Saímos e o senhor Park já estava com o carro na frente nos esperando. Sem esperar que Song fizesse algo, abri a porta do carro imediatamente evitando que o mesmo fizesse. Eu entrei primeiro e ele por último no banco de trás, mantemos uma certa distância, cada um próximo de uma das portas até que chegássemos na empresa. Durante o percurso Song perguntou ao senhor Park:- O que meu pai quer é me falar sobre aquilo não é?- Sim, senhor! - respondeu.- Ele realmente está decidido quanto a isso? - perguntou ao Park, franzindo a testa.- Está, seja compreensivo, senhor! Ele já está preparando isso há anos e se sente na idade já. - respondeu.Depois de um certo tempo, chegamos na empresa, 10 minutos antes do limite estabelecido pelo Presidente. Song continuava com uma expressão de incomodado, andando de forma mais rápida que o comum até a sala do seu pai, chegando lá, entramos, mas tive que sair a pedido do Presidente que para terminar ainda me deu o resto do dia de folga, sem deixar que eu
Joy chegou em minha casa, toda arrumada como se fosse pro jantar, ela estava parecida comigo, mas é claro, numa classe muito superior, com o mega e as mechas eu diria que era fácil enganar qualquer um,inclusive a ponto de enganar o motorista dela que me levaria em seu lugar, estava escuro, o que era vantajoso para nós. Despedi-me de Joy, pedi para que não arrumasse confusão com a vizinhança enquanto eu estivesse fora, pois ela tem essa mania inquestionavelmente o porquê.Entrei no carro e seguimos até o restaurante, era o mesmo que eu e Ruy iríamos, que no final acabou indo só eu, porque aquele cafajeste me deixou na mão. Joy já havia me dito que ele estaria esperando de acordo com seu pai, já acostumada com toda essa situação, entrei no restaurante e falei com o atendente que me direcionou até a mesa, era a mais afastada de lá, bem escondida e privada.O homem a qual eu iria me encontrar, estava sentado de costas, não conseguia ver seu rosto ainda, até chegar mais próximo e ele senti
Continuamos no jantar, entre trocas de farpas e deboches, Song parecia insistente em realizar um casamento, mas quem diria, nunca pensei que meu chefe estivesse tão apressado pra se casar e ainda mais com alguém que mal conhece. Sem perceber, meu corpo dava sinais de ansiedade e Song estava totalmente atento sem eu perceber, por vezes ele olhava em direção ao chão, enquanto eu achava que ele estava nervoso ou pensando em alguma resposta, na verdade ele estava apenas olhando meu pé balançando incansavelmente, denunciando todo e qualquer nervosismo.Ao comer a sobremesa, sujei minha boca no canto externo e logo fui pegar guardanapo para limpar, mas ao levar minha mão ao guardanapo, Song já estava pegando e sem intenção alguma tocamos nossas mãos uma na outra, começando um leve clima entre nós dois. Ele tratou de imediatamente de puxar sua mão já com o guardanapo e levá-la em direção a minha boca para limpá-la:- Você consegue se sujar muito fácil, não acha? - perguntou.- Ah, é um dom n
Imediatamente perguntei se ele não tinha más intenções, uma vez que esse contrato já estava demais. Levantamos pra sairmos do restaurante e surpreendentemente Song pegou minha mão e segurou, então perguntou:- Você se incomoda? Percebi que havia gostado de segurar minha mão quando estávamos no casamento...- O quê? Ahh, o casamento... - pensei numa resposta - Devo começar a ser sincera de agora? - perguntei.- É claro, fique a vontade! - respondeu.- Então, eu me senti confortável quando você pegou na minha mão, não sei explicar muito bem a sensação, mas foi algo muito bom, não tenho certeza se tinha relação com o momento, enfim... - respondi envergonhada.Song então entrelaçou meus dedos nos seus e não os soltou até chegarmos no carro, lá ele fez questão de abrir a porta e colocar o meu cinto, dando a volta pelo carro para poder entrar. O caminho me parecia estranho, eu nunca havia andado por lá, até que chegamos em um local alto, tinha algumas árvores de um lado, parecia um pouco is
- E por quê ele continuou o jantar se sabia que não era eu? Qual o intuito dele? Ele foi mais esperto que nós duas... Argh... - perguntou Joy.- Eu também não entendi, me esforcei tanto pra não denunciar minha identidade, não dei um deslize sequer, ou será que dei e não percebi? - falei me auto questionando.- O que importa agora é que temos que laborar outro plano, um mais infalível... - falou andando de um lado pro outro sem parar e roendo as unhas como gesto de ansiedade.Enquanto ela ficava analisando possíveis comportamentos ou atitudes que pudessem fazer Song desistir de continuar os planos do casamento ou até mesmo de nos "conhecermos" em possíveis encontros, eu ficava me questionando se era melhor eu dizer sobre o contrato ou não, só a ideia do susto que ela levou ao saber que o que planejamos não deu certo me deixava receosa de como ela poderia reagir ao saber disso.E pior ainda, ao saber que eu concordei, como eu iria explicar isso? Fiquei me indagando, a coragem vinha e vo
Logo fui me deitar, já meio sonolenta pelo dia corrido e cheio de surpresas, relembrei alguns momentos que vivi com Song, eu só esperava que fosse carência ou tentativa de superação após a traição de Ruy, que por sinal ele ainda não havia perguntado nada sobre ele, será que ele não estava curioso o suficiente? E esse contrato? Eu só queria que fosse um sonho, pois se fosse verdade, eu estava deveras ferrada. Não tinha a menor chance do meu chefe querer me conhecer e por quê? Aquela desculpa dele foi muito meia boca. Por quê ele estava sendo tão gentil comigo? Não tem como, há algo de errado... Fiquei me questionando.Em meio às minhas divagações, meu celular vibra, era mais uma mensagem... Com certeza era de Joy ainda indignada, mas na verdade era Song, abri rapidamente como nunca tinha feito na vida, quase derrubando o telefone de tanto que eu tremia:Boa noite, senhorita! Não esqueça do nosso contrato... Fiquei totalmente sem saber o que responder e na dúvida achei melhor não respo
Eram duas folhas bem explicativas, bem redigidas, só no ponto de assinar. Song pediu que eu sentasse e enquanto tomasse seu café fosse lendo vagarosamente e qualquer dúvida aproveitar para perguntá-lo. Sentei-me no sofá de frente pra sua mesa, cruzei as pernas e peguei o contrato, antes de começar a ler, ele pediu que eu me atentasse para algumas "leves" modificações que havia feito, já o olhei enfurecida, como ele podia fazer isso sem me apresentar a proposta antes?- Você não me perguntou antes se podia fazer essas modificações... - falei revoltada.- Por isso mesmo que lhe trouxe dois contratos, um ainda está comigo, o que elaboramos ontem, este que está em suas mãos tem algumas poucas alterações, talvez você concorde, caso não, podemos ficar com o outro, ok? - respondeu sempre de forma prevenida.Então passei meus olhos de forma lenta pela primeira cláusula:Estamos sujeitos a mais sete encontros, em cada um os assinantes devem falar de forma fiel algum desejo ou segredo de sua vi
Eu tinha mais que certeza que seria desafiador, minha mente estava a mil, mas meu instinto de competitividade era maior e esse contrato sem dúvidas era uma ótima oportunidade para mostrar o quão competitiva eu posso ser. Comecei a tentar organizar meus pensamentos, pensei em como seria esse relacionamento a parte, como seria esse encontro de casal, mas o que eram atitudes de casais em um encontro?Meu coração dizia que eu estava entrando numa emboscada enorme, mas minha mente estava me manipulando a aceitar isso, mostrar que eu sou mais que o tipo ideal de mulher que ele poderia se apaixonar, mas antes de tudo, que eu seria capaz de encarar esse acordo como algo "especial" igual ele está fazendo, queria descobrir também o porquê dessa decisão ridícula dele, no entanto, além das consequências que eu estaria exposta, essa adrelania de não saber o que esperar, de contar meus segredos e desejos sem me preocupar com o que ele vai achar ou não de mim, me fazia latejar de vontade.Percebi qu