Nuria
Ele entrou no quarto como um furacão silencioso.
Os traços de sangue que não eram dele.
E aquela expressão... fechada. Séria. Selvagem.
Mas com um sorriso. Um sorriso lento, sombrio e faminto que me acertou direto entre as pernas.
Minha loba surtou.
O lobo dele exalava poder. Cheiro de sangue, domínio e vitória.
E mesmo assim... mesmo assim ele ainda era meu.
Ainda era ele.
"Conseguiu o
NuriaAcordei com o corpo inteiro dolorido.Mas era uma dor boa. Uma dor quente. Uma lembrança viva de tudo o que aconteceu na noite anterior.Stefanos não apenas me tomou, ele me reivindicou com a fome de quem esperou uma vida inteira por aquilo. Seus toques foram firmes, decididos, e ao mesmo tempo delicados, quase reverentes. Ele me adorou como se cada centímetro do meu corpo fosse sagrado, como se cada gemido meu fosse uma oferenda que ele ansiava receber. Me amou como se o mundo estivesse prestes a acabar e aquele fosse nosso único instante. Como se o tempo tivesse parado só pra nós.Nos braços dele, eu não fui uma sobrevivente. Fui uma loba. Fu
NuriaEle deslizou os dedos pelo meu quadril nu, traçando caminhos invisíveis que faziam minha pele arrepiar como se ainda sentisse o corpo dele me adorando. Seu toque era calor. Era força. Um lembrete vivo de tudo que vivemos naquela cama — da forma como ele me reivindicou, me amou, me fez dele em todos os sentidos.Stefanos se inclinou sobre mim, os lábios quentes tocando meu ombro com um beijo firme, antes de subirem até a minha boca com a mesma reverência de antes."Preciso resolver os detalhes da nossa união com o ancião," murmurou contra minha pele. "Vou mandar entregarem um vestido pra você."Sorri, ainda deitada,
StefanosA sala mergulhou num silêncio carregado de tensão, mas dentro de mim… o caos rugia.Os olhos prateados do meu lobo encararam o conselheiro como se já o vissem morto. Ele ousou.OUSOU.Entrar aqui. Na Boreal. No meu domínio. E me dizer queeunão podia me unir à minha Luna?Os dois lobos que o acompanhavam se moveram um passo, como se tentassem conter minha aproximação. Má ideia.Eu fui mais rápido que o pensamento.A primeira cabeç
StefanosA luz dourada do Laço da Deusa ainda pairava no ar quando segurei a mão de Nuria, sentindo a pele quente e firme entre os meus dedos. Ela era minha. Oficialmente. Espiritualmente. Para sempre.Mas mesmo com a energia da Deusa ainda nos envolvendo, eu sabia o que viria a seguir. Sabia que a resposta do Supremo não seria silenciosa. Nem branda. A marca no peito do conselheiro, ainda sangrando, era apenas o início.Levei Nuria para fora da sala de rituais com a mão em sua cintura, e no caminho, sussurrei junto à sua orelha:"Você está bem, Ruína?"Ela assentiu, mas seu corpo estava tenso."Estou... mas temo que estamos pagando um preço muito alto."Parei, a virando para mim e segurei seu rosto com ambas as mãos, os olhos fixos nos dela."Não pedimos por isso. Já entendi que o
StefanosA sala de estratégia ainda exalava tensão quando ergui a mão, encerrando oficialmente a reunião.Todos os presentes começaram a se dispersar, cada um com suas ordens claras: proteger, reforçar, recrutar, preparar. A guerra tinha sido declarada, mesmo sem um confronto direto, sabíamos que os primeiros movimentos já estavam sendo planejados por quem estava do outro lado."Rylan," chamei, antes que ele cruzasse a porta.Ele parou de imediato, olhos atentos, postura ereta como sempre. Meu braço direito não precisava de muitas palavras para entender quando a conversa precisava ser privada.
SolonA sala do Supremo era um santuário de silêncio. Luxuosa, fria e intimidante, como o próprio dono dela. As janelas iam do chão ao teto, emoldurando um céu nublado que parecia prever o que estava por vir.Ele estava de pé diante do vidro, as mãos cruzadas nas costas, observando o horizonte como se o mundo fosse seu jogo... e cada lobo, apenas uma peça a ser sacrificada quando necessário.E talvez fosse."Você me chamou, meu lorde?" perguntei, controlando o tom, buscando soar reverente mesmo com a fúria latente que borbulhava por baixo da pele.Ele não
NuriaA cozinha da mansão estava uma bagunça organizada, cheia de aromas, risadas abafadas e passos rápidos cruzando o piso polido. Panelas borbulhavam, assadeiras iam e vinham, e Teodora soltava ordens com a naturalidade de quem já fazia aquilo há séculos.No meio de tudo isso… Jenna.Sentada no canto da bancada com uma faca de legumes em uma mão e uma maçã na outra (que claramente era só desculpa pra ficar ali), ela falava mais do que cortava. Mas eu a conhecia o suficiente pra saber quando algo estava diferente.Tinha um brilho nos olhos dela. Um sorriso escondido nos cantos da boca.E o
StefanosO cheiro do almoço já dominava os corredores da mansão quando eu e Rylan cruzamos o saguão em silêncio. Havíamos acabado de sair da sala de estratégia, onde cada palavra dita ainda pulsava em nossos pensamentos como um tambor de guerra.A sala de jantar estava iluminada pela luz do sol da tarde, que atravessava as janelas e caía sobre o chão de mármore como um lembrete cruel de que, apesar do caos lá fora, ali dentro a rotina ainda tentava resistir.Por um instante, aquilo me pareceu paz.Mas meu lobo sabia: era apenas o olho do furacão.Rylan ca