Médicos, cientistas, pesquisadores e guardas fortemente armados com fuzis correram para a sala de controle. Através do vidro duplo, eles viram o número quatro em pé dentro do tanque de conservação, com os olhos abertos e as mãos espalmadas no vidro. Mesmo não podendo ver a equipe através do vidro duplo, Jesse olhava diretamente para eles.
Brian olhou para o computador e checou os batimentos cardíacos e a atividade cerebral de Jesse. Estavam normais. Antes de puxar a alavanca para abrir o tanque, Brian olhou para o número quatro. Ele não conteve a emoção. Jesse também carrega o seu DNA. E associado com o DNA de um lobo marrom, ele resultou em um Nova Espécie ruivo, de expressivos olhos dourados, pele clara, rosto másculo, corpo bem definido e órgão genital avantajado. Jesse é fisicamente magnífico, belo e imponente.
No entanto, seu nascimento com algumas semanas de antecedência poderia não trazer o resultado esperado. Ou seja, a perfeição. Ta
Brian segurou a bandeja com uma mão e levou a outra a fechadura da porta. Estava trancada. Ele ficou tenso, cerrou o punho, bateu na porta e ordenou:- Dallas, abra. - Silêncio. Outra batida, mais forte que a primeira. - Dallas!A porta foi aberta, ou melhor, arrancada com violência. Ao ver a cena diante dos seus olhos azuis, Brian Jones congelou. A bandeja de inox caiu no piso branco, fazendo um barulho estridente. Água, comida e remédios, se espalharam pelo chão.Não era preciso correr para socorrer Dallas. Ele estava morto. Em volta do seu pescoço, um enorme hematoma roxo, a língua esbranquiçada pendia para fora da sua boca e o pênis mole estava para fora da calça social preta que Dallas usava. Lentamente, Brian entendeu o que tinha acontecido.A raiva aflorou de dentro para fora. Ele precisava agir ou tudo estaria perdido. Brian olhou de um lado para outro do corredor. Apenas um guarda armado na entrada do subsolo, do outro lado da
Sarah foi a primeira a acordar. Toda a sua atenção se voltou para a vagina. Em algum momento, Tay tinha saído de dentro dela. Seu esperma havia secado entre as suas pernas, junto com o seu próprio gozo.O quarto estava escuro e frio. A chuva tinha cessado, mas ao longe podia se ouvir o som dos trovões. Sarah acendeu a luminária e virou dentro dos braços de Tay. Ela se assustou ao vê-lo acordado e olhando para ela.- Eu pensei que você estava dormindo.Tay acariciou as costas nuas de Sarah e sorriu.- Eu acordei há alguns minutos.Sarah respirou fundo. Ela tinha que esclarecer as coisas. O fato de terem feito amor não significava que estava tudo bem.- Nós temos que conversar.- Tá bom.- Eu trouxe você para a minha casa porque Gabriel e eu não sabíamos o que fazer. Abrigos, hospitais, delegacias, ninguém procurou por você.Arrependido do ataque de fúria que o dominou mais cedo, Tay enfiou o nariz no pescoço
Na lanchonete de beira de estrada, Jesse se lambuzava com a gordura que escorria do seu terceiro x-burguer. Ele ignorava com sucesso todos os olhares de reprovação de Brian, sentado a sua frente. Aquele momento era dele. O cheiro de hambúrguer e queijo cheddar derretido na chapa, entrava pelas suas narinas, o deixando em êxtase. Jesse teve a sua primeira ereção.- O que tem em Los Angeles?- Não fale de boca cheia.- Sem essa coroa. Você não vai ficar com a rédea curta em mim.Brian estreitou os olhos azuis.- Olha como fala. Você pode ter todo o conhecimento do mundo dentro da sua cabeça, mas sem disciplina, não serve para nada.Jesse pegou uma generosa porção de batata frita e colocou na boca. Ele suspirou enquanto saboreava.- Está bem. Eu vou tentar manter a humildade. Mas nós dois sabemos que eu sou infinitamente superior. O mais belo, o mais forte e o mais inteligente.Brian respirou fundo. Tinha criado um monstro e dado poder a e
Como médica, Sarah já deveria ter se acostumado com a morte. Era parte do trabalho e vinha com o conhecimento de que algumas batalhas não poderiam ser vencidas. Ela estava lá, no hospital, quando um dos seus pacientes deu o último suspiro. Seu olhar se desviou para o monitor e um sentimento de impotência se instalou. Manhã de terça feira, e enfim, o senhor John descansou após uma longa batalha contra um tumor cerebral agressivo.Scott deu a volta na cama e colocou a mão no ombro de Sarah.- Obrigado por ter vindo.Segurando a mão de John e olhando para a sua face serena e tranquila, Sarah fungou o nariz.- As pessoas não deveriam morrer. Nunca.Scott suspirou e pressionou levemente a mão no ombro de Sarah.- O corpo humano morre quando suas forças se esgotam. Nós apenas tentamos retardar esse processo inevitável e doloroso. É o ciclo da vida.Sarah secou o rosto, respirou fundo e se recompôs.- A família dele e
Tay sentiu um cheiro diferente no ar úmido pela chuva constante. Não era cheiro de hospital. O aroma agradável lhe era familiar. Curioso, ele deixou o seu instinto animal falar mais alto e começou a andar em direção ao lugar onde o cheiro se concentrava.A princípio, Tay pensou que estava sonhando. Ele tinha visto aqueles cabelos ruivos como o fogo e aqueles olhos dourados como o sol do meio-dia. O estranho, tão grande e forte quanto ele, também o observava, devagar e com firmeza.Tay e Jesse se olhavam, na cafeteria do hospital, apenas algumas mesas separavam os irmãos. A presença dos dois não passou despercebida para as pessoas ao redor. Alguns chegaram a se afastar. Parecia que um embate seria travado, tamanha a intensidade dos seus olhares. Para Tay, não foi difícil perceber que aquele estranho era igual a ele. Um Nova Espécie.Jesse deu o primeiro passo. Ele estava fascinado com a beleza de Tay, que apesar de se mostrar
Sarah não podia de modo algum deixar Tay sujar as mãos com o sangue do pai e muito menos deixar ele carregar o peso da sua morte em sua consciência. Enquanto Scott socorria Jesse, Sarah fechou os olhos e se jogou na frente de Tay.Tay se chocou violentamente contra Sarah e teria jogado ela no chão se não fosse por seu reflexo. Ele passou os braços em volta da sua cintura e a segurou contra o seu corpo ainda mais quente pelo calor do momento.Tay lançou um olhar mortal para o pai. Brian olhava para a mulher nos braços do filho. Não a conhecia, mas a admirou e respeitou pela sua coragem. Foi o mesmo que pular na frente de um trem em alta velocidade e sem freio. No entanto, todo ato desesperado de coragem trás resultados. Imediatamente, Tay voltou toda a sua atenção para a sua mulher. Sim, era evidente que eram um casal.Nos braços de Tay, Sarah começou a chorar e tremer descontroladamente. Ele a abraçou de forma carinhosa e bei
Scott franziu a testa negra. "Como assim, ele estava sem cueca?"- Espera!Jesse parou de desabotoar a calça e lançou um olhar hesitante para Scott.- O quê foi, doutor?- Eu vou pegar uma toalha para você se cobrir.- Não é necessário.Jesse suspirou ao ver Scott sair do quarto apressadamente. Ele inalou o seu perfume. Outro gemido.Scott estendeu a toalha branca e dobrada com o nome do hospital escrito em letras azuis. Ele ficou de costas para Jesse.- Abaixa a calça e cubra o seu órgão genital.Jesse sufocou um rosnado e obedeceu.Ele abriu a calça, ergueu o quadril e a desceu até os joelhos. Jesse levantou a camiseta preta acima do umbigo, pegou a toalha, envolveu o pênis e os testículos e colocou as duas mãos em cima.- Pronto.Scott virou. Seus olhos negros pairaram sobre o abdômen definido, sem pelos e desceram para as coxas grossas e torneadas de Jesse.
Jesse se deu conta que estava fazendo com Scott a mesma coisa que Dallas fez com ele. Assédio sexual, humilhante e degradante. Ele matou por isso. Por não aceitar ser tocado intimamente contra a sua vontade. Scott não estava correspondendo ao beijo. Ele estava com medo e enojado. Jesse afrouxou o abraço e Scott se afastou, limpando a boca com as duas mãos. Nos olhos negros, raiva, dor e humilhação. Um enfermeiro entrou no quarto e ficou surpreso ao ver Scott sem fôlego e com uma expressão de fúria. O chefe sempre foi um homem calmo, controlado e gentil.Confuso, Bradley olhou para o garoto ruivo deitado na cama com uma toalha sobre o pênis. Ele olhava para a parede do canto. Bradley olhou de volta para Scott.- Você tocou a campainha, chefe?Ainda se recuperando do ataque inesperado, Scott passou a língua pelos lábios doloridos. Jesse não olhava para ele.- Vista-se.Jesse ergueu a calça e só depois de fecha-la, se desfez da toalha.