Ângelo pensou que Íris estava aprontando algo de novo, não levando seus avisos a sério. De repente, ele sentiu uma pontada no tornozelo. Ao olhar para baixo, viu uma cobra preta, com cerca de dois dedos de largura, erguendo a cabeça e exibindo sua língua vermelha, ameaçadoramente direcionada para ele. - Merda! – Xingou Ângelo, com a testa franzida, sentindo claramente os músculos ao redor do tornozelo adormecerem aos poucos, tornando difícil para ele ficar de pé. Ele rapidamente colocou Íris atrás dele, dizendo com uma expressão fria e determinada. – Vou distrair essa cobra, aproveite a oportunidade e saia!- Você foi mordido? – Perguntou Íris, apertando os punhos, nervosa. – Essa cobra tem um anel de prata em volta do pescoço e vive em áreas úmidas como esta o tempo todo. Seu veneno é muito forte, não se mova mais para evitar a propagação do veneno! - Se quiser sobreviver, cale a boca! – Ângelo estava sendo ensurdecido pela mulher. Na sua opinião, além de irritar ainda mais o ré
- Umm... Os lábios do homem, como lava derretida, muito quentes.Íris ficou com a mente em branco, como se tivesse sido hipnotizada, permitindo que ele dominasse ela.Não era a primeira vez que ele beijava ela, mas era a primeira vez tão apaixonado, tão ardente.Tão intenso que ela também se deixou levar, respondendo por instinto...Quando a paixão atingiu o ápice, Íris abriu os olhos discretamente, espiando o rosto dele durante o beijo.O homem tinha os olhos fechados, os cílios longos ligeiramente curvados, características faciais frias e nobres, verdadeiramente uma obra divina.As sobrancelhas profundas, o nariz alto, a linha da mandíbula perfeita e os lábios finos e sensuais... Era de enlouquecer!Quatro anos atrás, ela tinha sido cativada por esse rosto bonito.Quatro anos depois, ela ainda se rendia a ele a cada minuto!No escuro, alguém tossiu de forma constrangido.- Chefona Íris, vocês já terminaram de se beijar? Eu e o assistente Marcelo estamos esperando há muito tempo. – L
O grupo de pessoas, liderado pelo Rafael que Íris havia esperado a noite toda, finalmente chegou.- Srta. Íris, minha filha foi muito imprudente, já puni ela com um mês de confinamento. Espero que você possa entender e perdoar sua imprudência. – Rafael pediu desculpas com sinceridade, seu rosto transbordando de culpa.- Eu tive sorte e escapei ileso, mas meu marido... – Disse Íris, enquanto olhou para a sala onde Ângelo estava, seu dedo se apertando de leve. Embora ele tivesse escapado do perigo de vida, ela ainda se preocupava com as possíveis sequelas do veneno acumulado em seu corpo. Ela estava preocupada com ele e se culpava um pouco também. Se não fosse por sua tentativa de usar essa artimanha para garantir a cooperação entre o Grupo Nunes e o Grupo TX, Ângelo não teria sofrido. Ela poderia aproveitar a situação para fazer algumas exigências a Rafael, mas... Ela simplesmente não conseguia.Bernardo, ao contrário de Íris, não hesitou em ir direto ao ponto: - Se pedir desculpas
Íris franzia a testa, nervosa, olhando para o médico e dizendo:- Por favor, diga.- Devido à força do veneno da cobra, pode causar perturbações no sistema nervoso central, então nos próximos dias o Sr. Ângelo pode apresentar paralisia nos membros e incapaz de se mover. Vocês dois não precisam se alarmar quando isso acontecer. Não é paralisia, é apenas temporário até que o veneno seja eliminado. – Explicou o médico.- Paralisia nos membros? – Exclamou Íris. Ela ainda estava processando essas palavras quando o tumulto veio da sala.- Saiam! Todos vocês, saiam daqui e não me toquem! – Gritou Ângelo, com raiva.Ele já estava acordado, sua voz raivosa ecoando pelo corredor.Íris e o médico correram para a sala. Lá estavam algumas enfermeiras jovens, todas hesitantes em entrar.- O que está acontecendo com vocês? O paciente acordou e vocês não vão cuidar dele? Estão pensando em desistir do trabalho? – Repreendeu o médico, com seriedade.A pessoa deitada ali é ninguém menos que Ângelo, o re
Ao ver a expressão desolada do homem, Íris teve que lutar contra a vontade de rir. Hahaha, como as coisas mudavam! O grandioso e arrogante Ângelo agora estava nesse estado miserável, e ela não podia deixar passar essa oportunidade de provocar ele.Íris baixou os olhos, tentando parecer séria e dizendo:- Sim, imprevistos acontecem, Sr. Ângelo, você precisa aceitar isso! Ângelo fechou os olhos, resignado, dizendo: - Saia, eu quero ficar sozinho. - Mas é claro que não! Você ficou assim por minha causa, então eu tenho que ficar ao seu lado, não importa o que aconteça. – Insistiu Íris.A gentileza de Íris foi recebida com a rejeição implacável de Ângelo: - Não é necessário! - Você tem certeza? – Perguntou Íris.- Saia! – Respondeu Ângelo, com frieza, sua voz soando como se viesse de uma caverna de gelo. – Eu não quero ter que repetir isso.Então o celular de Ângelo começou a tocar, persistentemente. Como se fosse continuar tocando para sempre se Ângelo não atendesse.- Então, Sr. Ân
- Você estava tão determinada a ficar ao meu lado antes, e agora está desistindo? – Questionou Ângelo, rindo com frieza, resignado. – Se quiser ir embora, vá. Me deixe sozinho para enfrentar meu destino. Afinal, do jeito que estou agora, seria melhor estar morto. Íris era do tipo que se comovia com gentileza, e com Ângelo falando dessa maneira, seria impensável para ela simplesmente ir embora.- Tudo bem, eu vou cuidar de você. Não vou recusar dinheiro fácil! – Disse Íris, despreocupada.No fundo, Ângelo estava nessa situação por causa dela e Íris não suportava dever favores a ninguém. Se ela abandonasse ele agora, sua consciência não deixaria ela em paz. Além disso, seriam apenas três ou cinco dias, ela poderia suportar.- Esta é sua escolha, eu não estou te forçando. – Disse Ângelo, arrogante.- Sim, sim, eu estou sendo estúpida. Não tenho nada para fazer, estou mais do que disposta a servir como uma empregada para você, está satisfeito agora? – Retrucou Íris.Ela revirou os olhos,
- Isso... Isso vai começar agora? – Perguntou Íris.Ela olhou para o homem imóvel na cama e depois para os médicos e enfermeiros com sorrisos profissionais. Ela sentiu como se estivesse se jogando em uma armadilha, como se estivesse se colocando em uma situação desconfortável e constrangedora.- Não começar significa que você quer esperar o veneno se espalhar pelo meu coração e cérebro, e então me deixar morrer? – Zombou Ângelo, em tom frio, deixando Íris sem palavras.- Um homem e uma mulher não deveriam ter esse tipo de intimidade... Isso não é um pouco inadequado para mim? – Recusou Íris.Íris parecia envergonhada e queria sair correndo a qualquer momento.Normalmente, ela nem segurava a mão desse cara e agora tinha que se esfregar nele... Era sufocante só de pensar nisso!- Mas é claro que não, Sra. Dellamonica. Você é a esposa do Sr. Ângelo, quem seria mais apropriado do que você? – O médico estava confuso com a preocupação dela.- Quero dizer, eu não tenho experiência como enferm
Íris, com o rosto ainda vermelho de vergonha, rapidamente recuou.- Peço desculpas, peço desculpas! – Disse Íris, enquanto ergueu as mãos em sinal de rendição.Ângelo estava calmo, nem frio nem calor, dizendo:- Não importa, afinal de contas, agora sou seu prisioneiro. - O quê... – Exclamou Íris.Que situação embaraçosa! Ela nunca se sentiu tão envergonhada na vida.Naquele momento, tudo o que Íris queria era cavar um buraco e se enterrar para sempre, sem nunca mais sair!Ela não percebeu que os lábios frios de Ângelo se curvaram em um sorriso de interesse.Nos próximos dias, Íris relaxou bastante.Como dizia o ditado, a prática levava à perfeição.Depois da primeira experiência constrangedora, cuidar de Ângelo ficou tão fácil quanto pegar um atalho, como se ela pudesse fazer o que quisesse.Íris pensou que, como ele não tinha sensibilidade em seu corpo, poderia fazer o que quisesse durante a limpeza. Então, por que ser educada?Assim, quando chegou a hora de tocar, não faltaram toque