-Caramba! -Connor apenas rosnou em frustração, mas ele poderia ter gritado e ainda assim ninguém o teria ouvido por causa do barulho alto na toca.O advogado queria acreditar que era apenas uma miragem, que o homem ali parado, curtindo com uma ruiva como se o mundo estivesse prestes a acabar, não era Alejandro Gaitan. Mas infelizmente sua visão era perfeita e era precisamente Alejandro Gaitan que estava sentado naquele estande com uma garota que definitivamente não era sua esposa.O sangue de Connor fervia em suas veias. Ele estava longe de ser moralista, mas diabos, sua esposa estava em casa, seu filho tinha estado doente toda a noite anterior. Como ele poderia tê-los deixado sozinhos? E se Sam ficou doente novamente? E se Malia precisasse levá-lo ao hospital?Ele não pôde deixar de discar o número de telefone dela, e tentou se controlar quando ouviu a voz dela.-Connor?Ele sabia que a hora não era a mais apropriada para chamar uma mulher casada, mas também se deparou com a evidênci
Connor deu um passo atrás, no fundo feliz por ter Sam em seus braços, porque então pelo menos ele não podia se dar ao luxo de desmaiar.A expressão de Malia foi cheia de uma certeza misturada com uma decepção que prendeu sua alma em um segundo, como se ela tivesse certeza de que mais cedo ou mais tarde ele iria dizer-lhe isso.-Diga isso", insistiu Malia. Digamos que você está saindo, que está deixando toda a investigação para trás e que está saindo.-Não vou deixar passar! Jackson pode vir e...-Claro, deixe outra pessoa consertar seus problemas, é sempre mais fácil! -sudido Malia.-Ei, acredite que não estou feliz em partir, mas sua irmã tem razão, eu poderia colocá-lo em perigo por isso! -Connor respondeu.-E você já me ouviu reclamar? -Malia snorted. Além disso, o que minha irmã tem que fazer enfiando o nariz em tudo isso?Connor rolou seus olhos. Ele também não gostou particularmente da conversa que teve com ela, mas pôde compreendê-la.-Sua irmã está apenas tentando protegê-lo.
Alejandro Gaitán era quase do seu tamanho, com cabelos castanhos escuros e pele escura. Naquele dia ele havia trocado seu fato habitual por um casaco de couro, e parecia muito disposto a perder a diplomacia que o havia caracterizado até aquele momento.-Eu lhe perguntaria por que diabos um advogado como você anda tanto por este maldito museu", ele rosnou sem sequer dizer olá, "mas ambos sabemos para que você está aqui, não sabemos?Connor o olhou para cima e para baixo, depois enfiou as mãos nos bolsos. Ele tinha conhecido muitos homens como ele durante sua carreira. Homens que acreditavam poder ter mais de uma vida, até que descobriram que a única que realmente valia a pena viver (e aquela que tinham a tendência de valorizar menos) estava ameaçada.- Você está me dizendo, está me perguntando, ou você apenas gosta de monologar? -Connor respondeu sarcasticamente, fazendo com que o homem se levantasse imediatamente.-Eu quero que você fique longe de Malia imediatamente! -Alexander cuspi
Connor viu-a apertar seus braços em um gesto de desconforto, mas ele não podia suportar que ela ficasse em silêncio.-Malia... responda-me!-Não acho que este seja o momento ou o lugar para ter esta conversa", disse ela com seriedade, e ele acenou com a cabeça.-Você está absolutamente certo. Vamos lá!Ele a pegou pela mão e a arrastou em direção à saída.-Espere... o que...?-Onde está Sam? -Ele perguntou, parando de repente, e os olhos de Malia se abriram enquanto ela tentava se libertar de suas garras. Só quero saber que ele está bem cuidado.-Claro que ele está bem cuidado! Ele está com Talia...-Perfeito, então vamos lá!-Não vou a lugar nenhum com você...!Connor virou-se bruscamente e ela caiu de cara em seu peito primeiro, tropeçando até que ele a pegou em seus braços para que ela não caísse.-Vamo-nos embora e vamos conversar. Você pode vir em silêncio ou eu vou jogá-lo sobre meu ombro como o mais bonito dos homens das cavernas", advertiu ele. Então você pode protestar o quan
Connor se permitiu olhar para ela por um momento. Seus olhos estavam fechados e ela parecia cansada, como se o peso de toda a responsabilidade que ela tinha finalmente conseguido desgastá-la. Ela estava linda assim, ainda mais jovem, mais inocente... Sentiu uma estranha eletricidade correndo pelo corpo, e cedeu à tentação de acariciar o rosto dela. Ela tinha bochechas macias e pele delicada, um narizinho minúsculo e uma boca....Ele não conseguiu encontrar as palavras. Logo no segundo em que seus dedos escovaram os lábios dela, Malia abriu seus olhos. Ela olhou para ele por um segundo e Connor sentiu como se todas as coisas ruins do mundo pudessem de repente ser esquecidas só porque ela estava lá.Ele sabia que não deveria, mas ultimamente havia muitas coisas que não podia evitar, e sua ponta dos dedos reconhecendo os lábios de Malia era uma delas. Havia uma pequena curva no final delas, e uma covinha que imediatamente o lembrava de Baby. Connor apertou a moldura com a fotografia, que
Connor disse a si mesmo que as regras seriam claras:Primeiro: Ele não envolveria Malia em nada a ver com sua pesquisa, ele apenas pediria a ela que fizesse as traduções necessárias.E segundo: Ele se certificaria de estar perto o suficiente para protegê-la e ajudá-la, mas não muito perto para ser tentado.Portanto, ele sabia qual era a escolha mais lógica.Ele mandou Malia subir as escadas para se preparar enquanto ficava com Sam e meia hora depois eles deixaram a casa.-Você quer me dizer para onde estamos indo? -Malia insistiu curiosamente enquanto dirigiam através da cidade.-Shshshshshs. Sam está dormindo.-Sam não vai acordar porque sua mãe está falando. Onde estamos indo?-OK, vou dizer a você, mas não chore sujo, eu juro que isto é totalmente inocente", advertiu ele, encostando-se no estacionamento de seu prédio, e Malia virou-se no banco, levantando uma sobrancelha flertante. Mas primeiro feche seus olhos.-Você está falando sério, Connor? Eu não sou uma garotinha!-Não, vo
Foi uma pergunta tão simples que Connor ficou vermelho até as raízes de seus cabelos.-Connor... você está nu...?-E o que você está fazendo no meu maldito apartamento? Eu estava tomando um banho! -Ele se defendeu, mas Malia não parecia chateado, apenas atordoado.-Você estava tomando um banho na cozinha?-Não, claro que não, eu só vim tomar uma bebida... por que você não bateu na porta?-Você não me respondeu", disse Malia.-Por causa dos malditos fones de ouvido...! Eu não ouvi nada e também não o vi... Então por que você veio? -she perguntou, franzindo o sobrolho.-Sim, sobrou algo na mudança... meus pratos. Pensei que poderíamos comer aqui... Estou morrendo de fome...-Eu também. -Connor suspirou, fechando os olhos. Embora não tivesse certeza de que era exatamente comida. O cheiro da Malia era simplesmente intoxicante, doce e picante, como uma fruta sazonal.-Connor...?-Sim?-Por que você ainda está em cima de mim?-Caramba! -se exclamou, tentando se levantar, mas não sabia exata
Malia tinha tido razão, embora não da maneira que ela esperava. Sempre houve um precedente, aquela primeira tentativa de ver se algo funcionava ou falhava, e esse tinha sido o caso com Felipe Ruiz.Connor o havia chamado no exato momento em que percebeu que seu caso era anterior à morte da mãe do bebê e, em particular, que as datas do julgamento coincidiam com a primeira viagem de Vanderville à Espanha.-Deixe ver se entendi bem", disse Jackson no telefone com alto-falante. Em frente ao telefone, bem despertos às duas da manhã, estavam Connor e Felipe. A mãe de Philip faleceu em março, algumas semanas antes de Vanderville se encontrar com INVERTIA. É isso mesmo?-É isso mesmo. E não foi um acidente", explicou Connor. A Sra. Ruiz já estava doente, ela morreu de causas naturais. Mas acho que esse foi o primeiro caso em que INVERTIA e Vanderville testaram se era possível fazer essa fraude. E a maneira como o fizeram com aquele, fez com que Vanderville ousasse matar sua esposa e tirar a c