Eduardo Olho Deise arrumando sua mala para uma viagem com seus pais esse final de semana, ela insistiu diversas vezes para que eu fosse junto, mas não tenho cabeça para lidar com eles por 3 dias inteiros. Quando optamos por morar na sua cidade natal, foi impensado da minha parte, mas não havia mais como voltar atrás sendo que a casa estava pronta. Mesmo sendo um lugar de muitas oportunidades de trabalho e ter conseguido uma ótima vaga na minha área médica, sentia que não teria a essência de uma cidade “pequena”, então decidimos que viveríamos por lá, até para ela ficar próximo da família, que também tem casa na cidade.— Tem certeza de que não quer ir? – Ela pergunta mais uma vez.— Tenho sim! Minha mãe pediu ajuda para arrumar algumas coisas que irá levar para a nova casa, e preciso ajudá-la!— Tudo bem, vamos nos falando! Ela vem até mim no sofá e senta no meu colo, e após me olhar por alguns segundos ela me beija, começa com um beijo calmo e depois vai aumentando a intensidade.
Mariana Estou vivendo um dia de cada vez. Trabalhando, estudando e cuidando do meu bem mais precioso, Caio. Dona Maria está super agitada e quem está à frente da pousada sou eu, pois ela está na correria para sua mudança, que é engraçado pelo fato dela ter arrumado algumas malas só. E achei que ela iria levar quase tudo da casa e outros pertences pessoais, mas não fez nada além de 2 malas de viagem. Porém ela está o tempo todo recebendo visitas de Deise, tanto na pousada, quanto na sua casa. As duas se trancam no escritório e passam vários minutos conversando, não que seja da minha conta, mas é estranho. Às vezes elas saem de manhã e só voltam à tarde, talvez resolvendo os últimos preparativos para o casamento que acontecerá em dois dias. Deise sempre me cumprimenta de maneira educada, oposto das primeiras vezes que a vi, então retribuo a educação, mesmo me sentindo desconfortável por eu ter tido um momento íntimo com Eduardo… na sua casa! Jogo esse pensamento de lado, porque n
Eduardo 3 dias atrás…Tentei colocar na minha cabeça diversas vezes que estou fazendo a coisa certa, experimentei meu terno, e Deise cuidou de todo o resto. Ela já despachou todas as suas coisas para a casa nova e ficou somente algumas malas com coisas que ainda iremos usar. Meu coração não está bem, ele não está em paz, parece que estou cometendo um erro gravíssimo, e não é ansiedade de noivo, é ansiedade por eu ser o noivo que está prestes a dizer a sua noiva que não quer mais fazer isso. — Edu, você pegou todos os seus pertences de dentro dos armários? Os compradores da casa vão ocupar aqui logo e temos que nos certificar de que não irá ficar nada para trás. — Ainda falta uma semana para entregarmos as chaves, depois eu olho tudo direito!— Ei, vem aqui, vamos conversar antes deste dia tão importante! – Ela me chama pegando minha mão e me guia até a mesa da cozinha. Nos sentamos de frente um para o outro, e ela pega minhas duas mãos na dela. Olho para essa mulher incrível, i
Eduardo Após Deise sair de casa, eu fico ali pensando no que acabou de acontecer. Vou para o meu quarto e como já não me sentia em casa antes, agora muito menos. Então vou para o quarto de hóspedes e na hora me lembro do que aconteceu aqui semanas atrás. É como se eu pudesse sentir a presença dela e a atmosfera do momento em que a tomei de maneira bruta e inconsequente. Neste mesmo momento eu corro para pegar a chave do meu carro, nem tranco a porta e saio em disparada para a pousada, pois agora nada e nem ninguém me impede de tê-la de volta para mim. Meu telefone não para de tocar, mas eu só quero mesmo é chegar logo à pousada, antes que Mariana vá embora. Em menos de 10 minutos eu chego na frente da recepção e minha mãe continua insistindo nas chamadas, então decidi atender.= LIGAÇÃO ON=— Oi mãe, não atendi porque estava dirigindo! Está tudo bem?— Edu meu filho, eu preciso muito falar com você e é importante!“Deise deve ter dito tudo a ela”— Concordo mãe, mas eu vejo a sen
James Estou numa viagem a trabalho em Los Angeles, e depois da última vez em que eu precisei me ausentar por mais de 24 horas, foi quando voltamos do Brasil, só fiz viagens curtas que me permitiram voltar para casa antes do anoitecer. Linda não é uma grávida que imaginei que seria, ela não pára em casa, vive indo ao Pub para visitar seus amigos, vai visitar os pais de Jenna e começou a embalar alguns itens no depósito para mandar ao Brasil. Outras coisas ela trouxe para casa e está deixando o espaço com o seu jeitinho. Eu comprei um carro para ela, mas não tive coragem de lhe entregar, o trânsito está uma loucura e tenho medo de deixar ela com o barrigão dirigir por aí. Sim, Linda está com 6 meses e meio, e a barriga já está consideravelmente grande, e ela está de encher os olhos com tamanha beleza. Agora ela me ajuda no escritório, pois me ameaçou que iria arrumar um emprego, então deixo ela me ajudar com minha agenda e papelada importante do trabalho. Ela claramente gosta do q
Linda James descobriu que bebês podem ouvir da barriga, e ele sempre está conversando bem próximo ao meu ventre eu acho engraçado o fato dele fazer isso religiosamente. — Oi bebê, sou eu teu pai, é possível que não compreenda o que isso significa, mas quero que saiba que eu sou a pessoa mais forte, poderosa, heroica, mais inteligente que conhecerá. E a sua mãe é a pessoa mais meiga, bonita, doce, gentil, carinhosa, protetora e possivelmente mais inteligente que o papai. Não posso deixar de sorrir com a cara de bobo do James, e de supetão ele pula. E até eu me assustei com o bebê chutando pela primeira vez. Não que eu não tenha sentido várias tremidas na barriga, mas nada tão intenso assim.— Linda, Linda! O bebê me ouviu e aposto que ele concordou com tudo o que disse, e se mexeu para confirmar. – Ele fala com as duas mãos e o rosto colado à minha barriga. Não me aguento e começo a rir feito louca, não sei se é de alegria pelo primeiro movimento grande do bebê ou de pânico.— Min
James Ver Linda com o celular na mão, falando com Verônica me deu um pânico. Eu não deveria esconder isso dela, e não vou deixá-la no escuro, não passa de hoje a nossa conversa, mas antes eu preciso resolver outras questões, que de hoje não passa. Saio chateado e desnorteado de casa e percebo no caminho, que esqueci meu celular. Mas não vou voltar agora, preciso ver Verônica e dar a chance dela falar o que precisa, preciso deixar isso para trás e seguir meu futuro, meu futuro com a família que estou formando com Linda, mas… Steve, ele realmente não tem culpa de nada, mas não sei se é possível ter uma relação com ele depois da decepção que foi Verônica. Ela era minha melhor amiga, além de Liam, era com ela que eu me sentia tranquilo e normal no trabalho. Chegando na porta da sua casa, eu bato algumas vezes até ela abrir. Steve está na sala brincando no chão com seus brinquedos. Então assim que ele me vê, vem correndo me dar um abraço. A vontade que sinto é de levá-lo para casa, e c
Linda Ouvir aquelas palavras me atingiu em cheio,... Pai…Steve… bastardo… James tem um filho, e não é presente como pai, como posso esperar que ele seja um bom pai para nosso bebê ou será que entendi errado? Penso em entrar e confrontar, mas essa não sou eu. Então deixo sua bolsa na entrada da casa e saio rapidamente sem saber para onde ir ou o que fazer. Aquele meu lado impulsivo quer pegar um avião e ir embora. Mas esse meu lado raramente assume o controle. E como sou um pessoa sensata e acredito no direito de defesa, vou me acalmar e pensar no que fazer. Decidi ir ver meus pais… sim, vou no cemitério, sei que eles não estão lá de verdade, mas às vezes, quando me sinto muito agitada e ansiosa, eu vou até lá conversar com eles. Chegando lá, aquela emoção familiar toma conta do meu coração. Aquela saudade que estava quase adormecida se abre como uma ferida bem dolorosa. Saber que seus corpos estão ali dentro para sempre, mas sinto suas almas me abraçando tentando passar aquele