No dia seguinteÍris e Nanda foram juntas a um restaurante de frutos do mar de alto padrão.- Amiga, olha, aquele é meu namorado, Davi. Não é muito bonito e charmoso? - Nanda apontou para um jovem na área VIP, falando timidamente e com doçura.Íris seguiu a direção do dedo de Nanda e viu o homem esperando ansiosamente, mexendo na roupa de vez em quando, arrumando os talheres, claramente um pouco nervoso, provavelmente valorizando muito esse encontro.- Ele realmente parece bem educado. Quem diria que no final das contas quem te conquistaria seria esse tipo? - Íris comentou surpresa e brincando.Ela sempre achou que Nanda gostava do tipo de presidente de empresa dominador e arrogante que aparece nas séries que ela assistia.Mas, o tipo educado também é bom, confiável e carinhoso, e combinava bem com a despreocupada Nanda, contanto que ele fosse realmente educado.Neste momento, o homem também as percebeu, imediatamente exibindo um sorriso caloroso e acenando animadamente.- Nanda! - Ele
Túlio tinha muitos contatos e estava bem informado em Nova York. Não era exagero dizer que, se alguém perguntasse sobre qualquer pessoa, desde mendigos até deputados, ele poderia descobrir tudo sobre essa pessoa em questão de minutos.- Davi? Eu conheço esse cara! - Túlio disse animadamente do outro lado da linha. - Me dê dez minutos e eu te mando todas as informações sobre ele.- Valeu, irmão. Vou esperar. - Íris desligou o telefone e aguardou pacientemente.Apesar de ter aceitado Davi durante o jantar, no fundo, ainda não confiava nele completamente. Ela sempre achou que pessoas perfeitas demais eram as mais assustadoras. Para garantir a felicidade de Nanda, ela tinha que investigar bem!Enquanto esperava, ela foi para a seção infantil no terceiro andar, para comprar algumas roupas para as duas crianças. Desde que teve os dois pequenos, seu maior hobby era comprar várias jaquetas e vestidinhos bonitos para eles.- Este, este e este também... - Íris comprou cinco ou seis conjuntos
- Você realmente espera que ela morra.Ângelo lançou um olhar frio para Íris, levantou Gisele, que estava inconsciente, e a colocou cuidadosamente na área de descanso ao lado.A mulher tinha perdido o controle completamente, quase estrangulando Íris.Em um momento de urgência, Ângelo golpeou a nuca de Gisele, fazendo ela desmaiar temporariamente, salvando Íris de uma situação perigosa.Ângelo avaliou que Gisele não estava gravemente ferida e que acordaria em breve, então não fez mais nada.Ele se virou e foi em direção a Íris, que ainda estava na loja de roupas infantis, e apontou para as roupinhas espalhadas pelo chão, perguntando com um tom sério:- Por que você comprou tantas roupas infantis?Íris estava agachada no chão junto com a vendedora, dobrando os vestidos e calças bonitos e colocando-os nas sacolas. Ela respondeu irritada:- Por que você se importa? Eu comprei porque são bonitas, não posso?Ângelo se agachou, pegou um par de meias listradas próximas e começou a examiná-las.
- Vem, me bata, você não é muito habilidosa? Me faça vomitar sangue ou use seu método, me estrangule até a morte! - Ângelo colocou a mão de Íris em seu próprio pescoço, com o rosto sério e tenso, sem a menor intenção de estar brincando.- Você está louco! - Íris, que estava cheia de raiva, ficou atordoada com a atitude do homem, tentando puxar sua mão de volta, completamente desconcertada. - Estou avisando que aqui tem câmeras de segurança, nem pense em me incriminar!- Então eu autorizo você a me bater na frente das câmeras, me mate ou me deixe aleijado, eu assumo a responsabilidade!- Louco, você é um louco!Íris finalmente conseguiu se soltar, recuando para longe, olhando para o homem como se fosse uma fera selvagem, sem ousar se aproximar. Ângelo, como sempre, não decepcionava. Quando ficava louco, nem mesmo se poupava. Ela estava realmente com medo dele!- Quatro anos atrás, eu te maltratei, agora estou te dando a oportunidade de revidar, mas você está desistindo dessa chance. En
Ângelo supervisionou Gisele tomar todos os remédios e depois ordenou que ela fosse se sentar na área de descanso ao lado. Gisele, sem qualquer reclamação e com o olhar vazio, voltou para a área de descanso onde estava antes e se sentou lá como uma casca vazia, sem alma, sem fazer barulho ou causar problemas. Com o rosto sério e a expressão fria, Ângelo disse: - Você ainda tem coragem de perguntar por que ela está assim? Você ainda não sabe?A raiva de Íris, que havia acabado de se acalmar, voltou a subir: - Ângelo, você pode falar direito? Se realmente acha que eu sou culpada, faça o que quiser para se vingar, mas pare com essa ironia e moralismo!Os olhos frios de Ângelo encararam os de Íris, mostrando uma tristeza profunda, enquanto ele perguntava suavemente: - Uma pequena vida foi perdida por sua causa, uma mulher foi destruída por você, você realmente não sente nenhum remorso? Realmente acha que não tem nenhuma responsabilidade?- Eu... - Íris ficou sem palavras. Como poderia
A expressão de Ângelo era de certa dor. Essas coisas, ele já tinha enterrado no passado, não queria mais mencioná-las e tinha dito a si mesmo que, pelo resto da vida, não pensaria mais nisso, apenas cumpriria sua penitência com honestidade. Mas Íris havia voltado e certas coisas não podiam mais ser ignoradas como se nunca tivessem acontecido.- Você disse que eu te odeio, e eu admito, houve um tempo em que realmente te odiava, queria te estrangular, mas o que mais odiei foi a mim mesmo. Eu não lidei bem com a relação entre vocês duas, idealizei tudo demais, reagi muito lentamente, não consegui impedir essa tragédia rapidamente...Ângelo não conseguiu continuar. Seu corpo alto se virou, e suas largas costas tremiam ligeiramente, como se estivesse forçando a si mesmo a engolir aquela tristeza.Íris raramente via aquele homem frio e arrogante em um estado tão vulnerável e desamparado, como uma criança perdida. Em sua memória, só o tinha visto assim uma vez, no funeral de seu irmão. Seu
- Eu realmente deveria dar uma olhada, de qualquer forma, a criança é inocente e a mais pobre de todas.Íris decidiu acompanhar Ângelo e Gisele ao cemitério onde a criança foi enterrada.Era na parte mais oeste da Cidade M, em um bosque de ciprestes exuberantes, com lápides espalhadas por toda parte, dando um ar um pouco sinistro.Ela estava sentada no banco traseiro do carro, olhando as árvores que passavam rapidamente, com um sentimento pesado no coração.Independentemente das rivalidades entre ela e Gisele, aquela criança era absolutamente uma vítima, um pecado do qual ela não podia fugir!O ambiente dentro do carro estava extremamente pesado, os três não falavam nada, apenas o som contínuo dos soluços de Gisele eram ouvidos.Íris, embora desprezasse Gisele, também entendia o quanto uma mãe poderia sofrer e se desesperar após passar por tais eventos!- Tome.Ela puxou um lenço e o entregou a Gisele.Gisele, com os olhos marejados, olhou para ela e depois, aterrorizada, balançou a ca
- Se sabe que é diferente, então cale a boca. Ter ou não ter filhos, com quem tê-los, isso é algo que eu vou decidir sozinho. Não preciso que você se preocupe à toa! - Ângelo disse com raiva, estacionando o carro.Íris também percebeu que estava sendo precipitada. Ângelo, esse cara, nasceu para ser dominante, acostumado a controlar tudo. O assunto de ter filhos, algo tão importante, acabou sendo tratado por uma estranha como ela. Ele definitivamente não gostou.- Bem, me desculpe, fiquei um pouco ansiosa. Não tinha outra intenção, apenas queria recomendar essa técnica, afinal você e a Srta. Gisele...- Desça do carro! - O rosto bonito de Ângelo estava extremamente sombrio, ele ordenou com um tom ameaçador.- Já chegamos?Íris olhou ao redor, obviamente ainda estavam no caminho, não tinham chegado a lugar nenhum.- Desça do carro! - Ângelo repetiu a ordem sem dizer mais nada.Era claro que ele estava mandando Íris descer do carro. Dava para ver que o Presidente Ângelo estava completam