A chegada de July

July, apesar da pouca idade tem mestrado em medicina neurológica, neurocirurgia e cirurgia cardiotorácica, além de ter se tornado especialista em diagnósticos. Lutou muito em um caminho sofrido, mas muito bem aproveitado. O que a trouxe ao Prince-Hospital, na cidade de Princeton no estado de Nova Jersey, Estados Unidos. Ela irá trabalhar com renomados médicos e suas equipes, porém, será uma equipe de apoio na área, “diagnostico de doenças”. Mesmo com todas essas qualificações, seu inglês ainda é terrível, pouco se dedicou por querer que suas qualificações fossem as melhores. July é conhecida por suas paixões avassaladoras, e escândalos amorosos parecem escolhê-la, embora ela tente fugir deles, excelente em tudo o que faz, dedicada, protetora como uma leoa para cada pessoa que ela acredita que valha seu esforço e seu amor. Suas mãos parecem dançar em tudo que toca. Sua beleza: Falar sobre sua beleza é quase injusto, é incomum, junto com sua simpatia que encanta todas as pessoas que estão a sua volta, sabendo disso, e sabe muito bem, utiliza muito ao seu favor, seu sorriso esplendoroso faz qualquer homem ou mulher cair aos seus pés junto com um mero olhar que se torna intenso, penetrante, meigo, tímido, ou o que for mais conveniente para o momento. Sua bondade a torna vulnerável, pois não importa quem, como, quando ou onde July estiver, ajudar uma pessoa atravessar a rua ou entrar em um prédio em chamas para salvar uma vida, para ela, é a mesma coisa... Conheça, ame e odeie Juliana Anner!  

Seu primeiro dia não foi bem um sonho de princesa, mal recebida no local de trabalho, sem ter onde morar, pouco dinheiro, estrangeira, e não conseguia se comunicar direito... Foi um caos na sua visão. A recepção dela no hospital ficou ao encargo do “adorável” Dr. Jonny Bright, que a apresentou para todos que trabalhavam naquele turno. Mostrou-lhe também como as coisas funcionavam, esquemas de solicitações de exames, internações, e outras burocracias... Coisa que em menos de dez minutos ela já havia esquecido. Uma chatice, ela só queria trabalhar, atender pacientes, fazer uma cirurgia, e estava ali presa com uma pessoa que estampava no rosto que não queria fazer aquilo. Mas pelo menos era bonito na visão dela. E foi no momento do almoço que tudo começou a ganhar um pouquinho de “vida”, Dr. Donald Wills, com sua agradável voz ofereceu-se para passar a tarde apresentando-a o restante do hospital, foi como se o mundo começasse a ter um sol para July, e para o Dr. Jonny um grande fardo que não necessitava mais carregar. Ela passou uma tarde maravilhada enxergando o trabalho pelos olhos daquele ser tão admirável e belo. Um homem em torno de quarenta e cinco anos, com cabelos lisos castanho claro, seus olhos castanhos brilham quando fala, seu sorriso encantador que faria qualquer mulher deixar tudo para ficar com ele, o que mais tarde July descobriria, que sua bondade era tanta, que tudo descrito era superado. Chegando a noite. Ela conseguiu um local para dormir, na casa de uma enfermeira, uma noite que ela queria esquecer, não sabia ela que sua solidária colega apanhava do companheiro. Que noite! Gritos, xingamentos, choro... “Nossa, o que fazer"? Mas como toda pessoa covarde que não sabe o que fazer, ela se manteve em silêncio como se nada estivesse acontecendo. Na manhã seguinte não conseguiu olhá-los nos olhos, conversar então! Foi como se estivesse conversando com um carrasco que iria executá-la. Ela sentia a dor e a vergonha da colega. July pegou sua mala e foi para o hospital.

“Bom então, ao trabalho!” Depois de uma noite quase sem dormir, chegar ao trabalho lhe pareceu um paraíso, e para começar os processos burocráticos, nada melhor que escolher a equipe, a qual já havia sido pré-selecionada, era só dizer sim ou não, ficar com cinco, das trinta pessoas selecionadas pela administradora do hospital Dra. Ray Dunnets. E para ajudar, seria na sala de um “simpático e amável” colega, Dr. Patrick Ryus. O qual na verdade não gostou nenhum pouco a chegada de July. Depois de um dia mais que estressante fazendo entrevistas com as pessoas mais diversas que se pode esperar... Ela conseguiu encontrar quatro efetivos e uma estagiária.

*Raphael - Chileno de vinte e quatro anos, formado em infectologia (especialidade que se dedica ao estudo e tratamento das doenças infecciosas). Moreno, magro, olhos expressivos de cor escura, seus lábios bem definidos e carnudos, com seu cabelo grosso preto e liso.

*Daniel - Americano de vinte e oito anos, formado em bacteriologia (ramo da ciência voltado para o estudo das bactérias e suas propriedades por diversos métodos (ex. observação microscópica, coloração)). Um pouco acima do peso, ele tem um carisma indescritível, seus lindos olhos verdes e sua pele clara quase rosada, completada por um cabelo loiro acinzentado.

*Andrea – Americana, trinta anos, cardiologista (especialidade que se ocupa do diagnóstico e tratamento das doenças que acometem o coração bem como os outros componentes do sistema circulatório). Seu rosto magro e contornado por um cabelo preto e ondulado na altura dos ombros, seus olhos na mesma cor do cabelo redondos e grandes.

*Wanda – Americana, vinte e cinco anos, formada em neurologia (especialidade que se dedica ao diagnóstico e tratamento das doenças que afetam o sistema nervoso (cérebro, tronco encefálico, cerebelo, medula espinhal e nervos) e os componentes da  junção neuromuscular (nervo e músculos)). Um sorriso lindo que transparece sua alma, olhos amarelados com rosto arredondado e um cabelo loiro comprido, Um jeito alternativo de se vestir o que a torna quase única.

E por fim:

* Lysa – Estagiária. Italiana, vinte e três anos, cursando sexto semestre de clínica geral (especialidade que trata de pacientes adultos, atuando principalmente em ambiente hospitalar. Inclui o estudo das doenças de adultos, não cirúrgicas, não obstétricas e não ginecológicas, sendo a especialidade médica a partir da qual se diferenciam todas as outras áreas clínicas como cardiologia, reumatologia, endocrinologia, entre outras). Linda, uma doce menina, inteligente e dedicada. Longos cabelos lisos e escuros, olhos azuis e uma boca tão linda quanto o restante.

No final deste dia tão “magnifico”, a luz voltou a brilhar quando o Dr. Wills chamou July para tomar algo, sem pensar logo respondeu que sim, ao mesmo tempo, lembrou que ainda não tinha arrumado um lugar para ficar e desistiu na mesma hora. Seu tempo estava acabando e sem dinheiro para um quarto de hotel mesmo que fosse barato, sem conhecer ninguém que pudesse pedir abrigo, ela se viu desesperada, então a “vida” sorriu novamente para ela. Ele, Dr. Wills, ofereceu um quarto em seu apartamento até que ela pudesse se organizar. Seu anjo salvador mais uma vez brilhava em sua frente. Saíram para beber algo e depois foram para “casa”. (Se estão pensando onde ela deixava as malas, explico: Está com ela, pois não tinha onde deixar e era uma mala apenas).

Chegaram “em casa” e July se instalou em “seu quarto”, tomou um banho e foi descansar, pois havia muito que fazer no dia seguinte. Mesmo com um pouco de incerteza, pois não o conhecia. Até ela nos seus momentos mais inconsequentes, receava por sua segurança. Enquanto dormia sentia a sensação de ser observada, mas, estava conformada e isso não a incomodou. Estava se sentindo protegida. Seus instintos diziam que estava bem acolhida, segura perto do ser que estava a ajudando. Ainda antes de adormecer se questionava quanto ao fato de ter sido encaminhada para lá sem nenhum tipo de amparo financeiro.

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