- Se você quiser pensar assim, tudo bem. Carolina sentiu-se reconfortada em seu coração e murmurou baixinho: - Não esperava que você, que é tão carrancudo, fosse tão prestativo...- O que você disse?- Não é nada!Henrique olhou para ela com suspeita. - Os dois que estavam te perseguindo eram seus pais?- Não exatamente.Henrique apertou o volante com a mão e parou por um momento. Ele tinha lido informações pessoais sobre Carolina e sabia que a mãe dela havia falecido, então aqueles dois deveriam ser seu pai e madrasta.Parecia que ela não tinha tido uma boa vida em casa nos últimos anos, mas era difícil julgar o certo e o errado em assuntos familiares.O carro ficou em silêncio. Carolina baixou os olhos e ficou quieta, como um animal abandonado que estava sendo injustiçado, mas não fazia nenhum som.Henrique franzia a testa, sentindo-se um pouco triste por ela, e mudou de assunto: - Por que você não foi trabalhar?- Aconteceu um imprevisto. - Ela suspirou. - O emprego que consegui
Carolina estremeceu, sua consciência turva repentinamente despertou e ela puxou o cobertor sobre si: - Já vou!Felizmente, sua queda de ontem à noite não foi grave, além de um pouco de dor, não afetou sua capacidade de andar.Ela se arrumou rapidamente e apareceu na frente de Henrique usando um vestido delicado e elegante. Ela passou a mão no cabelo: - E aí, esse conjunto está bom?Os olhos de Henrique brilharam por um momento e ele teve que admitir que ela estava realmente bonita. O vestido de cor creme era discreto e combinava com uma maquiagem suave, fazendo-a parecer radiante. Seus lábios com um toque de batom rosa pêssego pareciam macios como gelatina, dando vontade de provar.Mas o vestido era muito barato.Se aquele velho visse, ele pensaria que estava tratando-a mal.Henrique não fez nenhum comentário, apenas levou Carolina para o closet: - Tire isso, vamos escolher outro.O armário estava cheio de roupas de grife de todos os tipos.Além disso, a gaveta ao lado estava replet
Passaram-se dez minutos e Carolina já não suportava mais o frio. Ela puxou levemente a manga de Henrique, sorrindo timidamente:- Estou sentindo um pouco de frio. Podemos fechar a janela?Henrique foi extremamente cavalheiro:- Claro.Assim que ele falou, pediu a Luís que fechasse a janela do carro.Um brilho malicioso passou rapidamente pelos olhos dele, mas Carolina conseguiu perceber.Ela notou que Henrique estava brincando com ela e cerrou os dentes com força.Por causa das roupas que ele havia comprado para ela, Carolina se conteve!Quando Rodrigo soube que eles estavam chegando, esperou do lado de fora, apoiado em uma bengala, com olhar ansioso.O carro parou em frente a uma mansão. Carolina olhou para a construção, que era quase tão grande quanto um castelo, e de repente sentiu uma sensação estranha.Embora o tio de Diego fosse rico, a família dele não era tão influente assim em Cidade T.Um lugar com tanto luxo deveria valer bilhões. Será que se ganhava tanto dinheiro assim no
- Vô... - Henrique estava reclinado na cadeira, suas longas pernas descansando preguiçosamente sobre a mesa de apoio. Com um tom sarcástico, ele disse. - Você é realmente incrível, controlando o ciclo reprodutivo das mulheres. Por que não se torna médico? O mundo da medicina precisa de você.- O que você está dizendo? Eu já estou tão velho, há algo de errado em desejar um bisneto? - Rodrigo respondeu, com o rosto ficando pálido de irritação. - E além disso, vocês dois se casaram sem minha permissão, sem dote, sem festa de casamento. Como os outros vão ver Carolina?Essas palavras aqueceram o coração de Carolina. Ela serviu uma xícara de café para Rodrigo e explicou gentilmente:- Vovô, isso não é culpa dele. Fui eu que não quis fazer a festa de casamento. Estamos tão ocupados com o trabalho, e desde que tenhamos amor mútuo, a festa de casamento não importa.- Isso não pode ser assim! Uma pessoa se casa apenas uma vez na vida, não podemos simplesmente deixar passar! - Rodrigo deu um gol
Henrique hesitou por um momento.- Apenas use o cartão que te dei. Entendeu?Carolina olhava para os documentos em francês na mesa, um pouco atordoada. Seus lábios se abriram, revelando uma fila de dentes brancos e perfeitamente alinhados. Seu sorriso era particularmente doce:- Henrique, obrigada. Agora posso finalmente usar seu cartão com tranquilidade!Ela provavelmente estava preocupada e envergonhada de gastar seu dinheiro, então arrumou um trabalho para si mesma.Na verdade, esse homem era bastante atencioso e gentil às vezes.A expressão de Henrique se iluminou, o gelo em seu rosto derretendo um pouco. Ele sorriu levemente:- Se quiser me agradecer, apenas faça menos comidas ruins.- Vou fazer um curso de culinária! Com o seu dinheiro!Carolina percebeu que os documentos que Henrique trouxe eram bastante complexos, especialmente com muitos termos financeiros, tornando a tradução desafiadora.Depois de traduzir duas páginas, ela se deitou na mesa para descansar os olhos, mas acab
Meia hora depois, Carolina apareceu segurando a mão de Julia diante de todos, e um olhar de surpresa cruzou os olhos de Henrique.Sabia-se Todos sabiam que Julia sempre foi mimada desde criança. Embora não fosse má por natureza, ela tinha um temperamento um tanto agressivo, especialmente com estranhos.Olhando assim, essa mulher ainda tinha muitos méritos...Pelo menos, ela conseguia fazer com que as crianças gostassem dela.Em seguida, Julia girou na frente de todos, mostrando seu novo penteado. Era um método de trançar o cabelotipo de trançado diferente, dividindo -o cabelo em duas grandes mechas e, penteandotrançando-as simetricamente e pendurando-aspara que pendessem ndos dois lados da cabeça, tornando-a inocente e vivaz como um "pequeno anjo", adorável demais.- O trançado de Julia ficou muito bonito, Carolina. Você tem essa habilidade, muito bem, muito bem. - Rodrigo elogiou sem parcimônia.- Sim, a esposa de Henrique é muito habilidosa. EM mulheres habilidosas geralmente também
- Não se preocupe, já chamei um carro pelo aplicativo. - Carolina sorriu ligeiramente para ele.- Tudo bem. - Lucas não disse mais nada e acenou.: - Até quarta-feira.Quarta-feira era o dia da próxima aula.- Até quarta, então.Carolina observou ele se afastar, largou a sacola e pegou o celular para chamar um Uber.Lucas acabava de chegar à garagem subterrânea quando recebeu uma ligação de Diego.- Tio, eu e Beatriz vamos fazer a festa de noivado mês que vem, você tem que vir.- Beatriz é aquela namorada que você conheceu na universidade?Houve uma pausa do outro lado da linha, e então veio a resposta:- Não, tio, nós já terminamos.Lucas não reagiu, pois era normal que jovens namorados se separassem e se reconciliassem.Ele concordou e prometeu que estaria lá naquele dia.Diego desligou o telefone e disse a Beatriz:- Meu tio prometeu que virá. Apresentarei você a ele. Ele é uma figura importante no mundo das finanças.Beatriz assentiu, seus olhos cheios de expectativa:- Tive a ho
Henrique chegou em casa do trabalho e viu Carolina na cozinha, cortando fatias de batata com uma faca. As batatas pareciam ter uma grande inimizade com ela, quase sendo reduzidas a purê de batata.- Quem te irritou?A mão de Carolina, segurando a faca, parou. Ela virou-se para olhar Henrique com uma expressão enigmática:- Um idiota. Sim, esse idiota é o seu “sobrinho” irresponsável!Henrique a olhou sem entender e foi lavar as mãos no andar de cima.O jantar seria sanduíches e frango frito.- Inscrevi-me em um curso intensivo de culinária. Experimente e veja como está o resultado das aulas!Henrique comeu um pedaço do sanduíche:- Não é diferente do que era alguns dias atrás.- Só estudei por um dia, está bem? Espere um mês e garanto que vai se surpreender.- Estou ansioso para ver.Embora Henrique dissesse que não estava saboroso, na verdade comeu bastante, devorando muitos sanduíches.Carolina foi trabalhar no quarto após terminar de comer.Não muito depois de ligar o computador, Fe