James— O que?? — Me levanto rapidamente do sofá derrubando meu aparelho celular no chão.— Calma James, eu sei que não tem postura de pai, mas acho que vão se sair muito bem…Não ouço mais nada do que ela fala, minha cabeça roda, e minha vontade é voltar correndo para Nova York.— Andy, me conta do começo tudo que sabe.— E-eu vi o teste de gravidez em sua bolsa quando estávamos na sua cobertura, fora que ela não estava bebendo e sonolenta.— Andy, não brinca com esse tipo de informação, por favor!— A amiga dela, a Jenna, disse que estava estranhando o fato de Linda não beber nada e estar sonolenta demais, e um dos sintomas da gravidez é esse.Agora faz sentido, Linda não toma anticoncepcional e já eu gozei dentro pelo menos duas vezes. E nunca a vi menstruada, então será sim possível que ela esteja esperando um filho meu.— James, você não vai desampará-la, né? — Não, claro que não! Eu vou voltar para casa Andy, e preciso ver Linda. Mas qualquer coisa que precisar, me avise que es
JamesJá sei o endereço certo que vou agora, Clínica do Oscar, eu ainda não sei o que farei lá, mas eu sei que o meu punho está coçando com vontade de socar ele. Quero saber se eles têm algo ainda ou ele só quer brincar com ela. Porque para mim, tudo que passei com Linda parecia real, ela realmente parecia gostar de mim e que estava disposta a ficar comigo. Quero saber o que mudou, porque eles estavam juntos.Meia hora depois eu estava parado na frente da sua Clínica, estacionei o carro e entro com determinação. Vou até a recepção e sou recebido por uma moça carismática.— Bem vindo a Clínica Carlton, em que posso ajudar?— Eu gostaria de falar com Oscar Carlton, por favor! — Serei educado para não haver nenhum problema de chegar até ele.— O senhor tem hora marcada?— Não, mas é um assunto de seu interesse.— Ok, vou ver se ele está disponível agora!— Agradeço!Aguardo ela interfonar para seu chefe e segundos depois ela me leva até sua sala. Ao entrar o vejo sentado atrás de sua mes
LindaJá faz mais de 2 horas que estou no saguão do aeroporto tentando falar com qualquer pessoa da minha família, mas ninguém me atende. Como isso é possível? Eles viram a minha mensagem mais cedo e não me responderam, agora nem mensagens e nem telefonema eles atendem.Começo a entrar em desespero por estar sozinha num país desconhecido e tão distante. Decidi esperar mais meia hora e meu estômago ronca com fome, então cheia de malas, vou até uma lanchonete e como qualquer coisa. “E que coisas caras, meu Deus!”Eu sabia que aqui os valores eram altos, mas não desse jeito. Recebo algumas chamadas de números desconhecidos e não atendo. Então decidi aproveitar esse momento para comprar um chip pré pago numa loja de informática que tem no aeroporto. Cancelo minha assinatura e ativo o novo número. Mando mensagem para meus amigos e meu tio alertando sobre o novo contato. Respondo mensagens da Jenna, que mesmo irritada com a minha partida repentina, tentou me passar segurança e tranquilida
LindaPrecisei me sentar para não cair. Eu já estava com um mal pressentimento desde que pisei os pés no Brasil, mas a minha prima me disse que ninguém consegue falar com meu tio, então significa que eu estou sozinha aqui? Não que eu não seja capaz de me virar só, muito pelo contrário, pois já estou acostumada aos desafios da vida, mas estou tão distante de onde estou acostumada, e é muito assustador.— Moça? Você está bem? Quer que eu chame um médico? Saio dos meus devaneios, quando a recepcionista do hotel pergunta. Ela está com o semblante preocupado e nem me dei conta de que estava me apoiando na minha mala de rodinhas para não cair.— Estou bem, obrigada por perguntar! — Falo para acalmá-la.— Você ficou pálida de repente, parecia que iria desmaiar. — Sim, eu senti uma tontura leve, mas estou bem!— Se eu fosse você descansava um pouco antes de ir embora.— Não, está tudo bem. Eu não estou acostumada com esse calor, e onde eu estava o frio estava predominando.— Eu vi que você
LindaJá se passaram 2 horas e meia e agora que o carro está mais veloz, e finalmente um pouco de ar fresco entra pela janela do carro. — Pelo amor de Deus, me diga que já estamos chegando! — Pergunto desesperada. — Andamos metade do caminho, mas antes que tenha um surto, vai ser bem mais rápido a partir de agora.Meu pai amado, como assim só metade do caminho? Mas não quero parecer desesperada e grossa, então vou ficar na minha, e rezar para chegarmos logo.— Então, Linda! Sem trânsito o tempo estimado de viagem são uma hora e meia, mas como sempre tem trânsito, aí já viu né!— Me diz uma coisa, por acaso a distância da sua cidade para a minha é menor que essa?— Aproximadamente uma hora de viagem, porém não tem trânsito algum. E você vai gostar da vista.Mais alguns muitos de viagem e já percebo a mudança na paisagem, com muitas montanhas, muito verde e o clima mais ameno, porém ainda quente, mas só pelo fato de eu me distrair com a vista me faz bem.— 5 minutos e chegaremos! – Is
LindaO filho de Mariana chega da escolinha no transporte escolar, uma criança gentil e educada. Mas não tive tempo de conhecê-lo por mais tempo, pois o pai dele veio buscá-lo, e minha prima o levou para o lado de fora. E 5 minutos depois Isaías chega para nos levar para a minha casa, e não contenho a ansiedade para confrontar meu tio sobre não me responder quando mais precisei dele.Já no carro, percebi que Mariana não explicou sobre eu ir morar no meio do mato. A paisagem é linda demais, com muitas montanhas, muitas curvas e seguimos o mesmo rio que passa pela cidade dela. Conto um pouco sobre os últimos acontecimentos da minha vida, como minha mãe sentia falta da família e sua vontade de poder conviver com eles. Tiro fotos com ela, da paisagem também e mando para Dean, Amy e Jenna, avisando que estou bem e Dean é o primeiro a responder, me desejando uma ótima viagem e não esquecer de manter contato, Jenna diz que James está tentando entrar em contato e me pediu autorização para lhe
JamesJá se passaram alguns dias que Linda foi embora. E não foi para uma cidade vizinha, ela foi para a América do Sul, mais precisamente, Brasil. Comprei vários celulares pré -pagos e tentei ligar para Linda, mas ela não atendeu nenhuma chamada, até que simplesmente parou de chamar. Nunca na vida me senti tão impotente, tão fraco e infeliz.Estou a derrota em pessoa, eu emagreci muito, não consigo comer nada, não tenho forças para fazer uma das coisas que mais gosto que é malhar. Comer então, está sendo impossível. Liam me arrastou para o hospital e me obrigou a fazer exames para saber o que está acontecendo comigo. Dentre exames e conversas não foi descoberto nada, então fiquei de fazer um novo check-up. Não voltei mais para a minha cobertura, não consigo nem imaginar ficar lá sozinho. Não onde tive momentos gostosos com Linda, não em um lugar tão grande, para me fazer sentir mais vazio. Aquela mulher voltou a ligar, e ela pode morrer tentando, mas não vou até eles. Fora que tod
LindaOuço vozes a distância, meu corpo está pesado ao mesmo tempo leve, não sei como explicar, é como se eu fosse uma rocha de 2 toneladas flutuando. Minha boca está com gosto amargo e sinto sede, muita sede.Tento abrir os olhos mas está difícil fazer isso. Então tento me concentrar nas vozes à minha volta.— Você deveria saber o que ela tem, pois é o profissional. – Ouço a voz de Mariana.— Sem fazer exames não temos como saber, como você mesma disse, ela veio dos Estados Unidos e lá está nevando, então o contraste de clima e uma má notícia pode ter feito sua pressão cair. Isso é normal. E quando foi que ela se alimentou? – Ouço outra voz masculina e não sei quem pode ser.Sinto um cheiro de álcool e remédio, que me lembra hospital. “Não, não pode ser!” Solto um gemido e abro os olhos devagar, a luz forte do teto contrastando com as paredes brancas me deixa em pânico. Meu estômago revira e sinto ânsia de vômito, sinto mãos suaves nos meus ombros me acalmando.— Oi gringa, que bom