Capítulo 20Após se afastarem da confusão da festa, Adrian e Helena encontraram um lugar tranquilo no jardim, longe dos olhares curiosos. A brisa fresca ajudava Adrian a se acalmar enquanto eles trocavam olhares e palavras mais suaves. De vez em quando, ele se inclinava para dar um ou outro beijo em Helena, mais calmo, mas ainda protetor.— Você ficou tão bravo com aquele cara — comentou Helena, sorrindo de leve, mas ainda sentindo a intensidade do momento anterior.— Não gosto que tentem cruzar o meu caminho, principalmente quando se trata de você — respondeu Adrian, passando a mão pelos cabelos dela com carinho. — Mas estou melhor agora.Antes que pudessem conversar mais, um garçom elegante se aproximou discretamente e avisou que o jantar beneficente seria servido em breve. Adrian olhou para Helena e sorriu.— Vamos? É hora do jantar.Helena assentiu, curiosa com o que estava por vir. Eles voltaram para o salão, onde as mesas estavam impecavelmente postas, com arranjos de flores e t
Capítulo 21Os ladrões foram finalmente levados pela polícia, algemados e jogados no carro de patrulha, enquanto Adrian e Helena observavam de longe. O segurança se aproximou, levemente ferido, mas ainda firme, e fez uma pequena reverência para o casal.— Está tudo sob controle agora, senhor — disse o segurança, com uma expressão séria.Adrian assentiu em agradecimento, ainda com os pensamentos tomados pelos eventos anteriores. Ele abriu a porta da limusine para Helena, que entrou de maneira elegante, como se nada tivesse acontecido. Adrian se permitiu um último olhar para o cenário caótico antes de entrar no carro ao lado dela.O silêncio dentro da limusine era confortável, mas cheio de tensão. Helena cruzou as pernas de forma natural, deixando a fenda do vestido revelar mais uma vez sua perna. Adrian não conseguia desviar o olhar, sua mente ainda presa à forma como ela tinha desarmado os assaltantes com uma mistura de destreza e sedução.— Impressionado? — Helena perguntou de repent
Capítulo 22Então ele foi direto ao ponto:— Onde você guarda a caixa de primeiros socorros? — perguntou com a voz firme, mas ao mesmo tempo suave.Helena, surpresa pela preocupação dele, hesitou por um segundo antes de responder:— No armário do banheiro... segunda prateleira.Adrian não perdeu tempo e foi até o banheiro, encontrando a caixa de primeiros socorros.Ele começou pelo braço, onde havia um pequeno corte. Limpou a área com delicadeza, mas firme o suficiente para garantir que não ficasse nenhuma sujeira. O silêncio entre eles era preenchido apenas pelo som da gaze e dos frascos de antisséptico. Helena observava os movimentos de Adrian, seus dedos firmes e hábeis, e por um breve momento, ela se perguntou como alguém como ele, sempre tão calculado e meticuloso, poderia ser tão gentil.— Não está doendo, está? — ele perguntou de repente, interrompendo os pensamentos dela.— Não, está tudo bem.Adrian então olhou para o pé dela, onde o dedo mindinho estava levemente machucado.
Capítulo 23Adrian sentiu seu coração acelerar. Seu autocontrole, normalmente tão impenetrável, estava se desfazendo rapidamente. Ele segurou o rosto de Helena com carinho, seus olhos se encontrando com os dela, como se estivessem mergulhando um no outro, e por um momento, o mundo ao redor pareceu desaparecer. Helena, sentindo o calor daquele toque e a intensidade no olhar dele, tomou uma decisão. Com delicadeza, afastou as mãos dele do seu rosto, dando um passo para trás. Havia uma suavidade em seu gesto, mas também uma firmeza, como se ela estivesse no controle. Em silêncio, ela deslizou as mãos para o cinto de seu sobretudo e o abriu lentamente, revelando o que estava por baixo.Adrian prendeu a respiração quando viu o que ela usava. Não era uma lingerie qualquer, era algo projetado para incendiar os sentidos, uma peça sensual que provocava todos os instintos mais primitivos. O tecido abraçava o corpo de Helena de uma maneira que acentuava cada curva, cada detalhe, como se tivesse
Capítulo 24Helena intensificava seus movimentos, sugando com mais vontade, enquanto Adrian se esforçava para manter o controle. Ele jogou a cabeça para trás, os dedos afundando no estofado do sofá. Cada toque dos lábios dela era uma mistura de prazer e tortura, uma tensão deliciosa que crescia a cada segundo.Seu corpo tremia levemente, e ele sabia que estava perto do limite. Mas resistia. Ele queria prolongar aquele momento, queria sentir o máximo possível daquilo que ela estava proporcionando. Seus testículos se contraíam de forma involuntária, o corpo reagindo à maneira como Helena o dominava.Ela parecia perceber o estado dele, sentindo os músculos de Adrian se enrijecerem. Isso a fez continuar, com uma intensidade ainda maior, determinada a levá-lo ao êxtase. Seus olhos se levantaram por um breve momento, apenas para ver a expressão de completo abandono no rosto dele, o que a deixou ainda mais provocadora.Adrian estava à beira de perder o controle. Cada toque, cada carícia dos
Capítulo 25Às duas em ponto, Adrian já estava na advocacia, sentado na sala de espera com o olhar fixo no relógio. A cada minuto que passava, a ansiedade parecia aumentar. Ele não sabia exatamente por que estava tão inquieto, afinal, era apenas um contrato. Mas algo nele estava diferente desde a última vez que vira Helena.Quando finalmente a porta se abriu e ela entrou, vestida com um elegante sobretudo, os olhos de Adrian se arregalaram. Sua mente imediatamente voltou ao sonho erótico que tivera na noite anterior, aquela imagem dela de salto alto e o casaco delineando suas curvas. Ele tentou afastar os pensamentos, mas seu corpo reagiu de imediato, o deixando empertigado na cadeira.Helena caminhou com confiança, embora estivesse um pouco nervosa. Ela notou a forma como Adrian a olhava, mas decidiu ignorar por enquanto, focando na seriedade da situação.— Desculpe a demora — ela disse calmamente, enquanto se aproximava da mesa onde ele estava.— Não, você está no horário — Adrian r
Capítulo 26Durante aquela semana, Helena mal teve tempo para respirar. O trabalho a consumia, e quando Adrian ligava para sugerir saírem, ela recusava educadamente, sempre com a mesma desculpa de estar exausta. Adrian, por outro lado, não conseguia entender por que se sentia tão incomodado com as recusas. A cada "não" de Helena, ele sentia uma pontada de frustração, algo que não combinava com a lógica fria que sempre aplicara àquele acordo. Afinal, em poucos dias, estariam casados, e tudo se resolveria. Ou pelo menos deveria.Adrian franziu o cenho enquanto pensava nisso. Por que estava tão abalado com a distância que ela colocava entre eles? O casamento seria apenas uma formalidade para atender às exigências de sua situação profissional e pessoal. Nada mais. Não havia emoções reais envolvidas. Ou será que havia?Sentindo-se desconcertado, pegou o telefone e, sem pensar muito, ligou para a mãe. Talvez a visita à família o ajudasse a se reconectar com a lógica que sempre governara sua
Capítulo 27Helena piscou lentamente, despertando do seu sono justo no momento em que a aeromoça estava voltando com os jantares. Ela observou a cena por alguns segundos, ainda meio sonolenta, mas o suficiente para captar o olhar sugestivo que a mulher lançava para Adrian enquanto colocava o prato dele na mesinha.— Aqui está, senhor Turner, seu filé mignon ao ponto — disse a aeromoça, inclinando-se um pouco mais do que o necessário enquanto ajeitava o prato diante dele. — Se precisar de mais alguma coisa, estou à disposição.Adrian, que até então estava distraído com seus pensamentos, apenas assentiu rapidamente, sem notar o olhar persistente da aeromoça. Foi então que Helena, agora completamente desperta, pigarreou, atraindo a atenção dos dois.— E para a senhora? — a aeromoça perguntou, ajeitando-se rapidamente, percebendo que Helena estava acordada.— Salada com frango grelhado, imagino — Helena respondeu, sua voz calma, mas com um leve tom de ironia ao olhar diretamente para a ae