Os ponteiros do relógio de Dexter demarcavam quinze para as duas da tarde. Em outras palavras, Atlanta estava mais do que atrasada para ir ao studio ( de novo).
A estrela não sabia o motivo pela qual ela havia acordado com uma ótima sensação. Algo muito bom parecia que estava prestes à acontecer. E então, ela sentiu que deveria estar perfeita para isso. Seja lá o que fosse.
Seu assessor já estava impaciente, ele batia o pé esquerdo no chão insistentemente, afim de mandar embora toda sua carga de ansiedade. Dexter sabia como esse povo era, qualquer coisa era motivo de ligar para a mídia e soltar tudo. Como se um simples atraso fosse parar na capa de uma revista : " Atlanta Delano chega atrasada em set"
Embora ele achasse uma barbaridade as pessoas sem importarem com uma coisa tão boba, ele sabia que era sim, preocupante. Sabe-se lá o que uma multidão consumida
#SaveAtlantaDelano- Ela não acorda! - disse o médico, enquanto Dexter o fitava - E creio que será assim por algum tempo ainda.- E como ela está? Quero dizer, qual é o diagnóstico?- Bom as retinas dos dois olhos estão em estado grave. Ela praticamente está cega. As duas pernas estão quebradas e há uma lesão na coluna, mas isso é corrigivel com o tempo. Fisioterapia deve ajudar.- Meu Deus... - Dexter passava a mão no rosto, tentando afastar o pânico. - Mas doutor.. Os olhos... Tem concerto?- Até onde eu pude perceber, sim. É uma questão de doa&cced
Mais de um mês se passou desde o ataque cardíaco que atingira o corpo de Atlanta. Ela ainda não havia acordado. Ainda estava em coma induzido. E isso preocupava à todos.Mas os hematomas já estavam melhores, não havia mais os roxos causados pela pancada. Os ralados estavam praticamente curados e não tinha nenhuma aparente mancha ou cicatriz no lugar.Apesar da melhora física, Dexter não se conformava pelo fato de Atlanta não reagir ou acordar. Ele estava irritado com tudo, sem esperanças e muito cansado de todo aquele papinho que os médicos empurravam para ele :- Chega! Eu vou leva-la para casa. Irei contratar uma enfermeira e um médico particular. Iremos sair desse inferno.- Senhor Jenkins, ela está estável. Só basta esperar que Atlanta acorde. - dizia o médico, tentando acalma-lo.-... (riso irônico)... E quando ela acorda
Há pessoas que pensam que não existe um mundo além do nosso. Que a inconsciencia não te leva para lugar algum. Pensam que as pessoas em coma, assim como Atlanta, somente ficam em sono profundo, descansando.Mas não era isso o que acontecia. A estrela podia ouvir. Podia sentir. E saber tudo o que estava ao seu redor. Para ela, era como um sonho. Um sonho a qual ela não conseguia acordar. Por mais que tentasse.Naquela noite, após a enfermeira ir embora, os aparelhos que mantinham o cérebro de Atlanta trabalhando, detectaram que ela estava em atividade.Ruby que estava sentada na poltrona ao lado, após horas olhando para Atlanta e vendo-a em seu "sono profundo". Desejando ardentemente que ela acorda-se, se assustou ao ouvir o
A noite sera longa e muito difícil para Atlanta. Tudo martelava em sua mente, como se fossem pregos enferrujados.Era odioso ter que pensar que ela estava naquela situação já a vários meses. E que, aparentemente, ninguém se importava com o que ela estava sentindo. Já como soubera, apenas poucas pessoas a visitou enquanto esteve em coma. E isso era mais doloroso do que uma facada em seu peito. Afinal, sua fama não servira para mais nada.Quando finalmente o sono chegou, a estrela pode sonhar novamente com Zara, o que deixou seu coração mais tranquilo e confortável.Ver o rosto daquela garota acalmava a estrela de uma forma que ela nunca imaginaria sentir por alguém.No dia seguinte, já eram oito horas quando um dos seguranças avisou Dexter da entrada de Marki.Uma garota loira, de aparecia impecável e uma simpatia aparente:- Bom dia - Dis
Por todo o dia, Marki abriu a porta do quarto de Atlanta para se certificar que estaria tudo bem. E de fato, estava. Aparentemente, pelo menos.A estrela dormira quase o dia todo, com o intervalo de alguns minutos, apenas para fazer suas necessidades, com a ajuda de seu irmão.Atlanta segurava o máximo que podia pois aquilo era humilhante demais para ela. Até porque suas pernas ainda não se mexiam, pela falta de seu esforço. Haviam talas impedindo seus movimentos, o que tornava ainda mais impossível.Fora que estava cega, e por mais que tentasse, não conseguia fazer absolutamente nada a respeito.Os dias da semana foram se passando. E cada vez menos Atlanta conversava com Marki sobre qu
- Ela está bem? - perguntou Kyle, abordando Marki no corredor. A cuidadora se assustou com aquilo, deixando cair o copo de leite ao chão.- Me desculpe! - disse ela, desajeitada. O irmão de Atlanta sorriu gentilmente enquanto abaixava para apanhar o copo e volta-lo a bandeija de Marki.- Não tem problema! - ele disse.- Obrigada! - sorriu Marki, envergonhada.- Quer tomar um café lá na cozinha?- Eu adoraria, senhor Delano. - respondeu a cuidadora.- Me chame só de Kyle, por favor - ele riu - Vamos.Os dois caminharam até a en
Um beijo surgiu no meio da despedida. Era quase um beijo de cinema, ao levar em conta que foi no meio da rua. Em frente ao restaurante.Lewis segurava Ruby pela cintura, enquanto a secretária apoiava as mãos na nuca da francesa. Aquilo se estendeu por alguns minutos, até as duas serem interrompidas pelo motorista :- Seu carro está pronto, senhorita! - Exclamou o rapaz, meio sem jeito. Ruby sorriu para ele, limpando o batom borrado de seus lábios e pegou a chave das mãos dele.Lewis olhava gentilmente para Ruby e acenou à ela assim que a secretária entrou no carro. Ruby deu partida e arrancou saindo logo dali.Após foi a vez de Lewis esperar pelo seu carro e assim que o mo
"Hoje vamos falar sobre a estrela Atlanta Delano. Nossa emissora recebeu a notícia que a jovem já saiu do hospital e acordou do coma. Após os comerciais, vocês saberam de tudo" - dizia a jornalista do canal 5.- Olhe, querido. Atlanta acordou!- Ótimo! É um problema a menos para nos preocuparmos.- Eu também acho. Agora podemos anunciar o casamento da Bianca.- Vamos com calma, querida! Não queremos passar a imagem de pais que não se preocupam com os filhos, não é?- Claro que não, Max.- Helena, meu amor. Acho que devemos ir at&e