Eduardo 3 dias atrás…Tentei colocar na minha cabeça diversas vezes que estou fazendo a coisa certa, experimentei meu terno, e Deise cuidou de todo o resto. Ela já despachou todas as suas coisas para a casa nova e ficou somente algumas malas com coisas que ainda iremos usar. Meu coração não está bem, ele não está em paz, parece que estou cometendo um erro gravíssimo, e não é ansiedade de noivo, é ansiedade por eu ser o noivo que está prestes a dizer a sua noiva que não quer mais fazer isso. — Edu, você pegou todos os seus pertences de dentro dos armários? Os compradores da casa vão ocupar aqui logo e temos que nos certificar de que não irá ficar nada para trás. — Ainda falta uma semana para entregarmos as chaves, depois eu olho tudo direito!— Ei, vem aqui, vamos conversar antes deste dia tão importante! – Ela me chama pegando minha mão e me guia até a mesa da cozinha. Nos sentamos de frente um para o outro, e ela pega minhas duas mãos na dela. Olho para essa mulher incrível, i
Eduardo Após Deise sair de casa, eu fico ali pensando no que acabou de acontecer. Vou para o meu quarto e como já não me sentia em casa antes, agora muito menos. Então vou para o quarto de hóspedes e na hora me lembro do que aconteceu aqui semanas atrás. É como se eu pudesse sentir a presença dela e a atmosfera do momento em que a tomei de maneira bruta e inconsequente. Neste mesmo momento eu corro para pegar a chave do meu carro, nem tranco a porta e saio em disparada para a pousada, pois agora nada e nem ninguém me impede de tê-la de volta para mim. Meu telefone não para de tocar, mas eu só quero mesmo é chegar logo à pousada, antes que Mariana vá embora. Em menos de 10 minutos eu chego na frente da recepção e minha mãe continua insistindo nas chamadas, então decidi atender.= LIGAÇÃO ON=— Oi mãe, não atendi porque estava dirigindo! Está tudo bem?— Edu meu filho, eu preciso muito falar com você e é importante!“Deise deve ter dito tudo a ela”— Concordo mãe, mas eu vejo a sen
James Estou numa viagem a trabalho em Los Angeles, e depois da última vez em que eu precisei me ausentar por mais de 24 horas, foi quando voltamos do Brasil, só fiz viagens curtas que me permitiram voltar para casa antes do anoitecer. Linda não é uma grávida que imaginei que seria, ela não pára em casa, vive indo ao Pub para visitar seus amigos, vai visitar os pais de Jenna e começou a embalar alguns itens no depósito para mandar ao Brasil. Outras coisas ela trouxe para casa e está deixando o espaço com o seu jeitinho. Eu comprei um carro para ela, mas não tive coragem de lhe entregar, o trânsito está uma loucura e tenho medo de deixar ela com o barrigão dirigir por aí. Sim, Linda está com 6 meses e meio, e a barriga já está consideravelmente grande, e ela está de encher os olhos com tamanha beleza. Agora ela me ajuda no escritório, pois me ameaçou que iria arrumar um emprego, então deixo ela me ajudar com minha agenda e papelada importante do trabalho. Ela claramente gosta do q
Linda James descobriu que bebês podem ouvir da barriga, e ele sempre está conversando bem próximo ao meu ventre eu acho engraçado o fato dele fazer isso religiosamente. — Oi bebê, sou eu teu pai, é possível que não compreenda o que isso significa, mas quero que saiba que eu sou a pessoa mais forte, poderosa, heroica, mais inteligente que conhecerá. E a sua mãe é a pessoa mais meiga, bonita, doce, gentil, carinhosa, protetora e possivelmente mais inteligente que o papai. Não posso deixar de sorrir com a cara de bobo do James, e de supetão ele pula. E até eu me assustei com o bebê chutando pela primeira vez. Não que eu não tenha sentido várias tremidas na barriga, mas nada tão intenso assim.— Linda, Linda! O bebê me ouviu e aposto que ele concordou com tudo o que disse, e se mexeu para confirmar. – Ele fala com as duas mãos e o rosto colado à minha barriga. Não me aguento e começo a rir feito louca, não sei se é de alegria pelo primeiro movimento grande do bebê ou de pânico.— Min
James Ver Linda com o celular na mão, falando com Verônica me deu um pânico. Eu não deveria esconder isso dela, e não vou deixá-la no escuro, não passa de hoje a nossa conversa, mas antes eu preciso resolver outras questões, que de hoje não passa. Saio chateado e desnorteado de casa e percebo no caminho, que esqueci meu celular. Mas não vou voltar agora, preciso ver Verônica e dar a chance dela falar o que precisa, preciso deixar isso para trás e seguir meu futuro, meu futuro com a família que estou formando com Linda, mas… Steve, ele realmente não tem culpa de nada, mas não sei se é possível ter uma relação com ele depois da decepção que foi Verônica. Ela era minha melhor amiga, além de Liam, era com ela que eu me sentia tranquilo e normal no trabalho. Chegando na porta da sua casa, eu bato algumas vezes até ela abrir. Steve está na sala brincando no chão com seus brinquedos. Então assim que ele me vê, vem correndo me dar um abraço. A vontade que sinto é de levá-lo para casa, e c
Linda Ouvir aquelas palavras me atingiu em cheio,... Pai…Steve… bastardo… James tem um filho, e não é presente como pai, como posso esperar que ele seja um bom pai para nosso bebê ou será que entendi errado? Penso em entrar e confrontar, mas essa não sou eu. Então deixo sua bolsa na entrada da casa e saio rapidamente sem saber para onde ir ou o que fazer. Aquele meu lado impulsivo quer pegar um avião e ir embora. Mas esse meu lado raramente assume o controle. E como sou um pessoa sensata e acredito no direito de defesa, vou me acalmar e pensar no que fazer. Decidi ir ver meus pais… sim, vou no cemitério, sei que eles não estão lá de verdade, mas às vezes, quando me sinto muito agitada e ansiosa, eu vou até lá conversar com eles. Chegando lá, aquela emoção familiar toma conta do meu coração. Aquela saudade que estava quase adormecida se abre como uma ferida bem dolorosa. Saber que seus corpos estão ali dentro para sempre, mas sinto suas almas me abraçando tentando passar aquele
James Demorei um pouco para entender o que ela acabou de dizer, como assim abandonar ela e meu bebê? — Linda, que conversa louca é essa? Eu já te disse que nada, absolutamente nada nesse mundo me separaria de você. Isso não tem a menor chance de acontecer.— James…— Eu vou te contar tudo, não é meu segredo, mas eu vou te falar. Ela se aninha nas cobertas com os olhos vermelhos por ter chorado e me espera começar.— Eu conheci Verônica no trabalho, quando eu meio que fui obrigado a trabalhar com meu pai. Ela tinha um pouco mais de um ano que estava lá, como secretária do meu pai, e como ela sabia que ele era difícil, passava o pano para mim quando eu errava algo, ou quando chegava atrasado. Nós desenvolvemos uma amizade muito legal, e ela por ser somente 2 anos mais velha que eu, ficamos muito próximos, nós saíamos juntos e nos divertimos muito. Linda fica de frente para mim e me permite segurar sua mão, e isso me deixa mais seguro e determinado a contar tudo a ela.— Tempos depoi
Linda Estou aliviada por um lado, e por outro estou apreensiva. James não é acostumado a enfrentar seus problemas, e não quero dizer que ele é covarde, mas é só seu jeito de lidar com seus problemas pessoais. Ele simplesmente se afasta e espera tudo se acalmar sozinho, mas na maioria das vezes só piora a situação. Ele claramente está aliviado por conversar comigo, e se soubesse que seria tão libertador, tenho certeza que teria feito isso antes. Mas algo me diz que ele vai mudar e nem se lembrará de ser esse grande homem apavorado com os problemas. Agora estamos deitados na cama, um de frente para o outro e ele não tira as mãos de mim nem por um segundo. — Você não tinha que ir trabalhar hoje? – Pergunto quebrando o silêncio.— Não, eu ia malhar, mas perdi a vontade, só quero ficar aqui com você.— Que pena, eu queria te ver malhando! Ele dá risada escondendo a cabeça nos meus sëiös. Acaricio seus cabelos e ele aspira forte inalando o meu cheiro.— Você ainda não almoçou, vamos co