Horas mais tarde...Elisa AndradeQuando cheguei em casa com um baita sorriso no rosto, minha tia de início até esqueceu do seu interrogatório, ela só ficou me observando, porque segundo ela, jamais havia me visto tão radiante. Sei que estava curiosa para que eu viesse a contar o motivo e principalmente por não ter dormido em casa. Porém, eu precisava esperar a nossa relação amadurecer mais um pouco antes de contar a eles do meu envolvimento com Fernando. Não que eu tenha dúvida de tudo que estou sentindo e principalmente que quero estar ao lado tanto dele, assim como do pequeno anjo, por quem sinto algo tão forte e imensurável, algo que nem tenho palavras para explicar.Passamos um bom tempo conversando, e embora ainda esteja num processo de recuperação, mas tendo como esposo e médico, o meu tio, que modéstia à parte, é o melhor no ramo da medicina que vem exercendo, os dois estão programando a viagem à Paris, lugar onde o restante da nossa família reside e sempre nos reunimos n
Último Capítulo25 de dezembro de 2021Elisa AndradeCom passos largos, caminho para fora do quarto tendo como destino o primeiro andar, onde Fernando, Davi e Sam estão me aguardando. Prossigo andando com passos firmes, enquanto toda uma retrospectiva se faz presente em minha cabeça.Mais de um mês se passou desde o momento que encontrei as duas pessoas que vieram para completar a minha felicidade. Cada minuto ao lado deles tem sido os melhores da minha vida, eu me sinto em paz, sinto como se finalmente todo vazio que havia em meu coração tivesse sido preenchido. Durante esses últimos dias, Fernando contou-me sobre a mãe de Davi e a cada palavra dita, um turbilhão de sensações passaram por mim. Estava estarrecida com tudo que havia escutado e me negava acreditar que uma mulher pudesse querer se desfazer do próprio filho e ainda mais, tratar de tudo como se fosse uma mercadoria. Susan não tem noção de quantas pessoas desejam gerar em seu ventre uma criança e não podem, ela não sa
UM PRESENTE PARA O CEO04 de Dezembro de 2020Rafaela AlencarInquieta, é desta forma que me encontro desde o momento que acordei, por mais que eu tente, nada me ocorre para o motivo de estar assim. Após o almoço, acabei caindo num sono profundo, quando acordei, o dia estava dando lugar à noite e a escuridão já se misturava com os últimos lampejos de claridade, deixando um céu com uma tonalidade de um azul profundo, tão belo, quase como uma paisagem pintada por um artista famoso. Instante depois, eu resolvi tomar um banho para espantar os últimos vestígios de sono e agora me encontro no quarto de Alice, minha princesa, arrumando as roupinhas que havíamos comprado semana passada e Joana, prestativa como sempre, já havia lavado e engomado tudo. Minutos se passaram, dando lugar a algumas horas, onde me vi distraída imaginado como o meu raio de luz ficaria ao estar vestida com cada peça de roupa que compramos. A expectativa estava grande, por diversas vezes, me vi acariciando minha bar
Um ano depois...Rafaela AlencarDesvio o olhar do pedaço de bolo a minha frente e meus olhos buscam o rosto do homem sentado a certa distância de mim e enquanto leva a xícara de café em direção a sua boca, mantem sua atenção no seu jornal impresso, que estava sobre a mesa. O silêncio era predominante e tem sido assim durante cada refeição que fazemos juntos, o que de nada lembra como era a nossa vida um ano atrás. Continuo com o olhar cravado em sua direção e os meus pensamentos voam e como em um filme, tudo que a gente viveu desde o dia em que nos conhecemos, até hoje, foi passando pela minha cabeça como flashes.Conheci Anthony quando tinha apenas 16 anos, o meu pai havia sido transferido da empresa em que trabalhou por anos, em Recife, para a matriz que ficava em São Paulo. Eu sabia que minha vida mudaria para sempre, deixei para trás a casa que sempre tive como lar e os meus amigos da escola. Porém, no meu primeiro dia de aula, na escola nova, jamais imaginei que iria
Anthony AlencarEstou em meu escritório e meu olhar vai de encontro ao relógio em meu pulso e ao ver as horas, constato que ainda faltam 30 minutos para que a primeira reunião seja iniciada. Desvio os meus olhos do objeto, indo de encontro ao porta retrato em cima da minha mesa, pego-o em seguida e um esboço de um sorriso acabou surgindo em minha face.Fico contemplando a bela imagem a minha frente, onde a minha mulher se encontra sentada no jardim com uma das mãos segurando um par de sapatinhos rosa, que está sobre sua enorme barriga totalmente exposta. Sei que tenho agido como um escroto e que meus atos tem feito a pessoa que mais amo nesta vida, sofrer, mas toda vez que nossos olhos se encontram, eu vejo a tristeza profunda dentro dos seus e isso me mata um pouco a cada dia. Jamais irei me perdoar, porque de alguma forma, tudo que aconteceu foi minha culpa.Nos dois últimos anos, antes daquela tragédia acontecer, eu acabei dedicando muito mais tempo ao trabalho do que a pessoa,
Rafaela AlencarAbismada, pois me negava acreditar que era uma criança que havia sido retirada daquela caixa. Meu olhar continuava fixo naquela direção e por uma fração de segundos, foi desviado para o rosto do homem que destravou a porta e antes de deixar o veículo, sentenciou.— Felipe, ao meu sinal pode entrar.A porta foi fechada e mantive meu olhar em cada movimento a minha frente e assim que ele levantou a mão e ao lado de Marcelo, que segurava a criança, passaram pelo portão. O carro foi colocado em movimento novamente e só parou ao chegar em frente ao jardim. — Eu vou pegar um guarda chuvas senhora — disse o homem, deixando o veículo, alguns segundos se passaram, eu estava desinquieta e antes que ele voltasse, resolvi deixar o automóvel indo debaixo do chuvisco em passos apressados até a guarita, onde a cada passada, as pequenas gotas de água caiam sobre mim. Quando cheguei ao local, o bebê estava chorando, devia ser pelo desconforto do frio. Anthony estava olhando p
Rafaela AlencarEnquanto eu dava o mingau da pequena Luísa, esta que por não saber o seu nome, acabei por chamá-la assim, pois o considero um nome lindo, já que significa guerreira, o que combina muito com ela, pois pelas pequenas marcas em seu corpinho e o estado de suas roupas, era evidente que não estavam cuidando bem dela, o que me veio à constatação de que ela era uma pequena sobrevivente. Continuo com o olhar fixo em cada movimento seu e logo me vem às lembranças de quando acordei. Há muito tempo eu não havia dormido tão bem e quando despertei, foi justamente ao sentir um toque suave em minha face, meus olhos se abriram, me deparando com o par de olhos azuis direcionados para mim, enquanto sua mãozinha direita alisava o meu rosto. Fiquei ainda alguns minutos deitada ao seu lado e logo em seguida, me levantei e ao pegar alguns utensílios que iria usar, segui com ela para o meu quarto. Enquanto tomávamos banho, pude observar todo o seu corpinho, o que me fez sentir um apert
Uma hora depois...Anthony AlencarInquieto! Era assim que eu estava desde que a encontrei naquele estado e minha reação foi logo ligar para a Dra. Roberta e desde então, minutos se passaram e agora me encontro em nosso quarto, pois fiz questão de trazê-la e assim acomodá-la em nossa cama. Deixo os pensamentos de lado e concentro minha total atenção na mulher que está examinando a minha esposa há alguns minutos. Como ela estava com quase 40 graus de febre, a médica assim que chegou, administrou um antitérmico injetável para baixar a alta temperatura do seu corpo e então continuou examinando-a, buscando sinais de alerta para formular um diagnóstico preciso. Depois de um tempo, a Dra. ROBERTA se afastou e virou-se em minha direção.— Daqui a pouco a febre irá baixar. Contudo não tem nada fisicamente que explique o motivo dessa temperatura tão alta, contudo, acredito que talvez, tenha acontecido algo que a fez ficar nesse estado, provocando o que chamamos de febre psicogê