Capítulo 1
Manhattan - Nova Iorque - 2010.Ashtar é um empresário bem sucedido. Em seus 33 anos... bom... a idade que aparenta ter no planeta Terra... está cansado da cidade grande.Há muitos anos os humanos convivem com seres de outros planetas. Muitos os aceitam de bom grado, outros os repudiam.Ashtar na verdade, tem pouco mais de 5000 anos, considerado um homem não tão vivido em seu planeta e sim jovem adulto.Gosta de morar no planeta Terra, mas assim que chegou, a poluição era horrível. Com a tecnologia de seu planeta, fez muitas mudanças, fábricas, usinas e automóveis tiveram uma redução de quase 90% na poluição.A pobreza e a fome também diminuíram muito. É feito um programa de conscientização com os restaurantes de todo o planeta, as comidas de almoços e jantares são feitas marmitas e distribuídas a moradores de rua. Uma coisa que Ashtar sabe que futuramente não haverá mais dependendo de seu povo, moradores de rua.Seus pensamentos são cortados pelo seu amigo Mosha.- Cara, vamos sair hoje? - Mosha fala sentado à sua frente com um sorriso nos lábios.- Hoje não Mosha, vou me teletransportar para casa. - Ashtar fala desanimado.- Vou com você. - fala mais feliz ainda, afinal poderá ver seu grande amor.- Para ver Nastya, claro.Piscando para o amigo, Mosha fala:- Ela não sabe o que está perdendo.Ao se levantar, Ashtar vai até o canto da sala fazer um café expresso, uma bebida humana que aprendeu a apreciar.- Não sei como gosta de café, credo.- Uma das melhores invenções humanas. - fala satisfeito.Mosha, se arrepia só de imaginar o gosto horrível do café, mesmo lotado de açúcar.- Eca! - fala Mosha fazendo ânsia.Ashtar senta no sofá do seu escritório tomando um café.- Tá explicado o porque minha irmã não te dá atenção. Você é muito imaturo.Mosha se aproxima sentando no sofá em frente ao dele, fica magoado com o comentário, pois gosta da irmã do amigo há quase mil anos.O último namoro dela durou quase uma década, até achar que se casariam. Seu coração na época ficou dilacerado só de imaginar ela casada com outro que não fosse ele.- Não te condeno Mosha. Minha irmã é de parar o trânsito.O amigo diz suspirando e sonhador:- Nem me fala.- Porque você não tenta de novo? Quem sabe dessa vez dê certo. - Ashtar o aconselha.Mosha diz balançando a cabeça em negativa:- Pra sair com o coração arrebentado novamente? Não, tô fora.- Muda o jeito de paquerar ela.Agitado, Mosha balança a mão dizendo:- Deixa pra lá, cara. Vou passar o resto da vida amando sua irmã, calado.- Sinto muito por você. Minha irmã é bem reservada, quase não sei de nada referente a vida pessoal dela.Mosha muda o assunto, falar de sua amada o enche de tristeza:- E você?Ashtar termina de tomar seu café com ar de prazer, coloca o paletó perguntando:- O que tem?- Vai sossegar quando?Ashtar olha para ele sem entender onde o amigo quer chegar, afinal de contas sempre é solteiro.- Não sei do que está falando, sou um homem livre ou um alienígena, como dizem os humanos. Se não amei ninguém em 5000 anos, acredito que nunca irei amar na vida.Mosha também coloca o paletó, o segue até o elevador e aperta o botão, dizendo:- E as terráqueas?- Não saio com humanas, você sabe disso.- Ah, fala sério. Porque, não?- Tenho medo de machucá-las. Elas tem o corpo muito delicado, você sabe como nós, Pluptorianos somos brutos no sexo.Entram no elevador, sozinhos, Mosha insiste no mesmo assunto.- Eu consigo conter minha força sobrehumana. Confesso que no começo é bem difícil, mas com o tempo você se acostuma.Saem do elevador direto para a sala de reuniões.- Eu acredito que no calor da emoção não vou conseguir, então é melhor nem tentar. - fala Ashtar dando o assunto por encerrado.Dentro da sala vão para uma ante-sala, aperta um botão e aparece uma tela de monitor na parede.Mosha, não fica suado com facilidade, mas dependendo de suas emoções isso acontece, como por exemplo, agora!Seu corpo fica com as emoções abaladas só de pensar em ver Nastya, seu grande amor.- Pronto? – Ashtar pergunta.- Nasci pronto, cara. - fala com um pingo de suor escorrendo em sua testa.Eles se teletransportam para seu planeta de origem pelo relógio em seus pulsos. O planeta Plupton é menor que a terra, mas habita todos os Pluptorianos adequadamente, cada casa tem uma boa distância uma da outra.Como se movimentam rapidamente quando querem, não tem muitos veículos em seu planeta.Eles aparecem em uma área de grande vegetação perto da casa do Ashtar.- Eu sinto falta de morar em um local assim. A natureza é fascinante. - Fala Ashtar extasiado.- Volta pra cá, uai!- Não. Eu gosto do planeta Terra. E aqui me trás lembranças muito dolorosas.Conversam andando até a casa de Ashtar que fica a poucos metros.- Então, vira Fazendeiro.- Não seria uma má ideia. - fala Ashtar pensativo.Ashtar é reconhecido pela voz robótica da residência que abre a porta para entrarem.- Bem vindo, senhor Ashtar. - fala a voz robótica.- Já tinha esquecido dessa tecnologia toda das nossas casas. - diz Ashtar.- Eu também. Eu me acostumei a abrir a porta na Terra. - sorri brincalhão.Nastya entra na sala,ao ver o irmão o abraça com força.- Ashtar irmão, que saudades.Mosha se arrepia ao ouvir a voz da amada. Nastya abraça o irmão com carinho.Ela vê Mosha e o cumprimenta.- Bom dia Mosha, como vai?Mosha sente um pingo de suor escorrer pela gola da camisa e passa a dedo por ela se sentindo sufocado. Nastya o faz sentir como se estivesse sendo consumido pelo fogo.Olhar para essa mulher o queima por dentro, se ela soubesse como fica excitado. Ainda bem que a calça do terno é um pouco larga, da para disfarçar um pouco seu estado de prontidão.- Bom dia, Nastya. - fala com a voz melosa.Pela primeira vez em muitos e muitos anos, Mosha sente ela o olhar um pouco diferente, seus olhares se encontram, mas logo ela muda seu foco para o irmão.Capítulo 2Goiás - Goiânia.Colégio de Goiânia.No pátio da escola, os colegas se cumprimentam antes de entrarem na sala de aula.Caio um dia colegas de sala de aula da Cíntia, aponta com a cabeça e diz:- Olha ali quem está chegando.- Quem? - Júnior pergunta olhando para os lados.- A ET magrela. - tem maldade e aspereza nas palavras do Caio.- A salsicha?Cíntia passa por eles, escuta as palavras que a ofende a um tempo, ela tenta passar por eles o mais rápido que pode, para não continuar escutando.- Dizem que ela gosta do Pedro. - comenta Caio ainda com maldade em suas palavras.- Sim, fiquei sabendo. Ele disse que ela não tem o que apertar, kkk... - gargalha Júnior e Caio o acompanha.As lágrimas sobem em seus olhos, Cíntia corre até o banheiro, tranca a porta chorando sem controle.Sua amiga Julieta, estava conversando com uns colegas, quando a viu correndo em direção ao banheiro.- Me deem licença. - Julieta diz e sai apressada atrás de Cíntia, seu semblante demonstra toda a pr
Capítulo 3Brasil, Goiás, janeiro de 2018.Uma semana depois, voltam para casa, Cíntia prepara as coisas para ir a academia no dia seguinte de manhã, sua noite é tranquila e com o cansaço da viagem, acaba indo dormir mais cedo. Julieta aguarda na academia, passa poucos minutos, Cíntia aparece sorrindo para ela.- Oi amiga. - Julieta a abraça. - Avisei ao instrutor tudo o que você precisa. Vamos ir ver com ele fará com os seus treinos.- Ju, eu sou um caso perdido. - fala Cíntia sem ânimo a acompanhando até a recepção para fazer o cadastro e começar a aula.- É nada. Você já mudou muito e não percebeu. Vem, deixa de papo. Seu instrutor é um gato.- E que diferença faz, se ele é um gato?- Você precisa beijar mais garota.- Você sabe que só beijei uma vez na vida. E a decepção veio em seguida. - Cíntia fala assinando as papeladas da inscrição, pega seu crachá de liberação.- O Pedro era um canalha como os outros. Olha só aquela delícia de instrutor menina. Todinho nosso. – Julieta fala
Capítulo 4Um homem alto, aparentemente forte, muito bem vestido, passa ao lado deles, no corredor. Cíntia não viu seu rosto, mas o cheiro que ele deixou no ar, a fez olhar para trás, com um certo interesse, fazendo seu coração acelerar descompassado.O cheiro é tão bom, que a fez se sentir estranha, seu corpo fica em transe observando o homem pelas costas, o andar, o porte de macho, o jeito como passou as mãos pelos cabelos negros, os dedos longos das mãos, a pele bronzeada.Envergonhada com sua atitude, olha para frente, parece que o namorado não percebeu. Ficou até calada de tão envergonhada por gostar tanto do cheiro do homem e não apenas do cheiro. Se pegou perguntando para si mesma, quem seria ele?Ashtar entra na recepção, um cheiro doce, inebriante, tomou conta de suas narinas há alguns metros, estava tão preocupado com uns problemas que aparecem no sistema novo, que não olhou para o ser que exalava o odor, que agora está impregnado em suas narinas. A pele dessa pessoa só pode
Capítulo 5Cíntia escuta uma voz feminina em seguida da queda do namorado na água. A mulher se solta mergulhando e sai nadando. Ela sai da água, está de biquíni cavado, seu namorado olha para a mulher por um momento, ela pisca para ele e manda um beijinho como se Cíntia não existisse. Ela sai da água exibindo suas belas curvas e o traseiro grande e duro no minúsculo fio dental. Cíntia por um momento volta a se sentir muito magra e sem curvas. - O que foi amor? — O namorado pergunta.- Não é nada. — Cíntia responde chateada.- Seu semblante mudou do nada. - fala preocupado.- E se você me ensinar agora a nadar? - ela fala mudando de assunto.- Está certo, vamos lá. - se dá por vencido.Ela dá um sorriso para tentar demonstrar o que não está sentindo, uma felicidade que não está em seu coração.Não quer que essa sensação estranha que está da mulher, a faça discutir com o namorado sem nenhuma necessidade.Brasília - DF.Depois da reunião em Brasília, com os advogados, eles vão ao hotel
Capítulo 6Os funcionários do hotel, contam outro conto e no final, o pai da Cíntia se levanta da rodinha dizendo.- Para mim já deu por hoje- Sim, eu também não aguento mais, são quase 2 horas da manhã. - diz a mãe também ao se levantar.- Nossa que tarde, nem percebi. Aqui é tão lindo e maravilhoso, como um conto de fadas.- Eu também não reparei, vamos com os seus pais. - fala o namorado.O pai não se importa da filha ficar na mesma cama que o namorado, não quer ser implicante e afinal de contas, ela já tem vinte e dois anos, sabe muito bem o que faz.Em Brasília, Ashtar e Mosha, chegam ao hotel por volta das 05:00 da manhã. Infelizmente não tem jeito, a reunião é daqui a três horas, então acaba indo dormir um pouco.- Está mal-humorado. - Mosha comenta ao entrarem na suíte ampla.- Sim, estou muito mal-humorado, uma pilha de nervos.Mosha tira o paletó e se j**a no sofá ligando a tevê.- Ainda sente o cheiro dela? - pergunta já sabendo o porque desse estresse todo.- Como se tives
Capítulo 7Cíntia entra sorrindo e abraçada ao namorado no restaurante.- Gente, estou faminta. - diz Cíntia.- Olha eu também. - fala Rodrigo passando a mão no estômago.Ashtar sente que todos os seus sentidos ficam aguçados, seus olhos ficam vermelhos, suas narinas dilatam, segura a ponta da mesa com um pouco de força quase a quebrando.- Cara, disfarça. Tá parecendo o demônio. - Mosha fala preocupado olhando para os lados.- Não consigo… - fala entre os dentes sentindo o membro se enrijecer. - É mais forte do que eu.- Coloca os meus óculos de sol. - Mosha fala tirando o óculos e o entrega disfarçadamente.Ashtar coloca os óculos, inspira e olha procurando a dona desse odor maravilhoso, que parece mais néctar dos deuses. Seus olhos a encontram, o tom avermelhado dos olhos fica maior e mais claro, se alguém o olhar de perto poderá ver.- Ou você se controla ou vai ter que sair. Vai assustar as pessoas. - Mosha fala num tom baixo.- Calma, eu estou tentando - diz entre os dentes, mome
Capítulo 8- Está maluco? Você fica descontrolado perto dela. Nem pensar, vai acabar assustando a todos. — diz Mosha preocupado.- Mosha…- Não, não está raciocinando direito. Amanhã é outro dia, encontre-a no café ou no almoço. Deixe como está por enquanto.Ashtar se dá por vencido por enquanto, o amigo está certo.- Está bem. Vai mesmo embora?- Ficarei mais um pouco. Estou pensando que ainda é capaz de fazer uma besteira.- Vou me recolher. Boa noite, Mosha. - Ashtar não diz nada, afinal é mesmo capaz de fazer algo referente a esse assunto.- Boa noite, meu amigo.Mosha volta a ficar na frente do monitor olhando as câmeras.Ashtar vai direto para o casarão, mora afastado das instalações do hotel. Entra na casa se despindo, não se dá ao trabalho de trancar a porta. Ele mesmo se defende se precisar. Passa em frente ao espelho na sala, para ao olhar o seu reflexo, o sol das montanhas está deixando sua pele cada vez mais parecida com a dos humanos. Segue direto para o banheiro, abre o
Capítulo 9Os pais de Cíntia choram sobre seu corpo, a irmã de Ashtar segura o braço dele forte e apoia a cabeça em seu ombro também chateada.- Por favor, senhor… - fala Jorge pai de Cíntia com muita dor no coração. - Me diga... me diga o que aconteceu... por favor.Mosha se adianta e mostra o vídeo de Rodrigo com a loira e Cíntia os vendo juntos.- Ah Deus! Esse maldito enganou a todos nós. - o pai fala sentindo nojo do rapaz.- Mas que canalha! - diz Nastya olhando a cena.- Depois disso ela cai. - Mosha comenta pausando o vídeo.- Libera a filmagem, eu quero ver. - diz o pai.- Senhor é perturbador, ter essa emoção em seu estado emocional vai lhe causar muito mais dor. - diz Mosha.- Faça o que ele pede. - fala Ashtar.- Está bem. - Mosha fala liberando a filmagem.Jorge vê a filha caindo da cachoeira, fica impressionado com a imagem.- Meu Deus!... — diz o pai.Ele vê alguém se jogando de encontro a sua filha.- Quem é...? — pergunta o pai franzido a testa.O pai arregala os olhos