RaikaQueria ficar cega, não queria mais ver a luz do Sol a ter que ver essa cena: uma mulher beijando o Kevin no sofá da casa dele.— Raika! — Kevin sussurra meu nome ao me ver. Ele empurra a mulher que está no seu colo e ela cai no chão — Não é o que você está pensando!— Quem é essa Kevin? — Fuzilo-a com meu olhar, enquanto ela se levanta— Meu nome é Cecília, sou namorada dele. — Ela estende a mão para me cumprimentarNão falo nada, simplesmente olho pra cara da mulher, que nunca vi na minha vida, e dou um tapa servido nela, que até o momento estava com um sorriso estampado no rosto. O tapa foi tão forte que ficou os cinco dedos da minha mão no seu rosto.— SUA VADIA! — a tal Cecília segura o rosto e grita, indo com toda sua ira pra cima de mim e caímos no chão— Você vai ver quem é vadia! — Subo em cima dela e começo a puxar seus cabelos, batendo sua cabeça no chãoKevin segura minha cintura, me tirando de cima dela, mas ainda consigo acertar um chute bem no meio da sua cara de p
RaikaSe existem verdades absolutas neste mundo, uma delas é que todos nós temos medo de sofrer. Assim, ingenuamente, tentamos controlar as situações ao nosso redor, como se isso fosse possível...Kevin abre a porta e ao vê-lo meu coração fica apertado, como se tivesse sendo esmagado. Ele está com a barba maior que o normal e sua aparência não é das melhores como a minha.Ele me dá passagem, sem ao menos dizer uma palavra e essa expectativa está me matando! Pelo menos ele não bateu a porta na minha cara, o que já é um bom sinal.Kevin senta no sofá e eu fico em pé, não quero sentar no mesmo sofá que o vi com aquela vadia. Apesar de saber toda verdade, prefiro não sentar. Ele se levanta e puxa uma cadeira pra mim, assim que percebe minha hesitação.— Se você está aqui é porque leu minhas mensagens e viu o vídeo que gravei. — Ele fala com a voz rouca, parecendo que não falava com alguém por um bom tempo— Li e vi! — Não sei o que falar, a única coisa que eu quero é que ele me perdoe e e
Raika— Parece um dejavú, o que vou te pedir, mas me dá um último bei... — Não termino minha fraseKevin sela nossas bocas com um beijo apaixonado, grudo meu corpo ao dele e sinto sua ereção crescendo. Ele me encosta na parede erguendo uma de minhas pernas.— Quero você Raika, quero uma despedida, quero ter a sensação do seu corpo ao meu pelo menos pela última vez minha diabinha gostosa.— É uma despedida! Nós merecemos isso.Kevin esfrega sua ereção em minha intimidade me fazendo delirar.— É para já minha diabinha. Ele retira minha roupa apressadamente, assim como eu tiro a dele. Ficamos nus sentindo o calor da pele um do outro. Ele me coloca em seus braços e me leva pra cama.Kevin começa a saborear meu corpo, como se eu fosse seu picolé favorito, ele lambe, chupa e acaricia cada pedaço me levando ao delírio, sempre dando uma atenção maior aos meus seios mordendo um bico de cada vez. E a sensação de dor e prazer ao mesmo tempo é maravilhosa. Ela massageia minha intimidade entrando
"Quando nos pegamos de frente para a necessidade de seguir, temos a ilusão de parecer mais fácil permanecer parado, esperando por um milagre. Seguramos a qualquer pequena certeza que possa trazer a mínima expectativa de ter nossa felicidade de volta, de ter nosso amor de volta."********1 mês depoisRaikaDepois de um mês sem vê-lo comecei a vasculhar e-mails, procurar por fotos em redes sociais, forçar caminhos, fui aos mesmos lugares para gerar novamente "coincidências" que tornem possível um reencontro. Tudo porque tenho a esperança dele me ver e cair em si que ainda podemos ficar juntos. No fundo eu só queria que ele percebesse que sente minha falta, como também sinto a dele.— Raika! — Stefanini me chama atenção, ao me observar pelo espelho do banheiro— Oi amiga! — Digo cabisbaixa— Não acredito que vai embora, espero que não se esqueça dos velhos amigos! — Stefanini me abraça forte— Claro que não! E por falar em amigos. Quem é essa mulher que o Pedrão trouxe? Achei-a muito si
RaikaDia seguinte— Estou indo minha boneca, pois tenho um cliente para atender agora, mas assim que for possível irei visita-la! — Meu pai me abraça forte e sinto lágrimas pingar em minha blusa e noto que ele está chorando— Pai, São Paulo é pertinho e você sempre está por lá e ao invés de ficar hospedado em algum hotel, poderá ficar em meu AP, com certeza Valentina não achará ruim! — Tudo bem meu amor! — Ele me dá um beijo na testa e vai embora apressado— Vamos! — Minha mãe me chama para entrar e esperarmos na área de embarque— Raika... — Ouço a voz que mais ansiava em ouvir nesse último mês e meu coração se enche de alegria Kevin caminha para perto de mim segurando uma outra caixa com uma rosa em cima, ele está abatido e com a barba que eu nunca tinha visto tão grande. Não penso duas vezes e corro para seus braços, ao abraça-lo sinto uma paz e conforto, esse é o lugar onde jamais deveria ter saído, seus braços são minha fortaleza. Começamos a chorar ao mesmo tempo.— Eu te amo
RaikaAssim que minha mãe foi embora me tranquei em meu quarto e peguei o presente que Kevin me deu no aeroporto. Abro a caixa e pego a rosa que ele colocou dentro, cheiro e coloco com todo cuidado em cima da cama. Ao abrir a caixa vejo um álbum de fotos e começo a folhear. Meus olhos se enchem de lágrimas ao ver todas as nossas fotos juntos e com nossos amigos. Tem fotos minhas que ele tirou em um momento de distração, pois não me lembro de telas tirado. Era tão perfeito e na capa do álbum tinha gravada uma frase:"A foto é literalmente uma emanação do referente. De um corpo real, que estava lá, partiram radiações que vêm atingir, a mim, que estou aqui; pouco importa a duração da transmissão; a foto do ser desaparecido vem me tocar como os raios retardados de uma estrela. Uma espécie de vínculo umbilical liga a meu olhar o corpo da coisa fotografada: a luz, embora impalpável, é aqui um meio carnal, uma pele que partilho com aquele ou aquela que foi fotografado".(Roland Barthes)Pens
RaikaPasso a semana evitando de ir ver meu avô, pois sei que ele está morando com Kevin em uma chácara depois que ele teve um AVC. Desde quando o destino nos pregou mais uma peça e Kevin descobriu que meu avô, pai da minha mãe é pai dele também, ele está fazendo seu papel de filho e trouxe meu avô para morar com ele.Não quero vê-lo, não quero ir na casa dele e muito menos ter de passar duas semanas nessa maldita chácara!Olho para o relógio e vejo que já são 18:00h, passei a tarde caminhando no parque da cidade e curtindo o lugar e ao chegar em casa vejo que não tem ninguém. Vou para cozinha e acho um bilhete em cima do balcão."Fomos para a chácara, você iria amar o lugar, mas infelizmente não quis vir com a gente!"Jogo o bilhete em cima do balcão.Prefiro assim!Corro para meu quarto tomo um banho, faço um lanche e vou assistir TV. Levo um susto ao ouvir um carro estacionando.Meu avô e meu pai entram em casa e fico sem entender nada. Meu avô me abraça e já vai logo falando.— Vo
RaikaAcordo cedo e fico enrolando na cama, não quero sair dela, ficar deitada parece atrativo, me faz evitar encontrar o Kevin. Viro e me reviro na cama, mas minha barriga começa a roncar de fome. Não tem jeito, tenho que levantar e enfrentar a fera.– Oi meu anjo! – Tia Celeste, me cumprimenta assim que chego na cozinha– Oi tia. – Dou um abraço apertado nela– Pensei que ia continuar o resto do dia no quarto, estava para ir levar seu café da manhã. – Ela me repreende – Não adianta fugir dos seus sentimentos minha menina. Vejo em seus olhos que está sofrendo com isso.– Estou bem tia… Não sei como me desvencilhar da conversa, então decido sentar à mesa e comer em silencio para evitar ouvi-la falar do Kevin.– Se você quer se enganar desse jeito, não posso fazer nada. – minha tia sai da cozinha resmungando– Bom dia Raika! – Kevin sussurra ao meu ouvidoEstava tão absorta em meus pensamentos que não tinha notado sua presença na cozinha. Se eu já estava arrepiada. Depois desse oi, at