RaikaContinuo com a cabeça encostada no ombro de Kevin, quando ouço a voz irritante da vacalena bem perto de nós. — Atrapalho alguma coisa? — a nojenta com voz de gralha se aproxima e sinto o ódio tomar conta do meu corpo— Sim... — me afasto e respondo por entre os dentes fazendo Kevin pigarrear O fuzilo com meu olhar, porque no fundo ele também tem culpa do que está acontecendo. Deu a sua palavra que terminaria com essa mulher e até agora nada. O que ele pensa? Que sou uma imbecil? E que vou ficar esperando por ele a vida inteira?Volto a si com a voz da vacalena se fazendo de desentendida como sempre.— O que disse Raika? Desculpe, não consegui compreender. — Elena pergunta com aquele jeitinho dissimulado de sempre — Não compreendeu ou finge não entender as coisas? — a encaro de frente e Kevin engole seco sem saber o que dizer— Raika eu... — Elena tenta responder, mas o que eu menos desejava era ouvir seus argumentos— Com licença! — saio dali bufando de tanto ódio sem olhar p
RaikaJá passam das duas da manhã e estou no meu quarto com o pensamento a mil! Meu maior problema é que tenho a mente fértil demais e fico só imaginando que essa demora se deve por ele estar comendo aquela cadela de todas as formas do mundo. Que ódio!Bato no meu travesseiro com raiva dos meus próprios pensamentos, não importa que horas ele vai chegar, vou esperá-lo.Vinte minutos depiis ouço a porta do seu quarto sendo aberta. Espero mais um pouco, até ele poder se arrumar para deitar e vou ao seu encontro. Abro a porta e o vejo deitado na cama usando apenas um shorts, com a cabeça apoiada no braço e com o olhar perdido. Ele olha pra porta e ao me ver passa a mão no rosto.— O que você quer Raika? Já não basta o que aprontou hoje? Ainda quer mais confusão? — Pergunta sem paciênciaFecho a porta e me apoio a ela com meus braços cruzados o encarando. — Você é muito engraçado Kevin! — Sorrio com sarcasmo — Você viu aquela vadia me distratando e não fez nada, aí decido revidar sua pro
RaikaFomos para a fazenda dos meus avós maternos e ao chegarmos no portão de casa avisto Elena, que estava dentro do seu carro. E quando Kevin sai do carro, ela sai do dela correndo o abraçando. Achei estranho, pois ela estava toda descabelada e com um semblante carregado.— Nossa! O que será que aconteceu? Elena está tão estranha. — minha mãe pergunta baixinho pro meu pai— Não sei querida, mas parece ser muito grave. Essa moça não está nada bem. — meu pai responde preocupado e eu louca pra saber o que essa vaca estava aprontando dessa vez— Vamos pro meu apartamento? Preciso conversar com você Kevin. É urgente! — Elena pede em meio ao choroKevin olha pra mim sem graça, encolhendo os ombros, me pedindo desculpa. Faço um sinal para ele ir resolver o seu problema, não posso passar atestado de uma menina infantil e mimada. Mas a vontade que tenho é de tirar ele dos seus braços a base de tapa, como não posso, o jeito é ter que engolir mais esse sapo por ele. Ele me olha com um semblant
RaikaMeus dias estão sendo maravilhosos, meu relacionamento com Kevin está cada vez melhor.Kevin foi à escola me buscar e me levar a um lugar...- Não sei, Raika! Seus pais não querem que eu saia, eles querem que eu alugue o apartamento pra eu ter uma renda extra. Fui à escola pra lhe contar a novidade e saber qual sua opinião sobre tudo isso.Achei tão linda a atitude dele querer me incluir nessa decisão, que chego a me emocionar. Nunca pensei que Kevin fosse tão romântico e preocupado como namorado, aliás, nem sei o que ele é meu!- Eu acho que você deveria continuar lá em casa, mas também queria que você tivesse seu canto pra namorarmos com tranquilidade.- Eu também pensei a mesma coisa, minha diabinha!Ele se arrasta na cama pousando seu corpo delicioso em cima de mim, beijando meu pescoço. Firmo meu cotovelo, me ergo, enquanto jogo minha cabeça pra trás dando passagem aos seus beijos.- Que bom que estamos na mesma sintonia! - respondo entre gemidos- É mesmo? - Ele pergunta,
Raika— Posso falar com você? - levo um susto ao ouvir a voz desagradável da Elena atrás de mim— Não tenho nada para falar com você, aliás a pessoa que você está caçando deve estar lá dentro. - abro o portão de casa e continuo caminhando a ignorandoSe ela pensa que sou o idiota do Kevin que cai em sua lábia de cadela, ela está arredondamente enganada. Não consigo ir longe e ela me puxa pelo braço.— Ei... Seu tio te disse que estou grávida? - Ela me pergunta com um sorriso triunfante no rostoLevo um choque, mas tento disfarçar.— Que bom pra vocês, mas quem deve saber é o Kevin que é o pai, e não eu! Você errou de pessoa.Puxo meu braço do seu aperto e ela o segura ainda mais forte.— Ele sabe e está radiante com a notícia, mas tem uma pessoa que está atrapalhando nossa felicidade e vou fazer de tudo para tirá-la do meu caminho. - Elena me olha desafiadoraSabia que essa cadela, sabe sobre Kevin e eu, somente ele não percebeu.— Que vença a melhor querida. - falo com sarcasmo— Sua
RaikaAlgumas horas depois...Me arrumo toda, coloco um vestido nude curto com tecido rendado cheio de brilho. Ele é ousado, não sendo vulgar. A festa da Stefanini é hoje. David e Daniel que são um dos meus amigos, virão me buscar para irmos juntos.Estou destroçada depois da conversa que tive com Kevin, mas tento disfarçar. Mamãe me chama, gritando do alto da escada para avisar que David e Daniel estão me esperando. Desço as escadas e dou de cara com Kevin e meu pai, eles tinham combinado de irem a um barzinho.— Você está linda minha boneca! - Meu pai me dá um beijo na testa— Obrigada, papai! - Agradeço e lhe dou um beijo no rostoVejo que Kevin abaixa a cabeça.— Minha menina está virando mulher, não é meu irmão?— É... - Kevin reponde cabisbaixo— Toma cuidado, não é porque você vai dormir na casa da Stefanini que deixo de me preocupar!— Pode deixar, papai! Vou me cuidar. - Dou um beijo nos meus pais e vou com meus amigos curtir a festa de dezoito anos da minha amigaO salão de
RaikaAcordo com uma dor de cabeça dos infernos, não consigo abrir meus olhos, pois não quero que piore. Mas, como tudo na vida, temos que enfrentar! Decido abrir um olho e depois o outro.Sento-me na cama de supetão e coloco minha mão na cabeça, tentando segurá-la, estou com medo dela cair do meu pescoço. Já bebi outras vezes, mas nunca fiquei nesse estado lastimável que agora me encontro.Olho em minha volta e reparo que não estou em meu quarto e muito menos no quarto da Stefanini... Saio da cama feito uma flecha, e me indago: — Onde estou? Observo que o quarto é simples e tem uma cama de solteiro com um guarda roupa e uma poltrona no canto. As cores das paredes são neutras. É um quarto de visita, só não sei de qual casa ele é. Observo pela janela, ou seja, da janela de um apartamento. Ouço vozes e abro a porta com todo cuidado.— Eu sei que tenho que resolver minha situação... Por que você não me ligou ontem?"É o Kevin!" — Ele está falando de maneira furiosa— Cara, te liguei si
RaikaUma semana depois...A semana passou rápida, ainda estou cumprindo a lei do silêncio com meu tio, só converso o necessário com ele.Meus pais vão passar o fim de semana na chácara da minha tia, mas não estou a fim de ir, não suporto meu primo o fim de semana todo no meu pé. Cheguei da aula sabendo que não encontraria meus pais em casa, pois eles foram hoje pela manhã para a chácara.Vou para meu quarto trocar de roupa, estou de peça íntima quando ouço a porta abrir, cubro meu corpo com as mãos.— Que susto Kevin! — Pego uma camiseta grande e a coloco com pressa, não posso fraquejar, tenho que lhe dar uma lição. — O que você está fazendo tão cedo em casa? — Pergunto curiosa— Só trabalhei de manhã... Já almoçou? — Ele fala se deitando em minha cama— Ainda não. — Respondo olhando pro seu corpo, ele está com short de corrida e sem camiseta. Acho estranho, pois ele não fica assim dentro de casa, Kevin sempre está de camiseta. — Fiz uma omelete deliciosa! — Ele fala enquanto passa a