- E por quê ele continuou o jantar se sabia que não era eu? Qual o intuito dele? Ele foi mais esperto que nós duas... Argh... - perguntou Joy.- Eu também não entendi, me esforcei tanto pra não denunciar minha identidade, não dei um deslize sequer, ou será que dei e não percebi? - falei me auto questionando.- O que importa agora é que temos que laborar outro plano, um mais infalível... - falou andando de um lado pro outro sem parar e roendo as unhas como gesto de ansiedade.Enquanto ela ficava analisando possíveis comportamentos ou atitudes que pudessem fazer Song desistir de continuar os planos do casamento ou até mesmo de nos "conhecermos" em possíveis encontros, eu ficava me questionando se era melhor eu dizer sobre o contrato ou não, só a ideia do susto que ela levou ao saber que o que planejamos não deu certo me deixava receosa de como ela poderia reagir ao saber disso.E pior ainda, ao saber que eu concordei, como eu iria explicar isso? Fiquei me indagando, a coragem vinha e vo
Logo fui me deitar, já meio sonolenta pelo dia corrido e cheio de surpresas, relembrei alguns momentos que vivi com Song, eu só esperava que fosse carência ou tentativa de superação após a traição de Ruy, que por sinal ele ainda não havia perguntado nada sobre ele, será que ele não estava curioso o suficiente? E esse contrato? Eu só queria que fosse um sonho, pois se fosse verdade, eu estava deveras ferrada. Não tinha a menor chance do meu chefe querer me conhecer e por quê? Aquela desculpa dele foi muito meia boca. Por quê ele estava sendo tão gentil comigo? Não tem como, há algo de errado... Fiquei me questionando.Em meio às minhas divagações, meu celular vibra, era mais uma mensagem... Com certeza era de Joy ainda indignada, mas na verdade era Song, abri rapidamente como nunca tinha feito na vida, quase derrubando o telefone de tanto que eu tremia:Boa noite, senhorita! Não esqueça do nosso contrato... Fiquei totalmente sem saber o que responder e na dúvida achei melhor não respo
Eram duas folhas bem explicativas, bem redigidas, só no ponto de assinar. Song pediu que eu sentasse e enquanto tomasse seu café fosse lendo vagarosamente e qualquer dúvida aproveitar para perguntá-lo. Sentei-me no sofá de frente pra sua mesa, cruzei as pernas e peguei o contrato, antes de começar a ler, ele pediu que eu me atentasse para algumas "leves" modificações que havia feito, já o olhei enfurecida, como ele podia fazer isso sem me apresentar a proposta antes?- Você não me perguntou antes se podia fazer essas modificações... - falei revoltada.- Por isso mesmo que lhe trouxe dois contratos, um ainda está comigo, o que elaboramos ontem, este que está em suas mãos tem algumas poucas alterações, talvez você concorde, caso não, podemos ficar com o outro, ok? - respondeu sempre de forma prevenida.Então passei meus olhos de forma lenta pela primeira cláusula:Estamos sujeitos a mais sete encontros, em cada um os assinantes devem falar de forma fiel algum desejo ou segredo de sua vi
Eu tinha mais que certeza que seria desafiador, minha mente estava a mil, mas meu instinto de competitividade era maior e esse contrato sem dúvidas era uma ótima oportunidade para mostrar o quão competitiva eu posso ser. Comecei a tentar organizar meus pensamentos, pensei em como seria esse relacionamento a parte, como seria esse encontro de casal, mas o que eram atitudes de casais em um encontro?Meu coração dizia que eu estava entrando numa emboscada enorme, mas minha mente estava me manipulando a aceitar isso, mostrar que eu sou mais que o tipo ideal de mulher que ele poderia se apaixonar, mas antes de tudo, que eu seria capaz de encarar esse acordo como algo "especial" igual ele está fazendo, queria descobrir também o porquê dessa decisão ridícula dele, no entanto, além das consequências que eu estaria exposta, essa adrelania de não saber o que esperar, de contar meus segredos e desejos sem me preocupar com o que ele vai achar ou não de mim, me fazia latejar de vontade.Percebi qu
Agora já era, eu estava totalmente me entrando num emaranhado de situações e bem envolvida por sinal...(1 semana depois) Como de costume, fiz minha rotina normal e parti para a empresa, cheguei no horário, arrumei a agenda de Song do dia que logo chegou, até mais cedo do que o de costume, e em pouco tempo, após me acomodar em minha cadeira na minha mesa de escritório, recebo uma mensagem de Song, foi até surpreendente porque ele poderia apenas ter interfonado já que queria algo, era até mais rápido, no entanto só vi a tela do meu telefone ligar e lá estar notificando o nome de Song. Levantei imediatamente meu rosto em direção ao seu escritório, dava pra ver tudo que ele estava fazendo de onde eu estava, pois as portas e o que separava sua sala de fora eram transparente, melhor dizendo, uma material envolvido com vidro, e lá estava ele, sentado e olhando o celular, bastante concentrado, parecia estar esperando uma notificação, mais precisamente, a minha resposta quanto a sua mensagem
Fiquei entre um pensamento e outro se deveria ou não dizer a Joy sobre nosso primeiro encontro, ela ainda não havia respondido e nem visualizado minha mensagem de resposta em relação ao contrato. Provavelmente ela estava muito zangada ou pensando em alguma possibilidade de acabar com essa farsa toda. O que ela não imagina é que a partir de agora eu terei que agir, me vestir e me comportar como eu realmente sou de verdade, sem ter que fazer toda aquela ornamentação pra esconder minha identidade.Ela ficaria doidinha ao descobrir isso, eu já teria que me preparar, estava ficando difícil minha posição, pois eu tinha que me preocupar tanto com ela quanto com Song, com o que eu iria lhe dizer sobre mim... Eram muitos pensamentos circulando desordenadamente na minha cabeça, já estava ficando difícil aguentar aquilo tudo sem soltar um baita grito de desespero e ainda por cima uma tal de Ana surgiu.Na dúvida, achei melhor não contar para Joy ainda, mas assim eu estaria lhe traindo? Ficou o q
- Nem uma palavra foi de brincadeira. Está com medinho de gostar de mim? - perguntei com expressões debochadas em meu rosto, eu queria só provocá-lo, mas não deixava de ser meu segredo e seria um ótimo início ele saber desde já meu verdadeiro intuito.Song imediatamente me pegou no pulso firmemente, me encarou friamente e disse:- Você acha que consegue acessar meus sentimentos dessa forma? Você não está sendo prepotente? Sua ousadia vai além do seu limite. No entanto, tente, mas agora é minha vez de lhe contar um segredo... - falou em tom raivoso.- Veremos, prossiga... - respondi firmemente.- Escute bem, eu já sabia de todos os seus sentimentos por mim, mesmo os que você está tentando inutilmente esconder, no entanto você é apenas mais uma das minhas brincadeiras sexuais e casuais, só gosto do prazer de lhe ver me desejando, o que você não consegue disfarçar nada bem, só quero brincar com seus sentimentos ao ponto de lhe deixar dependente do meu toque, do meu corpo e até da minha v
Era incontestável a química entre meu corpo e o de Song e era ainda mais insitigante o envolvimento de uma simples secretária com seu novo chefe, com o homem mais atraente e sedutor que eu havia conhecido, mas o que me intrigava mesmo era o nosso envolvimento, como nossa história se cruzou, como meu corpo foi parar no seu sem que eu percebesse e como eu o desejava incansavelmente, como eu tremia com seu suspiro e como o seu olhar feroz e dominador me decifrava e me excitava mesmo que não fosse com intuito.E pior, eu amava o jeito com que ele mexia com meus sentimentos, com suas mãos firmes - que tinham alguns calos de seus treinos para manter aquele corpo sarado - percorrendo meu corpo por inteiro e principalmente como ele me fazia querer amá-lo ao ponto de descobrir todos os seus desejos e segredos. Mas isso não bastava para mim, eu queria não só seu corpo, mas queria seu coração, sua alma, seu desejo, ser só sua e ele só meu, queria vê-lo despido a minha frente sendo denunciado pel