Ao entardecer, Kayra chegou ao ponto de encontro, uma base de trailers. Bruna e alguns amigos já a esperavam lá, e Marcos também apareceu, trazendo consigo um farto lanche, que entregou nas mãos de Kayra ao vê-la.Kayra se sentiu um pouco constrangida, mas aceitou os pacotes e apresentou Marcos aos amigos. Juntos, partiram no trailer em direção à Montanha do Mar de Nuvens.Com Kayra ao volante, Bruna se acomodou confortavelmente no banco do passageiro, degustando os petiscos que Marcos trouxe, e comentou:— Olha, esse Marcos sabe escolher bem o que compra.Kayra lançou a ela um olhar e disse:— Depois, vou contar a ele que você devorou tudo e achou delicioso.Bruna soltou uma gargalhada:— Tem certeza de que quer dividir o mesmo carro comigo à noite? Não vai dar nem uma chance para o Sr. Marcos? Ele parece tão adoravelmente desajeitado.— Guarde sua adoração para si mesma. — Retrucou Kayra.— Mas também é verdade, você já conhece bem os dois do Grupo Ramos, o Enrico, que gosta de soss
Marcos realmente não estava interessado em ver as estrelas cadentes, seu único desejo era ver Kayra. Contudo, durante toda a noite, Kayra permaneceu ao lado de seus amigos, e ele não teve sequer a oportunidade de trocar uma palavra com ela. Ao término da chuva de meteoros, Marcos voltou ao seu trailer, desolado. Não entendia o motivo, mas parecia que, ao projetarem os estacionamentos, tinham colocado seu trailer o mais distante possível do de Kayra, o dele estava na entrada, o dela, no extremo oposto. Refletindo sobre a atitude distante de Kayra para com ele, seu coração ficava inquieto. No entanto, ao apertar a pequena caixa que carregava no bolso, se sentia um pouco mais confiante... Nesse momento, se ouviu uma batida à porta: — Marcos! Marcos! Era a voz de Kayra! Ele estava prestes a reunir coragem para procurá-la, e para sua surpresa, ela já estava ali. Marcos, emocionado, quase saltou do sofá para abrir a porta. Assim que Kayra entrou, ele perguntou: — Você est
Do lado de fora do carro, a uma boa distância, dois carros pretos estavam estacionados em um esconderijo. Sua cor discreta se fundia perfeitamente com a escuridão da noite. Um guarda-costas vestido de preto se aproximou respeitosamente da porta do carro traseiro e disse:— Srta. Verônica, as portas e janelas estão trancadas. Eles não conseguirão abrir por dentro.— E o celular? — Perguntou Verônica, com um brilho astuto nos olhos, querendo garantir que não houvesse falhas.— Fique tranquila, Srta. Verônica. — Respondeu o guarda-costas com confiança. — O celular do Marcos está conosco, e eu instalei um bloqueador de sinal perto do trailer dele. Mesmo que a Kayra tenha um celular ou outro dispositivo de comunicação, ela não conseguirá pedir ajuda. Garanto que ela não sairá do trailer do Marcos esta noite!— Ótimo! — Verônica sorriu com satisfação, os lábios se curvando de forma sinistra....Dentro do trailer de Marcos, Kayra tentou se acalmar e contou ao Marcos o que havia acontecido.
— Você sabia que a densidade do diamante é alta o suficiente para cortar vidro? — Kayra também se levantou e disse a Marcos. — Embora não tenhamos um martelo agora, temos copos, pratos, uma chaleira e meu celular no carro. Todos esses itens podem quebrar o vidro, mas o vidro da janela do trailer é muito duro. Sem algo realmente afiado para liderar o caminho, provavelmente não funcionará.— Eu entendi!Marcos, ganhando confiança com sua sugestão, fez como Kayra disse e desenhou um X cruzado na janela do carro com o diamante, depois repetidamente aprofundou a profundidade do X.Depois de um tempo, Marcos olhou para as rachaduras no vidro e disse:— Está quase bom, podemos tentar quebrá-lo com outras coisas.Kayra o impediu, dizendo:— Espere um pouco mais.— Esperar pelo quê?— Acabamos de ficar presos, as pessoas da Verônica definitivamente estão nos observando de perto. Vamos esperar um pouco mais, até que eles pensem que não temos saída.Marcos concordou:— Você pensa em tudo.Assim,
Kayra ficou paralisada por um momento. Os sentimentos em seu coração surgiram mais rapidamente que seus pensamentos, aquela sensação de aperto era algo que ela nunca tinha experimentado antes. Enrico, percebendo que ela mantinha os olhos imóveis e exibia uma postura tensa, pensou que ela estivesse assustada e suavizou o tom de voz:— Não se preocupe, acho que não era uma cobra venenosa...— Está bem.Kayra apertou os lábios e, inconscientemente, segurou o braço forte de Enrico. Por um instante, Enrico também se surpreendeu, sentindo pela primeira vez que uma mulher realmente dependia dele. Hesitou um pouco e então a levantou nos braços. Mesmo através das camadas de roupa, ela podia sentir o batimento cardíaco forte dele e o calor de seu peito. Uma sensação de segurança a fez se aproximar inconscientemente, abraçando firmemente seu pescoço, aninhada em seus braços.O canto dos lábios de Enrico se elevou involuntariamente:— Vamos, vou te levar para o hospital.De repente, Kayra se l
Lavínia tinha algo para dizer a Kayra, mas, percebendo que estava atrapalhando os assuntos sérios dos jovens, acenou apressadamente com a mão, dizendo:— Não é nada, continuem vocês!— Vovó, o que você realmente queria dizer? — Perguntou Enrico, sério.— Não é nada importante. O que vocês estão fazendo é mais importante, continuem, tchau! — Depois de falar, a ligação foi desligada subitamente."Agora, o mais importante com certeza é ter bisnetos o quanto antes!"— Aiai, vovó...Ao ver Kayra colocar o celular de lado, Enrico tomou a iniciativa para aliviar a atmosfera:— Verônica e seus homens estão sob meu controle. Como você quer lidar com isso?Kayra pensou por um momento e disse:— Por enquanto, deixe-os em paz, não precisa fazer nada.Enrico ficou um pouco surpreso:— Você quer dizer, deixar para lá?— Claro que não. — Os olhos de Kayra brilharam.— Então, o que você planeja fazer? — Ele perguntou, curioso.— O mesmo de antes.Enrico pensou um pouco e continuou:— Usar as táticas d
— Coloque o cinto de segurança.Kayra virou a cabeça, tentando aliviar o clima constrangedor.Enrico zombava do rubor em seu rosto enquanto se acomodava na cadeira.— Quer saber o que acabei de desejar? — Perguntou ele, tomando a iniciativa.Instintivamente, Kayra percebeu um tom sedutor e provocativo em sua voz. Ela não queria cair na armadilha, então simplesmente fechou os olhos:— Desejos não se realizam quando são revelados. Estou um pouco cansada, vou dormir.Era possível simular estar dormindo dessa maneira direta, mas Enrico ao seu lado quase não conseguiu conter o riso.Kayra pretendia apenas fingir, mas acabou adormecendo de verdade, só acordando quando chegaram ao hospital.O médico examinou seu ferimento e informou que a cobra não era venenosa. O entorse no pé também não era grave e, após desinfetar a ferida, não havia mais com que se preocupar.Já era tarde e, vendo Kayra exausta, Enrico decidiu que ela passasse a noite em um quarto VIP do hospital.Na manhã seguinte, quand
Alta costura, grandes marcas, e, ainda assim, pontos de interesse tão enfadonhos. Kayra franzia levemente a testa sempre que essas socialites com focos estranhos se reuniam, sentia como se uma brisa gelada soprasse, criando uma atmosfera fria e desagradável. Ela não queria se envolver naquele estranho círculo social, temendo que isso diminuísse seu intelecto. Mas Verônica insistia em ditar o ritmo, fazendo com que Kayra, relutantemente, pegasse o tema:— Eu acho que, educadas sob a nobreza de uma elite, todas vocês deveriam saber o que é verdadeira nobreza, sem que eu precise gastar palavras.— Sim, sim, claro que sabemos o que é nobreza, pois nossa própria origem é nobre. Não precisamos que você nos ensine. — Disse Verônica com arrogância. — Não fuja do assunto, estamos realmente curiosas: de que marca é o vestido que você está usando? Não hesite em nos dizer.Verônica continuava a insistir nesse ponto, enquanto Kayra notava que as outras só tinham interesse nessa questão, fazendo