A noite sera longa e muito difícil para Atlanta. Tudo martelava em sua mente, como se fossem pregos enferrujados.
Era odioso ter que pensar que ela estava naquela situação já a vários meses. E que, aparentemente, ninguém se importava com o que ela estava sentindo. Já como soubera, apenas poucas pessoas a visitou enquanto esteve em coma. E isso era mais doloroso do que uma facada em seu peito. Afinal, sua fama não servira para mais nada.
Quando finalmente o sono chegou, a estrela pode sonhar novamente com Zara, o que deixou seu coração mais tranquilo e confortável.
Ver o rosto daquela garota acalmava a estrela de uma forma que ela nunca imaginaria sentir por alguém.
No dia seguinte, já eram oito horas quando um dos seguranças avisou Dexter da entrada de Marki.
Uma garota loira, de aparecia impecável e uma simpatia aparente:
- Bom dia - Dis
Por todo o dia, Marki abriu a porta do quarto de Atlanta para se certificar que estaria tudo bem. E de fato, estava. Aparentemente, pelo menos.A estrela dormira quase o dia todo, com o intervalo de alguns minutos, apenas para fazer suas necessidades, com a ajuda de seu irmão.Atlanta segurava o máximo que podia pois aquilo era humilhante demais para ela. Até porque suas pernas ainda não se mexiam, pela falta de seu esforço. Haviam talas impedindo seus movimentos, o que tornava ainda mais impossível.Fora que estava cega, e por mais que tentasse, não conseguia fazer absolutamente nada a respeito.Os dias da semana foram se passando. E cada vez menos Atlanta conversava com Marki sobre qu
- Ela está bem? - perguntou Kyle, abordando Marki no corredor. A cuidadora se assustou com aquilo, deixando cair o copo de leite ao chão.- Me desculpe! - disse ela, desajeitada. O irmão de Atlanta sorriu gentilmente enquanto abaixava para apanhar o copo e volta-lo a bandeija de Marki.- Não tem problema! - ele disse.- Obrigada! - sorriu Marki, envergonhada.- Quer tomar um café lá na cozinha?- Eu adoraria, senhor Delano. - respondeu a cuidadora.- Me chame só de Kyle, por favor - ele riu - Vamos.Os dois caminharam até a en
Um beijo surgiu no meio da despedida. Era quase um beijo de cinema, ao levar em conta que foi no meio da rua. Em frente ao restaurante.Lewis segurava Ruby pela cintura, enquanto a secretária apoiava as mãos na nuca da francesa. Aquilo se estendeu por alguns minutos, até as duas serem interrompidas pelo motorista :- Seu carro está pronto, senhorita! - Exclamou o rapaz, meio sem jeito. Ruby sorriu para ele, limpando o batom borrado de seus lábios e pegou a chave das mãos dele.Lewis olhava gentilmente para Ruby e acenou à ela assim que a secretária entrou no carro. Ruby deu partida e arrancou saindo logo dali.Após foi a vez de Lewis esperar pelo seu carro e assim que o mo
"Hoje vamos falar sobre a estrela Atlanta Delano. Nossa emissora recebeu a notícia que a jovem já saiu do hospital e acordou do coma. Após os comerciais, vocês saberam de tudo" - dizia a jornalista do canal 5.- Olhe, querido. Atlanta acordou!- Ótimo! É um problema a menos para nos preocuparmos.- Eu também acho. Agora podemos anunciar o casamento da Bianca.- Vamos com calma, querida! Não queremos passar a imagem de pais que não se preocupam com os filhos, não é?- Claro que não, Max.- Helena, meu amor. Acho que devemos ir at&e
- Você leu o jornal está manhã, Fox?- Claro que eu vi, Heitor. E já não era tempo de Atlanta acordar. O lançamento do filme será daqui a quarenta dias.- Eu pensei a mesma coisa! - exclamou Heitor, o co-diretor. - Graças a Deus ela já havia gravado todas as cenas.- Amém - o diretor levantou as mãos para cima - Convoque todas as mídias e avise do lançamento do filme. Vamos aproveitar que Atlanta é o assunto do momento, novamente.- Deixe comigo...- Ah.. Antes de ir, peça para que Amy Hamsford venha até aqui, por favor. Estarei esperando ela as 13:00.
- Oh Não!- O que foi Ruby?- Aquele carro... Os pais de Atlanta estão aqui! - respondeu a secretária, ao estacionar em frente a mansão.As duas se olharam e saíram do carro, entrando as pressas. Dexter estava no topo da escada, andando para lá e para cá. Enquanto ouvia-se os berros vindo do andar de cima :- Onde você estava? - pergutou o assessor, irritado. Ele olhava fuminando Marki ( Zara)- Eu pedi que ela me ajudasse numa coisa! - interrompeu Ruby - O que está acontecendo?? Que gritaria é essa?- Os pais de Atlanta..
Mais dois meses se passaram, rapidamente. Os dias pareciam voar como se fossem os ventos que corriam dentre a cidade.Os ventos que assopravam no Outono tão bruscamente, junto as gotículas de água. As árvores dançavam conforme a enorme tempestade que atingira a cidade de Nova York.Naquela tarde, um domingo tedioso, Dexter recebera um telefonema que já se era tão esperado. O hospital a qual cuidava de Atlanta foi alvo dos cuidados de um acidente envolvendo um casal.Um rapaz que morreu na hora devido a pancada e uma garota que desmaiara após bater com a cabeça no vidro do passageiro.Uma terrível calamidade mas que graças a ela, Atlanta teria os olhos doados para a reconstituição de suas retinas. O que era um alívio para uns e um arrependimento para outros. Ou só, outro.A cirurgia seria feita no dia seguinte as nove horas da manhã em pon
Ruby dirigiu até o centro de Nova York, onde achar lanchonetes não era nenhum problema. A secretária estacionou na frente doBurguer Kinge tratou de descer e pegar a cadeira de rodas de Atlanta que estava no porta-malas.Ao abrir a porta do passageiro, Ruby pois os braços da estrela em seu pescoço, tentando pegar o impulso para coloca-la sentada em cima da cadeira de rodas.Por sorte, um grupo de skatistas passavam pela calçada quando um deles ofereceu-lhe para ajudar, vendo a dificuldade com que a mulher lidava com aquilo.Enquanto Ruby segurava a cadeira de rodas, o rapaz pegou Atlanta no colo, colocando-a em seu respectivo lugar:- Obrigada! - Disse Ruby ao garoto skatista.- De boa! - ele respondeu, sorrindo. A secretaria empurrou a cadeira de rodas até o interior da lanchonete, passando por várias mesas lotada a de clientes até achar um lugar vazio e de fá