou te dar três meses. Deixa a Paola me substituir e, daqui em diante, não nos intrometemos na vida um do outro. Nesses três meses, posso colaborar contigo.Ela estava disposta a suportar um pouco mais pela saúde do avô.Henrique apertou os lábios finos, e os seus olhos ficaram s
- Mas... Eu realmente não acho que o Henrique seja esse tipo de pessoa.Ela ficou em silêncio por um momento e depois perguntou: - Porquê?- Alguém como o Henrique, rico, bonito e com status, pode ter qualquer mulher que quiser. Se ele quisesse ter duas mulheres em simultâneo, acredito que ele não esconderia isso, e é mais provável que ele lhe dissesse antecipadamente algo como "você tem uma boa amiga, quanto dinheiro ela pode ganhar por mês, as duas podem se dar bem e cuidar bem dele".- Você tem um ponto.- Então, eu acho que há um mal-entendido aqui. Além disso, de acordo com o que você disse, ele anunciou o relacionamento de vocês na empresa e depois dormiu com a Paola logo depois, isso não parece certo.- Mesmo que haja um mal-entendido, o fato de ele ter tido relações com a Paola é inegável, ele admitiu isso pessoalmente.Fernanda estava quebrando a cabeça:- Você acha que é possível que a Paola tenha planeado tudo de propósito?- Isso não é possível, certo? O Henrique é tão int