Aonde ela está? - Gritou Nimesys fazendo todos os copos, talheres e pratos se espatifarem contra a parede. O príncipe Efilin já tinha se recomposto e não sabia o que responder a bruxa vermelha.
- Fizemos exatamente como pediu minha rainha. - Disse amedrontado.
- Deixar ela escapar é fazer tudo o que você pode Efilin? - Perguntou se aproximando do príncipe, que temia pela sua vida. - Bertz fez um feitiço de ocultamento, aquela velha intrometida.
- Falando de mim, bruxa? - Apareceu quebrando o encantamento.
- Vão atrás dela, está no pátio com o queridinho protetor dela. Tragam os dois, vivos. - Disse adivinhando assim que o feitiço quebrou.
- Você nunca vai colocar as mãos nela. Isso eu posso garantir. - Disse Bertz.
- Bertz, querida... Você está velha e acho que está na hora de se encontrar com sua amada rainha. Então, vou facilitar para você e permitir esse encontro. Mande lembranças a nossa querida Eve, sim?! - Levantando as mãos em direção a Bertz jogando uma bola de fogo.
- Estou velha sim Nimesys, mas ainda tenho forças suficientes para conter você por hoje. - Levantou as mãos e se defendeu com uma enxurrada de água contra o fogo.
- Vejo que treinou bastante, bruxa. Mas, eu sou mais forte e ambas sabemos disso. - Agora abaixando a mãos em direção ao chão fazendo ele tremer aos pés de Bertz.
- É só isso que consegue fazer? Bruxa. - Riu para Nimesys usando o vento para tirá-la do chão antes que caísse. E em seguida, lançou uma luz azul contra ela que se ergueu no ar e se defendeu com uma luz negra. Ambas colocando toda a sua força uma contra a outra.
Todos estavam ainda no palácio, amedrontados. Impedidos de sair, fugir, perdidos no meio da batalha esperando pelo destino incerto. A luta acontecia sem parar, intensa.
Bertz sabia que não aguentaria mais, porém entendeu que sua amada Moira já estava a caminho dos carvalhos brancos, vendo numa visão ela correndo junto ao seu cavalo envolta no furacão e nessa fração de segundo de desatenção foi jogada contra a parede pela luz que emanava de Nimesys. A bruxa vermelha pousou bem em frente de Bertz e a ergueu para ficar face a face com ela.
- Eu vou encontrá-la Bertz e quando isso acontecer, terei o que é meu. Pena que não estará aqui para me ver vencer. - Disse apertando seu pescoço. - Eu vou ressuscitar todos os meus guerreiros, vou invocar todo o mal das trevas e vou possuir tudo que sempre me pertenceu. A começar pela sua bruxinha.
- Você não vai vencer. Nunca. Sabe porque? Eu sabia que hoje morreria, mas antes disso acontecer providenciei para que ela chegasse são e salva a um destino que você nunca descobrirá - Disse com uma lágrima caindo do seu rosto.
- Patética você. - Disse irritada.
- Eu tenho fé, Nimesys. Fé no amor, fé em Moira... e em tudo que é bom. - Disse Bertz.
- E eu, tenho fé em mim. - Vamos ver se não vencerei. - Seus olhos ficam negros e ela sugou a alma de Bertz para si, fazendo-a cair no chão. - Você lutou bem irmãzinha.
- Por que pai? - Indagou Edward diante do príncipe que agora estava olhando para o seu filho preso em seu próprio quarto. - Me faz entender que tipo de monstro você é e como eu nunca enxerguei isso.- Quando éramos crianças... - Disse Efilin - Gostávamos de apostar um com o outro, o tempo todo. Corrida de cavalo, xadrez, lições sobre as guerras, treinando lutas de combate. Era sempre assim entre eu e o Aragon. Eram disputas que tinham como prêmio um fazer a li
- Minhas costas estão doendo, o dia está amanhecendo. Eu preciso parar para descansar um pouco. Que lugar é esse que não cheguei ainda? E quem essa Mirabel de quem Bertz falou?Tempestade arrancou Moira dos seus pensamentos altos e começou a desacelerar quase como se estivesse lendo suaa mente, se é que ele não o faz.
O quarto cheirava a flores silvestres e a ervas recém colhidas, disso Moira sabia. Assim que abriu os olhos sentiu uma dor latente na lateral da cabeça levando sua mão automaticamente ao ferimento já limpo e cuidado. Estranhou o fato de está ali e aos poucos foi sentando para enxergar melhor aonde estava. Um quarto, um enorme quarto por sinal, e ela estava numa cama e ao seu redor percebeu que tinha muitos utensílios. Ao seu lado tinha um jarro de flores recém colhidas e percebeu de onde vinha o cheiro de silvestres. A sua frente encontrou uma bancada com vários potes semi abertos com ervas e destingiu de onde vinha o cheiro das mesmas subindo a sua narina. Percebeu uma jarra de latão e um copo e
Moira nunca precisou de ajuda para tomar banho, por isso estranhou que Liana quisesse lavar seu corpo. Ela era uma bela mulher, Moira pôde notar. Liana tinha a estatura baixa, magra, cabelos castanhos claros médios e olhos castanhos tão meigos que faziam Moira sentir paz.- Posso princesa? - Perguntou Liana sobre o vestido de Moira.
Então Moira pôde vê-lo. Seus rostos estavam muito próximos um do outro e mesmo ele sendo mais alto, ambos podiam sentir a respiração e a tensão que pairava naquela cuta distância entre eles.Yan Cael era alto e ela pôde perceber mesmo com toda aquela roupa cheia de proteção, que ele tinha músculos e seus braços eram fortes. Seu rosto era triangular, branco, mas se percebia que vivia ao sol, pois estava queimado. Cabelos curtos de um loiro es
- Sinto muito Moira, sinto muito mesmo. Peço desculpas pelo comportamento do meu filho. - Falou alisando os braços de Moira. - Ele é uma boa pessoa e só está nervoso... Foi pego de surpresa, pois ainda não tinha tido oportunidade de conversar com ele sobre sua chegada. Quando Bertz enviou uma carta avisando que o tempo de você vir para cá havia chegado, meu filho estava caçando e geralmente isso ocorre por duas, três semanas, as vezes um mês. E...- Ele tentou me matar. - Disse Moira ainda com os olhos fixos no corredor por onde Yan hav
Moira podia sentir todo seu corpo queimando. Cada respiração, cada lágrima correndo pelos seus olhos, cada pelo arrepiado na sua nuca. Porque nada podia tê-la preparado para isto. Ser fruto de uma profecia, de nunca poder ter tido a chance de conviver com sua mãe, sentia a dor de ter perdido tudo por causa de uma guerra que não lhe pertencia.Moira correu pelos corredores do castelo até sair por uma porta que dava para a floresta. Seu desejo naquele momento era sumir. Desaparecer
Moira podia sentir todo seu corpo queimando. Cada respiração, cada lágrima correndo pelos seus olhos, cada pelo arrepiado na sua nuca. Porque nada podia tê-la preparado para isto. Ser fruto de uma profecia, de nunca poder ter tido a chance de conviver com sua mãe, sentia a dor de ter perdido tudo por causa de uma guerra que não lhe pertencia.Moira correu pelos corredores do castelo até sair por uma porta que dava para a floresta. Seu desejo naquele momento era sumir. Desaparecer