Xavier saltou com tanta força que assustou Davi, que já estava tremendo, e ele gaguejou:- Pequeno, você... Você acordou?Xavier revirou os olhos com impaciência e ordenou com uma expressão séria:- Seu tolo, eu já estava acordado há muito tempo. Preste atenção à frente, acelere, vire completamente à esquerda e siga em frente, ou estamos acabados!Ele pretendia fingir que estava dormindo, mas quem diria que esse tio seria tão irresponsável, sabendo que o carro adversário estava desviando e ainda hesitando sem aumentar a velocidade para ultrapassar, o que o deixou desesperado.- Ah, isso?Davi, chocado com a reação de Xavier, ficou com a boca aberta. Observando a situação à frente, ele realmente deveria seguir as instruções do pequeno.Ele não pensou muito e, segurando firme o volante, disse:- Vou acelerar e virar agora, se segure!O som do acelerador “rugindo” ecoou por todo o porto. O carro virou à esquerda numa brecha e estava prestes a passar, mas justamente nesse momento crítico,
O homem de um olho só simplesmente não acreditava no que Xavier dizia e estava gradualmente perdendo a paciência. Com as mãos, como quem segura um frango pelo pescoço, ele agarrou a gola da camisa de Xavier e ameaçou ferozmente:- Melhor você se comportar, garoto, ou vou te bater também!- Solte, solte agora! - Davi, se esforçando para se levantar, tentou impedir o homem de um olho só, mas foi jogado para longe com um soco.- Me solte, senão você vai se arrepender! - Xavier se enfureceu, encarando suas pernas, resistindo desesperadamente, se recusando a entrar no carro do homem de um olho só.- Chato pra caramba, esse moleque, merece apanhar! - O homem de um olho só estava prestes a dar um tapa em Xavier, quando, de repente, um veículo todo-o-terreno pesado veio voando em alta velocidade, atingindo diretamente seu carro e lançando-o longe.- Caralho! Quem está dirigindo...O homem de um olho só amaldiçoou até que, ao ver a placa do carro, suas pernas fraquejaram e ele caiu de joelhos,
Xavier, com a postura de um pequeno adulto, segurou o queixo e franzindo a testa, refletiu seriamente por um bom tempo antes de se erguer na ponta dos pés para segurar a mão do Sr. Q, dizendo com formalidade:- Já que você reconhece seus erros, ainda podemos ser amigos. É um prazer conhecê-lo, por favor, me ensine mais.O canto da boca do homem, geralmente frio como gelo, se ergueu involuntariamente um pouco, e seu corpo se inclinou involuntariamente, se aproximando do garoto, com uma voz baixa:- O prazer é meu, me ensine também, por favor.Xavier, para sua altura de uma criança de quatro anos, já se destacava, mas perto de um homem de quase um metro e noventa, ele ainda parecia pequeno, e suas pernas não eram tão altas quanto as do homem à primeira vista.A disparidade de altura entre eles, um alto e outro baixo, criava um contraste visual marcante, despertando uma sensação inegavelmente encantadora.As pessoas ao redor, incluindo Davi, ficaram estupefatas.Por um lado, surpreendidos
O carro chegou rapidamente à famosa Casa dos Tesouros, descrita como uma caverna de Aladim, repleta de maravilhas e relíquias de todo o mundo, incluindo antiguidades e criaturas exóticas. Entretanto, o espaço ocupado pelo estabelecimento era modesto, consistindo em uma pequena mansão simples e desprovida de muitos guardas, aparentando ser apenas mais um quintal comum na vizinhança.Ao estacionar na garagem do local, o Sr. Q, com uma calma zombeteira, se virou para Xavier e indagou:- Tem certeza de que deseja entrar comigo? Assim que pisar na Casa dos Tesouros, seu destino não estará mais em suas mãos.- Sou apenas uma criança, o que eu digo não conta muito, mas se meu destino pode ser decidido por você, teria que consultar minha mãe. - Xavier piscou os olhos grandes e brilhantes com energia. Ele era hábil em usar sua identidade infantil para manter o controle, sendo mais astuto que muitos adultos.- Sempre sua mãe! - O homem respondeu, seus dedos longos tamborilando despreocupadamente
- Então...Xavier girou os olhos, ponderando internamente. Ele definitivamente não podia permitir que essa pessoa descobrisse que era filho do vilão Ângelo, isso comprometeria totalmente sua credibilidade como subordinado de sua mãe.Assim, com extrema seriedade, o garoto afirmou:- Meu pai é Bernardo. Você conhece Bernardo? Minha mãe diz que ele é muito poderoso, o futuro herdeiro de uma das oito grandes famílias de Cidade M, a família Costa. Minha mãe também afirma que é apenas uma questão de tempo até as famílias Monteiro e Costa unirem forças para derrotar a família Dellamonica!- É mesmo? Sua mãe é bem ambiciosa! - Disse o Sr. Q, com um tom particularmente frio e duro, como se estivesse descontente.A astuta Gisele, ela ousou enganá-lo!No entanto, independentemente de este garoto ser descendente da família Dellamonica ou não, desde que ele seja confirmado como filho de Íris, vale a pena fazer este negócio!Ele abriu a porta do carro com uma expressão inexpressiva, estendeu suas
E lá estava seu irmão inútil, deitado preguiçosamente no sofá, dormindo profundamente. As roupas e os sapatos estavam impecavelmente arrumados, até mesmo o cabelo parecia não ter se deslocado. Não era necessário adivinhar: a noite anterior tinha sido mais uma "noite sem incidentes". Ah, esses dois arrastando essa relação por quase dez anos, ainda num estado que é mais que amizade, mas menos que um romance, estava realmente a enlouquecendo!- Tosse, tosse! Vocês dois, parem de dormir, se levantem! - Nanda, exausta, entrou no quarto e, com um “swish, swish”, abriu as cortinas, enchendo o quarto de luz solar. Bernardo acordou franzindo a testa, se levantou de forma desleixada e agarrou a parte de trás da camisa de Nanda, a repreendendo:- Sua pirralha, finalmente decidiu abrir a porta, hein? Você está cada vez mais ousada, até se atreve a fazer essas piadas. Se eu não te ensinar uma lição hoje, você não entenderá a autoridade de ter um irmão!- Ah, me solte, eu só estou fazendo isso p
Bernardo e Nanda trocaram um olhar, pensando que Íris ainda estava dormindo, e decidiram atender o telefone por ela. No entanto, Íris se levantou silenciosamente e atendeu a ligação com calma.- Olá, oficial, sou Íris, Xavier é meu filho. Há notícias dele? - Após uma conversa breve, ela assentiu. - Certo, estarei aí em breve.O rosto belo de Íris permaneceu imperturbável, sem demonstrar muita emoção ao longo da conversa. Bernardo e Nanda, por outro lado, se mostravam claramente agitados.- Íris, foi a polícia que ligou? Eles encontraram Xavier? - Indagou Nanda com os olhos brilhantes.- A polícia apenas informou que detiveram a pessoa que levou o Xavier. Preciso ir até lá para obter mais detalhes. - Respondeu Íris suavemente, se espreguiçando e caminhando com casualidade até o closet para escolher uma roupa.Sua reação calma e controlada era preocupante. Bernardo, com uma expressão séria, a observou de costas e perguntou cautelosamente: - Chefe Íris, você está bem?Íris deslizou os d
O policial responsável pelo registro não pôde evitar levantar a cabeça e franzir a testa ao repreender:- A criança desapareceu há tanto tempo e vocês nem se preocuparam em avisar a polícia. Vocês, como pais, são muito negligentes. Felizmente, a criança foi esperta o suficiente para ligar para a polícia. Ainda não encontramos a pessoa, mas o suspeito de sequestro foi capturado, então a situação não é tão grave quanto poderia ser.Íris continuou acenando com a cabeça:- Sim, o oficial está certo, fomos muito negligentes como pais.No entanto, ela pensava consigo mesma:"Ai, quem será o azarado que encontrou Xavier desta vez? Se não foi sequestrado por Xavier, já é uma sorte."Antes, quando Xavier saía por conta própria, ele inevitavelmente encontrava pessoas mal-intencionadas. Cada vez, eram os vilões que acabavam ligando para a polícia pedindo socorro, depois de serem enganados por Xavier!O investigador então disse:- Este suspeito confessou o crime sem hesitar, mas se recusou a revel