MAITÊEu me sentia terrivelmente exausta , não dormi pela madrugada tratando de colocar vasilhas para aparar as goteiras da tempestade que caiu a noite , a minha raiva desta casa só triplicou e tudo bem que eu entendia o desejo da minha avó de permanecer aqui, mas já não dava mais , eu já estava chegando no meu limite. Isso teria que acabar , com a minha avó gostando ou não iríamos sair daqui por este motivo e porque as fofocas a respeito de mim estavam se espalhando gradativamente e de forma alguma poderia permitir que esses falatórios chegassem aos ouvidos da minha avó. Como não teria job hoje dormiria até tarde ,além de que meu humor estava péssimo me sentia pior do que em época de TPM. Acordei assustada com o barulho do meu celular tocando em algum canto da casa , me levantei bocejando indo atrás do mesmo , soltando um palavrão quando bati meu pé no sofá quando caminhei para a cozinha para encontrar meu aparelho. Nem mesmo olhei quem era , só atendi -Venha para a rua mais pró
MAITÊArthur estava insaciável, ficamos dentro do carro dele mesmo, isso porque ele mandou o motorista dar uma volta porque ele ficaria bastante ocupado. Era impressionante o quanto me sentia à vontade em estar com ele diferente de todos os outros homens com quem já fiquei. -Sentiu tanto a minha falta assim que nem mesmo recorreu ao hotel? - Ironizei ajeitando minhas roupas enquanto Arthur fazia o mesmo -Não fui para lá ainda , acabei de chegar do aeroporto . -Me deu uma olhada maliciosa – Transou com outros homens, mas usou camisinha, certo? - Sondou meu rosto -Claro , eu não faço sexo sem proteção . O único com quem tenho relações sexuais sem proteção é você . -Ótimo! . Vou ficar na cidade por uns dias, se já tiver agenda dispense os demais não gosto de divisão além de que quero que fique disponível para a hora que eu precisar. Pagarei o dobro do que ganharia. Não seria um problema já que eu gostava de ficar com ele , um homem desses não se encontra em qualquer esquina. -
MAITÊ A voz da minha avó zunia nos meus ouvidos , meu sangue parecia gelo por uns segundos . Tentei me recompor enquanto me aproximava dela sentindo que minha alma fosse abandonar o meu corpo a qualquer instante, uma vez em que eu tentava organizar minhas ideias de forma que fosse livrar minha cabeça da forca.-Vovó , não é nada disso ...eu posso explicar ...Ela ergue uma mão me impedindo que me aproximasse Meu coração afundou no peito. -Escutei o que Luciano disse...como...como você pôde descer tão baixo menina!?não foi essa a educação que eu te dei...o que eu vou fazer da minha vida? Uma neta falada...meu Deus!- Minha avó bateu com uma mão na sua perna , parecia desnorteada. -Eu não tenho nada para me envergonhar vó , a senhora me conhece desde criança . Acha mesmo que eu faria algo assim? . Que todo mundo fique contra mim e fale mal, mas a senhora não, não vê que esse povo tem inveja? , estou trabalhando duro fazendo o que posso e o que não posso para ter uma renda extra para
ARTHUR CASTELLANI Por sorte Valentina deu uma trégua com a conversa descabida de ter filhos e claro que eu não me atreveria a tocar no assunto , não quero ser pai e além do mais eu não tenho qualquer tipo de vocação para isso . Colocar uma criança no mundo exige um jogo de cintura que eu não estou disposto a ter , minha vida é excelente do jeitinho que está. Assim que saí do aeroporto fui correndo procurar por Maitê , os estresses dos últimos dias estava me consumindo e nada melhor do que sexo proibido , mesmo tendo relações sexuais com Valentina não era algo que me fazia sentir satisfeito justamente por ter caído na rotina. Enquanto brindo com os sócios pela inauguração do Hotel Fazenda , a mulher de Lúcio aparece juntamente com sua amiguinha do outro dia. Me esquivei delas o quanto pude , até que em dado momento quando seu esposo se afastou de perto de mim sumindo de nossas vistas , a mesma se aproxima. -Ora, ora , ora...Quem é vivo sempre aparece – A mulher de Lúcio diz erguend
MAITÊ Precisava de uma cuidadora para cuidar da minha avó , não pediria a Livia porque eu não queria dar meu braço a torcer e também não queria mais conversa com Luciano , ele havia passado dos limites. Consegui o contato de uma profissional do ramo através de pesquisas pela internet , sua avaliação era boa e recomendável , o preço para uma diária era salgado por só algumas horas, mas como eu não tinha com quem contar agora , já que Paty não poderia me ajudar com isso porque iria também participar deste coquetel comigo , era tudo o que poderia fazer por hora. -Você tem mesmo certeza de que não corre risco de dar merda?- Eu falo baixo puxando ela para meu quarto -Fica tranquila Maitê , eu sempre participo de eventos desse tipo e acredite minha filha gente rica adora essa belezinha aqui – Ela ergue o pacotinho na altura do rosto junto com um sorrisinho malicioso - Além de que vamos ganhar uma ótima grana com isso. -Espero que não suje para meu lado , é só isso que eu espero – Lhe dou
MAITÊ O Hotel Fazenda de Arthur era incrivelmente lindo! , ficava numa área isolada da cidade , o lugar era imenso . Na parte dos fundos haviam duas piscinas , com pés de coqueiros ao redor enfeitando a bela vista , um quiosque ficava no meio. Em todos os cantos estavam pessoas espalhadas enquanto ‘’Livin on a prayer ‘’ de Bon Jovi tocava num som ambiente. Olhei para Arthur intrigada enquanto ele cumprimentava e conversava com algumas pessoas , na verdade ele queria que eu ficasse com ele para cima e para baixo , embora meus pés estivessem me matando em cima desses saltos. Como esperado os homens só faltavam cair em cima de mim enquanto as mulheres presentes me olhavam com um certo recalque , eu não dava a mínima estava nítido que deveriam estar enciumadas porque Arthur chegou acompanhado e claro que eu fazia questão de encenar bem , entrelaçando meu braço no dele sorrindo e conversando com pessoas sempre que era requisitada. -Não saia de perto de mim nem por um segundo sequer- Art
MAITÊ Eu não esperava de verdade que esta noite fosse terminar dessa maneira , só não fiquei presa porque Arthur interveio, e pagou a fiança por ter sido apontada como cúmplice de Paty , já que eu havia a convidado. Arthur estava enfurecido por ter que prestar depoimento à polícia, nem mesmo podia lhe culpar , se fui eu a causadora de tudo isso. Se tivesse ficado na minha as coisas não teriam chegado a esse ponto, mas sucumbi aos pedidos de Paty , tinha uma enorme consideração por ela por tudo que já fez por mim, mas olhe só onde essa merda de consideração me levou . -Merda Paty ! , por sua culpa me queimei com Arthur .– Enquanto ele se encontra com o delegado , eu brado para ela no corredor . Estava morrendo de raiva -Minha culpa? -Ela retruca enfiando o dedo no meio do peito , arregalando os olhos para mim - Não tenho culpa de ter sido pega em flagrante , algum filho da pu*ta deve ter dado com a língua nos dentes , eu juro Maitê , fui cuidadosa!. -Isso não importa agora , Ar
ARTHUR CASTELLANI Se tinha uma palavra que me definisse nesse momento era raiva! Muita raiva! , se essa merda cai nos ouvidos de Valentina e da imprensa eu estou morto!. Com a confusão que rolou me vi na obrigação de encerrar a festa de inauguração do meu Hotel . O que mais me enfurece foi que eu avisei a Maitê que ficasse de olhos em sua amiguinha para que não me trouxesse problemas , mas não , me traz a dita cuja e ainda por cima lhe ajuda a vender drogas na minha festa! . Onde diabos eu estava com a cabeça que permiti a entrada desta mulher que sequer conhecia? Não era para menos , vivendo a vida que viviam era normal ser envolvidas com coisas como estas. Eu sentia tanta raiva de Maitê que nem mesmo queria olhar na cara dela, seria capaz de cometer um desatino e eu não sou o tipo de cara que levanta a mão para uma mulher, por mais que esta tivesse me deixado muito além de puto! Quando voltei para o hotel Fazenda , Lúcio me aguardava junto com sua esposa e amiga. -E então? O